Desempregados evitam namoros e até desistem de encontros, diz pesquisa

A demissão afeta a autoestima, a vida social e também a forma como as pessoas se relacionam afetivamente

Por Bruna Castelo Branco.

Fonte: SBT News

Perder o emprego provoca impactos que vão além da redução de renda. A demissão afeta a autoestima, a vida social e também a forma como as pessoas se relacionam afetivamente. É o que aponta uma pesquisa realizada pela empresa de encontros Tawkify com mais de 1.000 adultos nos Estados Unidos, que analisou como a insegurança profissional influencia desde os primeiros encontros até relacionamentos de longo prazo. Com informações do SBT News.

Apesar da percepção de que o desemprego poderia ser um fator decisivo de rejeição, apenas 29% dos entrevistados consideram a situação um sinal de alerta no contexto amoroso. O percentual fica bem abaixo de outros fatores apontados como mais problemáticos, como mencionar um ex-parceiro durante o encontro (67%) ou ainda morar com os pais (42%).

Desempregados evitam namoros e até desistem de encontros, diz pesquisa. | Foto: Ilustrativa/Pexels

O levantamento indica ainda que quase três em cada quatro pessoas empregadas afirmam estar dispostas a se relacionar com alguém desempregado, desde que essa pessoa esteja envolvida em algum projeto paralelo ou atividade considerada significativa.

Impacto na vida social

Embora não seja um impeditivo absoluto para novos relacionamentos, o desemprego afeta diretamente a vida social. Entre os entrevistados sem trabalho, 65% apontaram as dificuldades financeiras como o maior obstáculo para namorar, e 33% afirmaram já ter deixado de sair em encontros por falta de recursos.

Mesmo entre aqueles que continuam se encontrando, a contenção de gastos é evidente. Cerca de 25% reduziram a frequência de encontros, enquanto quase metade passou a limitar os gastos do primeiro encontro a valores entre US$ 21 e US$ 50. Um terço afirmou não ultrapassar US$ 20. Atividades de baixo custo, como caminhadas, trilhas ou assistir a filmes em casa, tornara-se a preferência de 55% dos participantes.

Embora não seja um impeditivo absoluto para novos relacionamentos, o desemprego afeta diretamente a vida social. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Homens mais estigmatizados?

A pesquisa também aponta diferenças de gênero na experiência do desemprego. Homens relataram ter encerrado relacionamentos quase quatro vezes mais do que mulheres após perderem o emprego. Além disso, 68% deles acreditam que os homens enfrentam mais estigma social nesse período, contra apenas 5% que avaliam que o mesmo ocorre com as mulheres.

Por outro lado, mulheres desempregadas relataram maior pressão para demonstrar ambição profissional. Segundo o levantamento, 40% delas sentem essa cobrança, em comparação com 29% dos homens.

A pesquisa também aponta diferenças de gênero na experiência do desemprego. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Outro reflexo do desemprego aparece no uso de aplicativos de namoro. A perda do trabalho leva uma em cada três pessoas a excluir completamente esses aplicativos, sendo que as mulheres são 23% mais propensas do que os homens a tomar essa decisão.

Os dados da Tawkify indicam que, embora o desemprego pese menos do que se imagina na avaliação de potenciais parceiros, ele influencia de forma significativa o comportamento financeiro, a autoconfiança e a dinâmica dos encontros amorosos.

Desemprego cai no Brasil

Taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,4% nos três meses até outubro. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (28). Com o resultado, o índice atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012.

Bahia registrou uma taxa de desocupação de 8,5% no terceiro trimestre de 2025, o índice coloca o estado como a terceira maior taxa de desemprego do país, atrás apenas de Pernambuco (10,0%) e Amapá (8,7%).

O recuo foi de 0,2 ponto percentual na comparação com o trimestre mível anterior, entre julho e setembro (5,6%). Já em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 0,7 ponto percentual (6,2%).

O número de pessoas desocupadas, também é a menor da série histórica: 5,9 milhões. São 207 mil (3,4%) a menos no trimestre e 788 mil (11,8%) a menos no acumulado do ano. Já a população ocupada, de 102,6 milhões, ficou estável no trimestre e cresceu em 926 mil pessoas no ano.

A chamada taxa composta de subutilização – que reúne pessoas desocupadas, as que trabalham menos horas do que gostaria e aquelas que gostariam de trabalhar, mas não buscam vaga por motivos diversos – também caiu ao menor nível da série, ficando em 13,9%. Essa população chega a 15,8 milhões de pessoas, no menor contingente desde 2014.

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