<p>A Universidade Federal da Bahia (UFBA) determinou nesta quarta-feira (15) a suspens&atilde;o tempor&aacute;ria da execu&ccedil;&atilde;o judicial <a href="https://aratuon.com.br/justica/samba-de-sao-lazaro-e-casas-afetadas-ufba-move-acao-para-retomar-terreno">para retomar o terreno onde ocorre o Samba de S&atilde;o L&aacute;zaro, na Federa&ccedil;&atilde;o. </a>A medida foi tomada ap&oacute;s o in&iacute;cio de uma a&ccedil;&atilde;o da universidade para reintegra&ccedil;&atilde;o de posse de uma &aacute;rea pertencente ao Campus de Ondina.</p>
<p>Segundo a UFBA, a suspens&atilde;o seguir&aacute; at&eacute; a conclus&atilde;o dos trabalhos de uma comiss&atilde;o formada para avaliar o caso. A universidade destacou que a decis&atilde;o considera o princ&iacute;pio da dignidade da pessoa humana e o direito social &agrave; moradia, previstos na Constitui&ccedil;&atilde;o Federal, e busca garantir proporcionalidade e responsabilidade social, especialmente em situa&ccedil;&otilde;es de vulnerabilidade.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/802fbe39-1303-4197-9c29-4e327cc36939.png?width=1280&amp;height=768" alt="UFBA suspende reintegra&ccedil;&atilde;o de terreno ocupado pelo Samba de S&atilde;o L&aacute;zaro.Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o | UFBA"></p>
<p>Os trabalhos come&ccedil;aram com uma reuni&atilde;o no Gabinete da Reitoria, envolvendo Oficiais de Justi&ccedil;a e representantes da Administra&ccedil;&atilde;o Central. Na ocasi&atilde;o, foram discutidas medidas preliminares para conciliar o direito de propriedade da UFBA com a prote&ccedil;&atilde;o de popula&ccedil;&otilde;es vulner&aacute;veis.</p>
<p>Na peti&ccedil;&atilde;o inicial, a Procuradoria Federal da UFBA fundamentou o pedido com base no artigo 560 do C&oacute;digo de Processo Civil (CPC), que garante ao possuidor o direito de manter ou ser reintegrado na posse em caso de esbulho &mdash; quando algu&eacute;m &eacute; impedido, de forma ilegal, de assumir a posse de um bem que considera seu.</p>
<p>A universidade cita ainda o artigo 10 da Lei n&ordm; 9.636/1998, que determina que, constatada a ocupa&ccedil;&atilde;o irregular, &ldquo;a Uni&atilde;o dever&aacute; imitir-se sumariamente na posse do im&oacute;vel&rdquo;, prevendo, em seu par&aacute;grafo &uacute;nico, o pagamento de indeniza&ccedil;&atilde;o anual equivalente a 10% do valor atualizado do terreno por ano ou fra&ccedil;&atilde;o de ocupa&ccedil;&atilde;o indevida.</p>
<h2>Cronograma e Redefini&ccedil;&atilde;o de Per&iacute;metro</h2>
<p data-start="4697" data-end="5262">Ap&oacute;s sucessivos adiamentos, em setembro de 2025 foi definida a execu&ccedil;&atilde;o do mandado de reintegra&ccedil;&atilde;o entre os dias 13 e 17 de outubro, sob coordena&ccedil;&atilde;o do Grupo T&aacute;tico da Pol&iacute;cia Federal.</p>
<p data-start="4697" data-end="5262">Em reuni&atilde;o recente, representantes da UFBA mencionaram a possibilidade de redu&ccedil;&atilde;o do per&iacute;metro da &aacute;rea a ser desocupada. A proposta excluiria o trecho ao lado do condom&iacute;nio Jardim Europa, restringindo a opera&ccedil;&atilde;o &agrave; faixa da rua Professor Aristides Novis, em frente &agrave; Faculdade de Filosofia e Ci&ecirc;ncias Humanas (FFCH), at&eacute; o cruzamento com a rua Alto de S&atilde;o L&aacute;zaro.</p>
<p data-start="5264" data-end="5423">O ju&iacute;zo determinou, em 1&ordm; de outubro, que essa proposta fosse formalizada por escrito, j&aacute; que diverge do per&iacute;metro originalmente delimitado na peti&ccedil;&atilde;o inicial.</p>
<h2 data-start="5264" data-end="5423">Mais um poss&iacute;vel fim do Samba de S&atilde;o L&aacute;zaro</h2>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/57c1e60a-d34b-4d0a-b142-726e7ea7a1c6.avif?width=984&amp;height=599" alt=" Em agosto deste ano o&nbsp;samba voltou oficialmente. O dia de sexta-feira foi mantido, quinzenalmente.Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Redes Sociais"></p>
<p>O evento havia&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cidade/samba-de-sao-lazaro-anuncia-fim-definitivo-do-evento">anunciado o encerramento definitivo</a>&nbsp;das atividades em novembro do ano passado, ap&oacute;s den&uacute;ncias de moradores devido ao barulho, j&aacute; que as apresenta&ccedil;&otilde;es aconteciam ap&oacute;s as 22h. Logo ap&oacute;s os fatos, o samba chegou a realizar uma&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/carnaval/samba-de-sao-lazaro-tera-edicao-paga-no-pelourinho-em-fevereiro" target="_blank" rel="noopener">edi&ccedil;&atilde;o no Pelourinho.</a></p>
<p>Ap&oacute;s<a href="https://aratuon.com.br/cidade/o-show-tem-que-continuar-samba-do-sao-lazaro-retorna-nesta-sexta-feira">&nbsp;reuni&otilde;es com representantes</a> da Prefeitura de Salvador, moradores da Federa&ccedil;&atilde;o e organizadores do evento, uma das medidas testadas para a retomada ao local original foi o novo hor&aacute;rio. Outros problemas apontados na reuni&atilde;o, que a organiza&ccedil;&atilde;o do samba se comprometeu a tentar resolver, s&atilde;o:</p>
<ul>
<li>Estacionamento irregular em frente &agrave;s garagens de moradores e condom&iacute;nios;</li>
<li>Barulho de motos no entorno do evento;</li>
<li>Outras ocorr&ecirc;ncias de barulho e aglomera&ccedil;&otilde;es ap&oacute;s o encerramento do samba.</li>
</ul>
