Ignorar o parceiro para mexer no celular acaba com relacionamentos, diz estudo

Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, investigaram os efeitos do “phubbing” — termo que combina phone (telefone) e snubbing (esnobar) — em relacionamentos. O fenômeno ocorre quando uma pessoa ignora o parceiro para mexer no celular, causando frustração e ressentimento.

O estudo, publicado na revista Journal of Personality, avaliou 196 adultos, incluindo pessoas com apego ansioso (medo de abandono e necessidade de reafirmação) e apego evitativo (evitam laços profundos e proximidade emocional). Participantes registraram em diários, por dez dias, a frequência de phubbing, sentimentos associados e formas de retaliação, como também usar o celular.

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“Sabemos que todo mundo acha o phubbing frustrante e irritante. Pode parecer algo trivial, mas, nos relacionamentos, esses pequenos momentos se acumulam, criando a sensação de que a atenção do seu parceiro está em outro lugar e de que você é menos valorizado”, afirma Claire Hart, autora do estudo.

Os resultados mostraram que indivíduos com apego ansioso relataram efeitos mais intensos, como depressão, baixa autoestima e ressentimento, e buscavam validação externa como forma de retaliação. Já os com apego evitativo foram menos afetados emocionalmente e menos propensos a confrontar o parceiro.

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“Descobrimos que pessoas com apego afetivo retaliavam como uma forma de buscar conexão com outras pessoas quando o parceiro parecia emocionalmente indisponível. Elas também faziam postagens ou mandavam mensagens para obter validação”, explica Kathy Carnelley, coautora do estudo.

As pesquisadoras destacam que atitudes impulsivas podem trazer alívio imediato, mas gerar ciclos negativos no relacionamento. Criar zonas livres de celular em momentos específicos ou discutir limites de uso são medidas recomendadas para preservar a conexão e o respeito mútuo.