Binho Galinha: Ministério Público apresenta nova denúncia; saiba qual

Binho Galinha está preso desde o início do mês de outubro, apontado como líder de organização criminosa

Por Da redação.

Há uma nova denúncia contra o deputado estadual Binho Galinha. O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), ofereceu na quinta-feira (30) uma nova denúncia contra o parlamentar, cujo nome de batismo é Kléber Cristian Escolano de Almeida.

Preso desde o início de outubro, o parlamentar é acusado de continuar à frente de uma organização criminosa sediada em Feira de Santana, mesmo após a deflagração da Operação El Patrón e o recebimento da primeira denúncia apresentada contra seus integrantes.

Binho Galinha foi preso em setembro | Foto: arquivo/AL-BA

Atuação do grupo criminoso comandado por Binho Galinha

Segundo o MPBA, o grupo, que atua há mais de uma década, manteve suas atividades ilícitas com o uso de “laranjas” para movimentar recursos e ocultar bens. Um dos nomes citados é Cristiano de Oliveira Machado, apontado como responsável por intermediar transações financeiras ilegais. Sob o comando de Binho Galinha, a organização teria continuado a praticar crimes como jogos de azar, agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro.

De acordo com a denúncia, o deputado manteve “em funcionamento seus negócios ilícitos, em flagrante desrespeito às medidas cautelares impostas anteriormente”. As investigações também indicam que ele contou com o auxílio direto de sua esposa, Mayana Cerqueira da Silva, e de seu filho, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, acusado de embaraçar as investigações, ocultando e destruindo provas. Os dois foram presos.

As apurações apontam que Mayana e João Guilherme seriam responsáveis pela administração das atividades ligadas ao jogo do bicho, à agiotagem e à lavagem de dinheiro, enquanto Binho Galinha mantinha o controle das decisões e dos lucros do grupo. Conversas interceptadas pela Polícia Federal mostraram operadores financeiros subordinados ao deputado dividindo valores obtidos de forma ilegal e repassando a maior parte ao líder. Em uma das transações investigadas, de R$ 160 mil, R$ 155 mil teriam sido destinados a Binho Galinha.

Além de Binho Galinha

Além do deputado, foram denunciados Mayana Silva, João Guilherme, Cristiano de Oliveira Machado e outros dez integrantes do grupo. A nova denúncia reforça que a organização criminosa adota práticas milicianas e atua principalmente na região de Feira de Santana.

De acordo com o MPBA, as investigações realizadas nas operações El Patrón e Estado Anômico apontam que o grupo está envolvido em crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.

Denúncias anteriores contra Binho Galinha

O parlamentar já responde a outras ações judiciais. Ele foi denunciado pelo MPBA em fevereiro de 2025 e em dezembro de 2023, também no âmbito da Operação El Patrón, pelos crimes de lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada.

No último dia 15 de outubro, o PRD - então partido de Binho Galinha - suspendeu a filiação dele. A medida partiu da executiva nacional do PRD, em alinhamento com o diretório estadual do partido. Não há prazo definido para a revogação da suspensão, que deve permanecer em vigor até o julgamento final do processo disciplinar. Com isto, o parlamentar continua oficialmente filiado à legenda.

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