<p>Em agosto deste ano o&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/musica/samba-do-sao-lazaro-retorna-nesta-sexta-feira-apos-pausa-confira" target="_blank" rel="noopener">samba voltou oficialmente</a>. O dia de sexta-feira foi mantido, quinzenalmente.</p>

<p dir="ltr">Ter um advogado &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; realidade para todos. Para que crimes e direitos n&atilde;o ficassem &ldquo;debaixo do pano&rdquo; por quest&otilde;es financeiras, surgiu a Defensoria P&uacute;blica. Mas voc&ecirc; sabe como a Defensoria funciona e quem tem direito ao atendimento gratuito? <a href="https://aratuon.com.br/justica/acesso-a-justica-vai-alem-do-judiciario-diz-presidente-da-adep-ba">Muitas pessoas ainda t&ecirc;m d&uacute;vidas sobre o papel da institui&ccedil;&atilde;o e como ela pode ajudar</a>, tanto em quest&otilde;es judiciais quanto extrajudiciais.</p>
<p dir="ltr"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/73974e76-bf65-428a-867c-334e79e10f19.png?width=1280&amp;height=768" alt="Defensoria P&uacute;blica da Bahia: entenda o papel e os servi&ccedil;os oferecidos.Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o"></p>
<p dir="ltr">A Defensora P&uacute;blica Geral da Bahia, Camila Can&aacute;rio, explica que o objetivo da Defensoria &eacute; garantir que todas as pessoas, especialmente as mais vulner&aacute;veis, tenham acesso ao direito de defesa e &agrave; orienta&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica gratuita. Sobre quem pode receber atendimento, ela afirma:</p>
<p dir="ltr">&ldquo;De forma geral, o atendimento &eacute; destinado &agrave;s pessoas que n&atilde;o t&ecirc;m condi&ccedil;&otilde;es de arcar com os custos de um advogado particular e das despesas de um processo judicial sem comprometer sua subsist&ecirc;ncia ou de sua fam&iacute;lia.&rdquo;</p>
<p dir="ltr">No entanto, a Defensoria realiza uma avalia&ccedil;&atilde;o individualizada de cada caso, considerando n&atilde;o apenas renda, mas tamb&eacute;m fatores como patrim&ocirc;nio, composi&ccedil;&atilde;o familiar, gastos essenciais, situa&ccedil;&atilde;o de sa&uacute;de, defici&ecirc;ncia, viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica, discrimina&ccedil;&atilde;o, priva&ccedil;&atilde;o de liberdade ou qualquer outra circunst&acirc;ncia que indique vulnerabilidade.&nbsp;</p>
<p dir="ltr">&ldquo;Mesmo quem n&atilde;o se enquadra estritamente em crit&eacute;rios econ&ocirc;micos pode ser atendido se houver necessidade social ou pessoal de assist&ecirc;ncia jur&iacute;dica gratuita e integral", garante.</p>
<h2 dir="ltr">Como solicitar atendimento</h2>
<p dir="ltr">O atendimento pode ser agendado pelo site da DPE-BA ou pelo &ldquo;Disque Defensoria&rdquo; 129. Em casos de urg&ecirc;ncia, h&aacute; plant&otilde;es em feriados e fins de semana. Para o atendimento presencial, &eacute; necess&aacute;rio apresentar documentos como RG, comprovante de resid&ecirc;ncia e outros, de acordo com a demanda.</p>
<p dir="ltr"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/95a77a9c-995d-4b67-8853-ec57ceb41e82.png?width=1280&amp;height=768" alt="Defensoria realiza uma avalia&ccedil;&atilde;o individualizada de cada caso.Foto: Imagem Ilustrativa | Freepik"></p>
<h3 dir="ltr">Principais &aacute;reas de atua&ccedil;&atilde;o</h3>
<p dir="ltr">A Defensoria atua em diversas &aacute;reas, como fam&iacute;lia (guarda, pens&atilde;o, div&oacute;rcio), criminal e execu&ccedil;&atilde;o penal, inf&acirc;ncia e juventude, direito do consumidor, sa&uacute;de, moradia, direitos humanos e viol&ecirc;ncia contra a mulher, entre outras. Al&eacute;m da atua&ccedil;&atilde;o judicial, desenvolve trabalho extrajudicial por meio de educa&ccedil;&atilde;o em direitos, media&ccedil;&atilde;o, promo&ccedil;&atilde;o de acordos e fomento a pol&iacute;ticas p&uacute;blicas que fortalecem a dignidade humana.</p>
<h3 dir="ltr">Defensor p&uacute;blico x advogado particular</h3>
<p dir="ltr">Segundo Camila Can&aacute;rio, a principal diferen&ccedil;a entre um defensor p&uacute;blico e um advogado particular est&aacute; no car&aacute;ter p&uacute;blico, gratuito e social da atua&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Enquanto o advogado particular presta um servi&ccedil;o remunerado e individual, o defensor p&uacute;blico atua como agente do Estado, fortalecendo o modelo de assist&ecirc;ncia jur&iacute;dica integral e gratuita &agrave;s pessoas e grupos em situa&ccedil;&atilde;o de vulnerabilidade &mdash; econ&ocirc;mica, social, racial, de g&ecirc;nero, territorial, entre outras.&rdquo;</p>
<p dir="ltr">Ela ainda ressalta que a Defensoria n&atilde;o atua apenas em processos judiciais. &ldquo;Al&eacute;m de representar nos tribunais, oferecemos orienta&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica, media&ccedil;&atilde;o de conflitos e apoio para solu&ccedil;&otilde;es extrajudiciais, evitando lit&iacute;gios sempre que poss&iacute;vel. Isso proporciona respostas mais r&aacute;pidas, menos custos sociais e fortalecimento das rela&ccedil;&otilde;es entre as partes.&rdquo;</p>
<p dir="ltr"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/30504f6a-1670-4eeb-9b2d-e0cb59b1d131.png?width=1280&amp;height=768" alt="Defensor p&uacute;blico x advogado particular.Foto: Imagem Ilustrativa | Freepik"></p>
<h3 dir="ltr">Desafios da Defensoria P&uacute;blica</h3>
