Israel mata comandante do Hamas em ataque a Gaza, diz mídia local

Vídeo que circula nas redes sociais mostra ataque de Israel que teria matado comandante do Hamas, Raed Saed

Por Juana Castro.

O Exército de Israel matou Raed Saed, comandante sênior do Hamas, em um ataque direcionado a um carro na Cidade de Gaza neste sábado, segundo diversos veículos da mídia israelense que citaram fontes de segurança. A informação é da Reuters.

De acordo com autoridades de saúde de Gaza, o ataque deixou quatro mortos e ao menos 25 feridos. Até o momento, não houve confirmação oficial do Hamas nem dos serviços médicos locais de que Saed, apontado como um dos arquitetos do ataque de 7 de outubro de 2023 contra Israel, esteja entre as vítimas fatais.

 

 

As Forças Armadas israelenses informaram apenas que atingiram um comandante sênior do Hamas na Cidade de Gaza, sem divulgar identidade ou mais detalhes sobre a operação.

Caso a morte de Saed seja confirmada, este será o assassinato de maior repercussão envolvendo uma liderança importante do Hamas desde a entrada em vigor do acordo de cessar-fogo, em outubro.

Um oficial da defesa israelense afirmou que Saed era o alvo do ataque, descrevendo-o como chefe da força de fabricação de armas do Hamas. Fontes do próprio grupo também o apontam como a segunda maior autoridade de seu braço armado, atrás apenas de Izz eldeen Al-Hadad.

Segundo essas fontes, Saed comandava anteriormente o batalhão do Hamas na Cidade de Gaza, considerado um dos maiores e mais bem equipados da organização.

Em comunicado separado, o Exército israelense informou que, mais cedo, dois soldados ficaram feridos após um dispositivo explosivo que “detonou durante uma operação de limpeza da área” de infraestrutura militante. Não ficou claro se os dois episódios têm relação direta.

A guerra em Gaza teve início após militantes liderados pelo Hamas matarem cerca de 1,2 mil pessoas, a maioria civis, e fazerem 251 reféns durante um ataque ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023. Em resposta, a ofensiva israelense matou mais de 70,7 mil palestinos, em sua maioria civis, segundo autoridades de saúde de Gaza.

O cessar-fogo firmado em 10 de outubro permitiu o retorno de centenas de milhares de palestinos às áreas devastadas da Cidade de Gaza. Israel retirou tropas de posições na cidade, e o fluxo de ajuda humanitária foi ampliado.

Apesar disso, os confrontos não cessaram completamente. Autoridades de saúde palestinas afirmam que ao menos 386 pessoas morreram em ataques israelenses desde o início do cessar-fogo. Israel, por sua vez, diz que três de seus soldados foram mortos no mesmo período e que dezenas de combatentes foram alvos de ações militares.

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