<p dir="ltr">A institui&ccedil;&atilde;o enfrenta desafios estruturais e or&ccedil;ament&aacute;rios, como falta de defensores e servidores, limita&ccedil;&otilde;es de infraestrutura, aumento da demanda por servi&ccedil;os e necessidade de moderniza&ccedil;&atilde;o de legisla&ccedil;&otilde;es e estruturas institucionais. Na Bahia, o foco tem sido a interioriza&ccedil;&atilde;o e expans&atilde;o dos servi&ccedil;os, com iniciativas como a unidade m&oacute;vel, o Gabinete Itinerante e o Plano de Expans&atilde;o 2025&ndash;2027, que pretende levar a Defensoria a todos os munic&iacute;pios at&eacute; 2027.</p>
<p dir="ltr">Segundo a Defensoria P&uacute;blica-Geral, a DPE/BA ocupava a pen&uacute;ltima posi&ccedil;&atilde;o entre as Defensorias P&uacute;blicas do pa&iacute;s, atendendo a apenas 36% dos crit&eacute;rios avaliados pelo programa. A iniciativa, que mede o n&iacute;vel de transpar&ecirc;ncia dos &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos e prop&otilde;e diretrizes para ampliar o acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o e o controle social, tem como objetivo elevar a institui&ccedil;&atilde;o no ranking nacional de transpar&ecirc;ncia.</p>
<p dir="ltr"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1d724d40-84f6-4a2f-a91d-d75b4c7f62b1.png?width=1280&amp;height=768" alt="Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o"></p>
<h3 dir="ltr">Programas de conscientiza&ccedil;&atilde;o e preven&ccedil;&atilde;o</h3>
<p dir="ltr">A Defensoria <a href="https://aratuon.com.br/cidadania/defensoria-publica-faz-mutirao-de-servicos-em-feira-de-santana">atua tamb&eacute;m de forma preventiva, com projetos de educa&ccedil;&atilde;o em direitos</a> que passam por escolas, comunidades e espa&ccedil;os p&uacute;blicos, abordando temas como direitos humanos, rela&ccedil;&otilde;es familiares, igualdade de g&ecirc;nero, direito do consumidor, moradia e sa&uacute;de. Al&eacute;m disso, investe em solu&ccedil;&otilde;es extrajudiciais para conflitos, fortalecendo o di&aacute;logo e evitando judicializa&ccedil;&otilde;es desnecess&aacute;rias.</p>
<p dir="ltr">Entre os programas de grande impacto social est&atilde;o:</p>
<ul>
<li dir="ltr" aria-level="1">
<p dir="ltr" role="presentation">M&atilde;es em A&ccedil;&atilde;o: acolhimento e apoio jur&iacute;dico a m&atilde;es em situa&ccedil;&atilde;o de vulnerabilidade;<br><br></p>
</li>
<li dir="ltr" aria-level="1">
<p dir="ltr" role="presentation">Meu Pai Tem Nome: reconhecimento de paternidade e v&iacute;nculos familiares;<br><br></p>
</li>
<li dir="ltr" aria-level="1">
<p dir="ltr" role="presentation">Projeto Renascen&ccedil;a: combate &agrave; desertifica&ccedil;&atilde;o e &agrave; fome;<br><br></p>
</li>
<li dir="ltr" aria-level="1">
<p dir="ltr" role="presentation">Observat&oacute;rio de Sa&uacute;de: resolu&ccedil;&otilde;es extrajudiciais na &aacute;rea da sa&uacute;de e Planserv.<br><br></p>
</li>
</ul>
<p dir="ltr">Parcerias com universidades, movimentos sociais e &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos ampliam o alcance dessas a&ccedil;&otilde;es, refor&ccedil;ando o compromisso da Defensoria com a promo&ccedil;&atilde;o de direitos, a justi&ccedil;a social e o fortalecimento da cidadania, consolidando seu papel essencial no sistema de justi&ccedil;a e na vida da popula&ccedil;&atilde;o baiana.</p>
<h2 dir="ltr">Simplificando o judici&aacute;rio</h2>
<h3>J&uacute;ri popular: entenda como funciona e quando &eacute; aplicado</h3>
<p dir="ltr">&ldquo;Mas quem sou eu para julgar?&rdquo;</p>
<p dir="ltr">Essa frase surge em meio a conversas e fofocas, mas voc&ecirc; sabia que, de forma legal, &eacute; poss&iacute;vel julgar algu&eacute;m pr&oacute;ximo a voc&ecirc;? <a href="https://aratuon.com.br/justica/juri-popular-entenda-como-funciona-e-quando-e-aplicado">&Eacute; o que acontece no j&uacute;ri popular, onde cidad&atilde;os comuns se tornam &ldquo;ju&iacute;zes leigos&rdquo; e decidem o destino de um acusado.</a></p>
<p dir="ltr">O Tribunal do J&uacute;ri &eacute; um dos pilares do sistema judici&aacute;rio brasileiro quando se trata de crimes dolosos contra a vida. &Eacute; nele que cidad&atilde;os comuns podem decidir sobre a culpa ou inoc&ecirc;ncia de um r&eacute;u, garantindo que a sociedade participe diretamente dos rumos da Justi&ccedil;a.</p>
<h3 dir="ltr">O que &eacute; um processo judicial? Entenda etapas e como acompanhar</h3>
<p><a href="https://aratuon.com.br/seguranca/o-que-e-um-processo-judicial-entenda-etapas-e-como-acompanhar">Existem diferentes tipos e procedimentos: civil, penal, trabalhista, procedimento comum e sumar&iacute;ssimo. </a>Ele serve como principal instrumento para substituir a &ldquo;justi&ccedil;a pelas pr&oacute;prias m&atilde;os&rdquo;. Quando &eacute; necess&aacute;rio buscar um direito por meio do Judici&aacute;rio, este costuma ser o caminho mais comum.</p>
<p dir="ltr">Para Jo&atilde;o Liberato, especialista em Processo Civil e professor de Processo Civil na escola Tec Cursos, o processo judicial &eacute; a forma mais usual que o Estado tem para efetivar direitos dos cidad&atilde;os.</p>
<p dir="ltr">Ele lembra, por&eacute;m, que existem diversas alternativas para resolver conflitos, como media&ccedil;&atilde;o, concilia&ccedil;&atilde;o, arbitragem, tribunais administrativos e reclama&ccedil;&otilde;es em entidades extrajudiciais. "H&aacute; in&uacute;meras maneiras de mostrar inconformismo e buscar uma solu&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o pelo processo judicial. Contudo, o processo judicial ainda &eacute; o m&eacute;todo mais utilizado", afirma.&nbsp;</p>
<p><strong id="docs-internal-guid-b43be427-7fff-f238-a858-c845a239bbe9"><br><br><br></strong></p>

<p data-start="268" data-end="614">O Centro Acad&ecirc;mico Ruy Barbosa (CARB) se manifestou em defesa do aluno Pedro S&atilde;o Paulo, presidente da entidade, ap&oacute;s a professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), <a href="https://aratuon.com.br/educacao/professora-da-ufba-denuncia-ofensas-misoginas-durante-reuniao">Juliana Damasceno, acus&aacute;-lo de ataques de misoginia. </a>Segundo a gest&atilde;o do centro acad&ecirc;mico, o epis&oacute;dio em que a professora teria sido chamada de "vadia", pelo menos tr&ecirc;s vezes, n&atilde;o se dirigiu a ela.</p>
<p data-start="268" data-end="614"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/18d0a51c-4030-4fe9-b675-d0090e8d70d7.png?width=1280&amp;height=768" alt="Aluno nega ter chamado professora da UFBA de 'vadia': 'Desaten&ccedil;&atilde;o'.Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o"></p>
<p data-start="616" data-end="1071">O incidente ocorreu no &uacute;ltimo dia 6, durante uma reuni&atilde;o extraordin&aacute;ria da Congrega&ccedil;&atilde;o da Ufba, e ganhou repercuss&atilde;o ap&oacute;s o ex-prefeito de Euclides da Cunha e pr&eacute;-candidato a deputado estadual, Luciano Pinheiro - irm&atilde;o da professora - se manifestar publicamente nesta quarta-feira (15), Dia dos Professores. Em nota, ele classificou o ataque como &ldquo;covarde e inaceit&aacute;vel&rdquo;, especialmente em um ambiente acad&ecirc;mico &ldquo;que deveria promover respeito e di&aacute;logo&rdquo;.</p>
<h2 data-start="616" data-end="1071">Veja o momento:</h2>
<p><video controls="controls" width="400" height="50"><source src="https://adm.aratuon.com.br/assets/34397d4a-dbeb-43b8-8f46-f19765654b51" type="video/mp4"></video></p>
<h2 data-start="616" data-end="1071"><strong>"Desaten&ccedil;&atilde;o"</strong></h2>
<p data-start="1073" data-end="1339">De acordo com o Centro Acad&ecirc;mico, o epis&oacute;dio teria sido resultado de um descuido. "O presidente participava remotamente a partir da sala do CARB, local de circula&ccedil;&atilde;o comum de estudantes, onde ocorriam interrup&ccedil;&otilde;es, conversas e provoca&ccedil;&otilde;es entre colegas", explicou.</p>
<p data-start="1341" data-end="1615">Ainda segundo a nota, o xingamento ocorreu "em um momento de desaten&ccedil;&atilde;o e estresse, com o microfone aberto por descuido, e foi direcionado a um colega pr&oacute;ximo. A express&atilde;o, embora inadequada, n&atilde;o constituiu, em nenhum momento, ataque &agrave; docente ou a qualquer outra mulher".</p>
<p data-start="1617" data-end="1848">O CARB acrescentou que, assim que percebeu o ocorrido, Pedro buscou esclarecer, inclusive em grupo institucional interno, que as palavras n&atilde;o haviam sido dirigidas &agrave; professora. Testemunhas podem confirmar o contexto do epis&oacute;dio.</p>
<p data-start="1617" data-end="1848"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8d74dc35-1310-474d-9595-8ce8003d3d95.png?width=1280&amp;height=768" alt="Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o"></p>
<p data-start="1850" data-end="2075">O Centro tamb&eacute;m afirmou que houve um &ldquo;desequil&iacute;brio institucional&rdquo; ao acusar publicamente um estudante, ressaltando que um professor det&eacute;m poder simb&oacute;lico capaz de prejudicar reputa&ccedil;&otilde;es e comprometer trajet&oacute;rias acad&ecirc;micas.</p>
<h2>O que diz a professora</h2>
<p>Juliana destacou que as agress&otilde;es s&atilde;o reflexo de uma cultura patriarcal que deslegitima a presen&ccedil;a feminina em posi&ccedil;&otilde;es de lideran&ccedil;a e decis&atilde;o dentro da academia e do servi&ccedil;o p&uacute;blico. Ela ressaltou ainda que o epis&oacute;dio ocorreu em um espa&ccedil;o no qual dedicou mais de 25 anos de sua trajet&oacute;ria profissional, como aluna, pesquisadora e professora.</p>
<p>A professora tamb&eacute;m citou a Conven&ccedil;&atilde;o Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Viol&ecirc;ncia contra a Mulher, que assegura &agrave;s mulheres o direito de participar plenamente da vida p&uacute;blica e de viver livres de discrimina&ccedil;&atilde;o e viol&ecirc;ncia.</p>
<p>Juliana informou que as provid&ecirc;ncias necess&aacute;rias para a sua prote&ccedil;&atilde;o j&aacute; est&atilde;o sendo tomadas e que confia na atua&ccedil;&atilde;o das autoridades p&uacute;blicas para investigar o caso e responsabilizar os envolvidos.</p>
<p>&ldquo;&Eacute; lament&aacute;vel constatar que, mesmo em pleno s&eacute;culo XXI, a viol&ecirc;ncia de g&ecirc;nero ainda se manifesta nos mais diversos espa&ccedil;os, p&uacute;blicos e privados&rdquo;, afirmou Pinheiro.</p>
<p>Ele destacou o profissionalismo e a trajet&oacute;ria da irm&atilde;, lembrando que o caso revela como o machismo persiste at&eacute; em ambientes de alta forma&ccedil;&atilde;o intelectual.</p>
<p>&ldquo;Minha irm&atilde; Juliana Damasceno, m&atilde;e, mulher, professora de uma universidade p&uacute;blica federal e pessoa honrada, foi alvo de um ataque mis&oacute;gino praticado por um aluno durante uma sess&atilde;o da Congrega&ccedil;&atilde;o da Faculdade de Direito da UFBA&rdquo;, acrescentou.</p>
<p>At&eacute; o momento, a Universidade Federal da Bahia n&atilde;o se pronunciou oficialmente sobre o epis&oacute;dio.</p>
<h2>Outros casos</h2>
<p>Esta n&atilde;o &eacute; a primeira situa&ccedil;&atilde;o em que mulheres s&atilde;o submetidas a esse tipo de constrangimento. Em maio deste ano, a ministra Marina Silva f<a href="https://aratuon.com.br/politica/desavenca-com-marina-silva-repercute-no-senado-insistencia-do-machismo" target="_blank" rel="noopener">oi alvo de ataques durante sess&atilde;o deliberativa&nbsp;</a>no Plen&aacute;rio do Senado Federal.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b965a498-0262-42eb-84bc-821a6abc5634.png?width=1280&amp;height=768" alt="Marina Silva. Foto: Ag&ecirc;ncia Brasil"></p>
<p>Em 2024, a a ent&atilde;o deputada estadual Ivana Bastos (PSD), hoje presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, insinuou que o machismo era o principal f<a href="https://aratuon.com.br/politica/ivana-bastos-insinua-machismo-em-disputa-pela-presidencia-da-al-ba-perseguicao-tem-sido-grande" target="_blank" rel="noopener">ator respons&aacute;vel pelas tentativas de tir&aacute;-la da disputa pela presid&ecirc;ncia da entidade.&nbsp;</a></p>
<p>Este tipo de comportamento tem provocado, tamb&eacute;m, rea&ccedil;&otilde;es positivas da sociedade. Em abril, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Estado da Bahia in<a href="https://aratuon.com.br/geral/mpba-cria-cotas-para-contratar-mulheres-vitimas-de-violencia-domestica" target="_blank" rel="noopener">stituiu uma pol&iacute;tica de cotas para mulheres v&iacute;timas de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica&nbsp;</a>em contratos de presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os cont&iacute;nuos de m&atilde;o de obra firmados pela Institui&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>&nbsp;</p>

<p>O Governo da Bahia oficializou nesta quarta-feira (15) a entrega de c&acirc;meras corporais para as for&ccedil;as policiais do estado, dentro de dois programas nacionais de seguran&ccedil;a coordenados pelo Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a e Seguran&ccedil;a P&uacute;blica (MJSP).&nbsp;</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/75e6e12f-03f5-4ae2-99ae-b21a33a959f4.png?width=1280&amp;height=768" alt="Governo da Bahia entrega c&acirc;meras corporais para refor&ccedil;ar for&ccedil;as policiais.Foto: Gov Ba"></p>
<p>O vice-governador Geraldo J&uacute;nior, representando o governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues, conduziu o ato no Centro de Opera&ccedil;&otilde;es e Intelig&ecirc;ncia (COI), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O evento contou ainda com a presen&ccedil;a do secret&aacute;rio nacional de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, M&aacute;rio Luiz Sarrubbo, do secret&aacute;rio estadual Marcelo Werner e de outras autoridades.</p>
<p>A iniciativa ocorre ap&oacute;s recomenda&ccedil;&atilde;o do <a href="https://aratuon.com.br/seguranca/mp-cobra-uso-efetivo-de-cameras-corporais-por-policiais-na-bahia">Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP-BA), emitida na &uacute;ltima quarta-feira (8), que solicitou ajustes na pol&iacute;tica de uso das c&acirc;meras corporais pelos policiais baianos.</a> O MP constatou que apenas 7,5% dos equipamentos estavam em opera&ccedil;&atilde;o nas unidades vistoriadas.</p>
<p>Durante visitas t&eacute;cnicas realizadas nos &uacute;ltimos dois meses, o MP-BA identificou baixa utiliza&ccedil;&atilde;o das c&acirc;meras e falhas no controle de uso. Das 1.263 unidades distribu&iacute;das pela Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica (SSP), apenas 95 estavam em funcionamento nas inspe&ccedil;&otilde;es, que abrangeram 15 unidades da Pol&iacute;cia Militar, Pol&iacute;cia Civil e Departamento de Pol&iacute;cia T&eacute;cnica (DPT).</p>
<p>Al&eacute;m disso, foram apontadas falhas nos crit&eacute;rios de distribui&ccedil;&atilde;o e nas regras de compartilhamento das imagens, dificultando o acesso por autoridades do sistema de justi&ccedil;a.&nbsp;</p>
<p>O ato tamb&eacute;m marcou a entrega de 1.073 kits de armas de incapacita&ccedil;&atilde;o neuromuscular (tasers), 23.629 espargidores de agente de pimenta e 24 ve&iacute;culos para as Pol&iacute;cias Civil, Militar e T&eacute;cnica, com investimento total de R$ 6,8 milh&otilde;es. Os equipamentos visam ampliar a prote&ccedil;&atilde;o dos agentes e o alcance operacional das corpora&ccedil;&otilde;es em todo o estado.</p>
<h2>Crit&eacute;rios de distribui&ccedil;&atilde;o de c&acirc;meras corporais por policiais na Bahia</h2>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/34f92a26-d564-4a64-9798-be414c44b9ed.png?width=600&amp;height=394" alt="Foto: Rafael Rodrigues/ Ascom SSP"></p>
<p>O MP recomendou que a SSP-BA priorize, na distribui&ccedil;&atilde;o das c&acirc;meras, as unidades com maiores &iacute;ndices de letalidade policial nos &uacute;ltimos 12 meses, e n&atilde;o apenas aquelas com maior n&uacute;mero de atendimentos registrados pelo Disque 190.&nbsp;</p>
<p>De acordo com estudo do Centro de Apoio Operacional de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica (Ceosp) do MP-BA, as unidades mais letais s&atilde;o as Rondas Especiais (Rondesp) do Rec&ocirc;ncavo, Extremo Sul, Atl&acirc;ntico, Ba&iacute;a de Todos os Santos e o 19&ordm; Batalh&atilde;o da PM em Jequi&eacute;, &nbsp;nenhuma delas faz uso das c&acirc;meras atualmente.</p>
<p>O MP tamb&eacute;m recomendou a revis&atilde;o das normas de compartilhamento das grava&ccedil;&otilde;es, com a cria&ccedil;&atilde;o de um fluxo autom&aacute;tico de envio dos arquivos em casos de pris&otilde;es em flagrante, al&eacute;m do envio direto &agrave;s autoridades competentes.</p>
<h2>C&acirc;meras corporais usadas por policiais em Salvador e RMS</h2>
<p>Em agosto deste ano,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/seguranca/pms-de-mais-10-unidades-de-salvador-e-rms-passam-a-utilizar-cameras-corporais">policiais militares de mais 10 unidades da capital baiana e da Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador (RMS) passaram a usar&nbsp;</a>as C&acirc;meras Corporais Operacionais (CCOs).&nbsp;</p>
<p>A ferramenta ser&aacute; empregada pelos efetivos das 16&ordf; (Com&eacute;rcio), 18&ordf; (Periperi), 19&ordf; (Paripe), 26&ordf; (Brotas), 41&ordf; (Federa&ccedil;&atilde;o), 50&ordf; (Sete de Abril), 58&ordf; (Cosme de Farias) e 81&ordf; (Itinga) Companhias independentes da PM, al&eacute;m dos 12&deg; (Cama&ccedil;ari) e 22&deg; (Cajazeiras) Batalh&otilde;es.</p>
<p>H&aacute; pouco mais de um ano a PM deu in&iacute;cio ao processo de utiliza&ccedil;&atilde;o das CCOs, com o emprego da tecnologia, em junho do ano passado, em 13 unidades - Batalh&otilde;es do Centro Hist&oacute;rico de Salvador e Rodovi&aacute;rio (1&ordf; CIA) e as Companhias de Tancredo Neves, S&atilde;o Crist&oacute;v&atilde;o, Boca do Rio, Liberdade, Piraj&aacute;, Itapu&atilde;, Pernambues, Pituba, Barra, Lauro de Freitas e Candeias.</p>
<p>As c&acirc;meras s&atilde;o utilizadas tamb&eacute;m por equipes das Pol&iacute;cias Civil e T&eacute;cnica, durante cumprimentos de mandados e per&iacute;cias em locais de crime.&nbsp;</p>
<h3>Casos de identifica&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s das c&acirc;meras</h3>
<p>No dia 6 de agosto, J<a href="https://aratuon.com.br/seguranca/jovem-e-rendido-e-fuzilado-por-pms-que-usavam-camera-corporal">eferson de Souza, jovem de 23 anos em situa&ccedil;&atilde;o de rua, foi rendido e morto por policiais militares no Viaduto 25 de Mar&ccedil;o, no Centro de S&atilde;o Paulo.</a> O caso ocorreu em 13 de junho, mas ganhou repercuss&atilde;o nas redes sociais em agosto, ap&oacute;s a divulga&ccedil;&atilde;o de imagens das c&acirc;meras corporais dos agentes envolvidos.</p>
<p>O v&iacute;deo, sem &aacute;udio, mostram Jeferson cercado por policiais, sem oferecer resist&ecirc;ncia. Antes dos disparos, o soldado Danilo Gehrinh, um dos envolvidos na abordagem, cobre propositalmente a c&acirc;mera que usava no uniforme. Em seguida, o tenente Allan Wallace dos Santos Moreira aparece empunhando um fuzil e atira tr&ecirc;s vezes contra o jovem, que cai no ch&atilde;o. Os tiros atingiram a cabe&ccedil;a e o t&oacute;rax da v&iacute;tima.</p>
<p>&nbsp;</p>
<blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">
<p dir="ltr" lang="pt">Jovem &eacute; rendido e morto por PMs; a&ccedil;&atilde;o foi flagrada por c&acirc;mera corporal<a href="https://t.co/TBVnNB1v1v">https://t.co/TBVnNB1v1v</a> <a href="https://t.co/YHMqUZpBC7">pic.twitter.com/YHMqUZpBC7</a></p>
&mdash; Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1953136056615706890?ref_src=twsrc%5Etfw">August 6, 2025</a></blockquote>
<p>&nbsp;</p>

<p>M&atilde;e e filha morreram ap&oacute;s consumirem um peda&ccedil;o de bolo de uma festa de anivers&aacute;rio no bairro do Ipiranga, na Zona Sul de S&atilde;o Paulo. O caso, ocorrido nos dias 8 e 9 de junho, voltou a ganhar repercuss&atilde;o ap&oacute;s mandados de busca e apreens&atilde;o cumpridos pela Pol&iacute;cia Civil na &uacute;ltima quarta-feira (8). A principal suspeita &eacute; de intoxica&ccedil;&atilde;o alimentar.</p>
<p>As v&iacute;timas foram identificadas como Ana Maria de Jesus, de 52 anos, e Larissa de Jesus Castilho, de 21, ambas ausentes da celebra&ccedil;&atilde;o. Segundo as investiga&ccedil;&otilde;es, o bolo foi levado at&eacute; a resid&ecirc;ncia da fam&iacute;lia pelo sobrinho de Ana, atendendo a um pedido de Larissa.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/78fb7173-e808-4375-985f-9aca346b5a99.png?width=1280&amp;height=768" alt="M&atilde;e e filha morrem ap&oacute;s consumir bolo de festa de anivers&aacute;rio.Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o"></p>
<p>De acordo com familiares, o bolo foi encomendado para uma comemora&ccedil;&atilde;o e, ap&oacute;s o fim da festa, peda&ccedil;os foram distribu&iacute;dos entre os convidados. A confeiteira respons&aacute;vel declarou em depoimento que havia entregue o doce lacrado e em perfeitas condi&ccedil;&otilde;es.</p>
<p>Na noite em que as v&iacute;timas consumiram o bolo, Larissa e uma prima procuraram atendimento m&eacute;dico ap&oacute;s Ana passar mal e ser internada.&nbsp;</p>
<p>J&aacute; na madrugada do dia 9, ap&oacute;s retornarem para casa, Larissa e a prima comeram o bolo e come&ccedil;aram a manifestar sintomas. A prima sentiu falta de ar e dor no est&ocirc;mago. Larissa, no entanto, apresentou um quadro mais grave, com tonturas, dificuldade para respirar, v&ocirc;mitos e convuls&otilde;es.</p>
<p>O Servi&ccedil;o de Atendimento M&oacute;vel de Urg&ecirc;ncia (Samu) foi acionado e tentou a reanima&ccedil;&atilde;o por cerca de 40 minutos, mas ela n&atilde;o resistiu, tendo o &oacute;bito constatado no local.</p>
<p>Ana Maria permaneceu internada por seis dias no Hospital Heli&oacute;polis e, posteriormente, foi transferida para o Hospital S&atilde;o Paulo. Seu falecimento foi causado por insufici&ecirc;ncia respirat&oacute;ria decorrente da intoxica&ccedil;&atilde;o, e o &oacute;bito foi registrado pela pol&iacute;cia em 29 de julho.</p>
<p data-start="194" data-end="454" data-is-last-node="" data-is-only-node=""><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/94922afa-63c5-45d5-8b16-ef6fa0f92cc7.png?width=1280&amp;height=768" alt="Foto: Imagem Ilustrativa | Freepik"></p>
<h2 data-start="194" data-end="454">Bolo de pote envenenado</h2>
<p><a href="https://aratuon.com.br/entretenimento/adolescente-morre-apos-comer-bolo-de-pote-com-arsenio-motivacao-foi-ciumes">Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos,</a> morreu ap&oacute;s consumir um bolo de pote em Itapecerica da Serra, na Regi&atilde;o Metropolitana de S&atilde;o Paulo. Segundo a investiga&ccedil;&atilde;o, a suspeita confessou ter colocado ars&ecirc;nio no doce por ci&uacute;mes.</p>
<p>De acordo com a pol&iacute;cia, o bolo foi entregue por um motoboy na resid&ecirc;ncia de Ana Luiza como um "presente", acompanhado de um bilhete: "Um mimo para a garota mais linda que eu j&aacute; vi". Poucos minutos ap&oacute;s consumir o doce, a v&iacute;tima come&ccedil;ou a passar mal e foi levada ao hospital pelo pai. No local, foi diagnosticada com quadro de intoxica&ccedil;&atilde;o alimentar, medicada e liberada. No entanto, no dia seguinte, voltou a apresentar sintomas e foi levada a um pronto-socorro, onde chegou sem vida.</p>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/49a13d23-7d06-493b-86cc-1be23ec7a0f5.png?width=600&amp;height=399" alt="Foto: Redes Sociais"></p>
<h2>Subst&acirc;ncia ligada a mortes por bolo envenenado</h2>
<p>De acordo com a per&iacute;cia, o bolo de pote consumido por Ana Luiza estava contaminado com ars&ecirc;nio &mdash; subst&acirc;ncia altamente t&oacute;xica.</p>
<p data-start="534" data-end="894">Esse n&atilde;o &eacute; um caso isolado. No final de 2024, tr&ecirc;s pessoas da mesma fam&iacute;lia morreram&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/geral/bolo-de-natal-com-arsenio-deixa-tres-pessoas-mortas-no-rio-grande-do-sul">ap&oacute;s ingerirem um bolo de Natal envenenado</a> com a mesma subst&acirc;ncia, no Rio Grande do Sul. Assim como Ana Luiza, as v&iacute;timas passaram mal poucos minutos ap&oacute;s a ingest&atilde;o. Tia e sobrinha morreram na mesma noite; a terceira v&iacute;tima faleceu horas depois.</p>
<p data-start="896" data-end="1035">Os dois epis&oacute;dios recentes levantam uma quest&atilde;o alarmante: como uma&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/geral/menino-de-10-anos-tem-alta-da-uti-apos-envenenamento-de-bolo-com-arsenio">subst&acirc;ncia de alta toxicidade</a> tem sido acessada com tamanha facilidade?&nbsp;</p>
<h3 data-start="1042" data-end="1064">O que &eacute; o ars&ecirc;nio?</h3>
<p data-start="1066" data-end="1377">O ars&ecirc;nio <a href="https://aratuon.com.br/entretenimento/arsenio-conheca-substancia-ligada-a-mortes-por-bolo-envenenado">&eacute; um elemento qu&iacute;mico naturalmente presente no meio ambiente. </a>Pode ser encontrado em rochas, solos, &aacute;gua, ar, plantas e at&eacute; em alguns animais. No cotidiano, est&aacute; presente em alimentos industrializados em quantidades m&iacute;nimas, controladas por normas da Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa).</p>
<p data-start="1379" data-end="1592">A Anvisa estabelece limites seguros para diversos alimentos. No caso de cereais, o m&aacute;ximo permitido &eacute; de 0,15 miligrama por quilo; no caf&eacute; sol&uacute;vel, 0,50 mg/kg; no arroz, 0,30 mg/kg; e no a&ccedil;&uacute;car, apenas 0,10 mg/kg.</p>

<p data-start="214" data-end="507">Sete meses ap&oacute;s sofrer um ataque com &aacute;cido em um banheiro p&uacute;blico, Fl&aacute;via Rosa de Oliveira, de 33 anos, ainda espera por justi&ccedil;a. O caso aconteceu no munic&iacute;pio de Serra Preta, no leste da Bahia, e at&eacute; o momento, segundo a v&iacute;tima, nenhuma medida foi tomada pelas autoridades locais.</p>
<p data-start="509" data-end="907">Segundo o relato de Fl&aacute;via ao programa Al&ocirc; Juca, o ataque foi cometido por uma auxiliar de servi&ccedil;os gerais, identificada apenas como Danili, ap&oacute;s uma discuss&atilde;o sobre o uso de um produto de limpeza.</p>
<p data-start="509" data-end="907"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/3957ea57-60d6-4d47-b3c1-14afbe9defff.png?width=1280&amp;height=768" alt="Foto: TV Aratu"></p>
<article class="text-token-text-primary w-full focus:outline-none [--shadow-height:45px] has-data-writing-block:pointer-events-none has-data-writing-block:-mt-(--shadow-height) has-data-writing-block:pt-(--shadow-height) [&amp;:has([data-writing-block])&gt;*]:pointer-events-auto [content-visibility:auto] supports-[content-visibility:auto]:[contain-intrinsic-size:auto_100lvh] scroll-mt-[calc(var(--header-height)+min(200px,max(70px,20svh)))]" dir="auto" tabindex="-1" data-turn-id="request-WEB:406d080b-2b0a-4bb5-998d-70f2e46760a7-1" data-testid="conversation-turn-4" data-scroll-anchor="true" data-turn="assistant">
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<p data-start="0" data-end="217" data-is-last-node="" data-is-only-node="">Fl&aacute;via contou que pediu &agrave; funcion&aacute;ria para n&atilde;o usar o &aacute;cido enquanto ela estava no banheiro, o que gerou um desentendimento. Momentos depois, a mulher teria retornado ao local e lan&ccedil;ado o produto em seu rosto e corpo.</p>
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<div class="mt-3 w-full empty:hidden">&nbsp;</div>
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</article>
<p data-start="909" data-end="1113">A v&iacute;tima sofreu queimaduras graves.&nbsp;Desde o ocorrido, Fl&aacute;via relata que n&atilde;o recebeu nenhuma assist&ecirc;ncia da prefeitura ou de outros &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos.&nbsp;&ldquo;Minha vida parou. Estou toda queimada, n&atilde;o tenho condi&ccedil;&otilde;es financeiras de nada. A prefeitura nunca veio saber como estou, e a pol&iacute;cia tamb&eacute;m n&atilde;o me procurou&rdquo;, disse, emocionada.</p>
<p data-start="909" data-end="1113"><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/61244a6b-6da0-43b2-91d3-ac50ae5f9d5b.png?width=1280&amp;height=768" alt="V&iacute;tima de ataque com &aacute;cido na Bahia cobra justi&ccedil;a: &lsquo;Minha vida parou&rsquo;.Foto: TV Aratu"></p>
<p data-start="1390" data-end="1576">O caso foi registrado na cidade vizinha de Feira de Santana, mas a investiga&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o teve andamento. Serra Preta n&atilde;o possui delegacia nem delegado titular.</p>
<p data-start="1578" data-end="1679">A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Serra Preta e a Pol&iacute;cia Civil da Bahia, mas at&eacute; o momento n&atilde;o houve retorno sobre o caso.&nbsp;</p>
<h2 data-start="1578" data-end="1679"><iframe title="YouTube video player" src="https://www.youtube.com/embed/eg41v3dORpU?si=SPjTw9iZ4i2Qj4Rj" width="560" height="315" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></h2>
<h2>Tentativa de homic&iacute;dio com &aacute;cido</h2>
<p>Dois homens foram condenados a 21 anos de pris&atilde;o <a href="https://aratuon.com.br/seguranca/dupla-e-condenada-por-tentar-matar-mulher-com-acido-em-salvador">por tentar matar Viviane da Hora Sales com &aacute;cido, em 11 de agosto de 2023, em Salvador.</a> A dupla condenada planejou o ataque ap&oacute;s um dos envolvidos ficar inconformado com o fim do relacionamento.</p>
<p data-start="95" data-end="370">O crime foi classificado como tentativa de feminic&iacute;dio qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da v&iacute;tima e por ter sido cometido em contexto de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica e familiar. A senten&ccedil;a foi obtida pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP-BA), por meio do promotor de Justi&ccedil;a Fernando Lucas Carvalho Villar de Souza.&nbsp;</p>
<p data-start="585" data-end="847">Segundo a den&uacute;ncia, Cl&aacute;udio Alves, inconformado com o fim do relacionamento e &ldquo;movido por ci&uacute;me e sentimento de posse&rdquo;, encomendou a morte da ex-companheira a Wesley Emanuel. O ataque seria uma forma de pagamento de uma d&iacute;vida que Wesley possu&iacute;a com ele.</p>
<h3 data-start="1046" data-end="1234">'Feminic&iacute;dio pode ser o primeiro ato de viol&ecirc;ncia'</h3>
<p><img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/143810bd-de32-45dd-848c-ea4acde2b29d.jpg?width=1280&amp;height=768" alt="'Feminic&iacute;dio pode ser o primeiro ato de viol&ecirc;ncia', diz pesquisador; Bahia registrou 80 casos em 2024. Foto: Imagem Ilustrativa"></p>
<p>&Eacute; de conhecimento p&uacute;blico que a&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/especiais/feminicidio-pode-ser-o-primeiro-ato-de-violencia-diz-pesquisador-bahia-registrou-80-casos-em-2024">viol&ecirc;ncia contra a mulher &eacute; um dos grandes problemas do Brasil.</a>&nbsp;Dados do&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/seguranca/anuario-de-seguranca-bahia-e-segundo-estado-mais-violento-do-pais">Anu&aacute;rio Brasileiro de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica</a> em 2024, publicado pelo F&oacute;rum Brasileiro de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, mostram que 1.467 mulheres foram mortas no pa&iacute;s em raz&atilde;o do g&ecirc;nero, o maior n&uacute;mero registrado desde a publica&ccedil;&atilde;o da lei que tipifica o crime, em 2015.</p>
<p>Na Bahia, at&eacute; o dia 21 de outubro, 80 feminic&iacute;dios foram contabilizados pela Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica (SSP), apenas cinco a menos que o mesmo per&iacute;odo em 2023.</p>
<p>Um dos casos recentes - e de grande repercuss&atilde;o - aconteceu em Teixeira de Freitas, no Extremo Sul do estado, quando as irm&atilde;s Elaine e Hiane Miranda de Ara&uacute;jo, de 41 e 35 anos, respectivamente, foram mortas a tiros pelo ex-marido da primeira, dentro de uma loja na cidade. O alvo do ataque, inclusive, possu&iacute;a medida protetiva contra o suspeito, que n&atilde;o teve o nome divulgado.</p>
<p>&nbsp;</p>

Anna Caroline Santiago

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