Brasil adota Lei Nacional de Linguagem Simples; entenda

Lei Nacional de Linguagem Simples tem como objetivo facilitar o entendimento das informações oficiais e garantir que qualquer cidadão consiga encontrar, compreender e utilizar os serviços públicos.

Por Rosana Bomfim.

O Brasil passou a adotar a Política Nacional de Linguagem Simples, iniciativa que obriga órgãos públicos de todas as esferas a usar uma comunicação clara, direta e acessível com a população. A nova lei tem como objetivo facilitar o entendimento das informações oficiais e garantir que qualquer cidadão consiga encontrar, compreender e utilizar os serviços públicos.

Lei Da Linguagem Simples. | Foto: Carlos Moura | Agência Senado

A medida representa um avanço na relação entre Estado e sociedade, ao priorizar a compreensão de todas as pessoas — incluindo pessoas com deficiência e comunidades tradicionais. A legislação estabelece padrões que órgãos e entidades públicas deverão seguir na elaboração de comunicados, formulários, orientações, portais de serviços e outros conteúdos destinados ao público.

Objetivos da Lei da Linguagem Simples 

A lei busca:

  • Garantir que a administração pública use linguagem simples em todas as comunicações;

  • Facilitar o entendimento e o uso das informações pelo cidadão;

  • Reduzir a necessidade de intermediários;

  • Diminuir tempo e custos nos atendimentos;

  • Reforçar a transparência e o controle social;

  • Tornar a comunicação acessível para pessoas com deficiência.

Senado Federa. l Foto: Jonas Pereira| Agência Senado

Diretrizes para melhorar a clareza das informações

O texto estabelece técnicas para orientar a redação de conteúdos públicos. Entre as principais:

  • Frases curtas, diretas e com uso de voz ativa;

  • Uma ideia por parágrafo;

  • Palavras comuns e explicação de termos técnicos;

  • Evitar estrangeirismos desnecessários;

  • Priorizar as informações mais importantes no início;

  • Observar as regras da língua portuguesa, sem flexões fora do padrão;

  • Utilizar listas, tabelas e recursos visuais que facilitem a compreensão;

  • Realizar testes de entendimento com o público-alvo;

  • Garantir acessibilidade conforme o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Quando a comunicação for destinada a comunidades indígenas, a lei prevê que, sempre que possível, seja oferecida também uma versão na língua da comunidade, reforçando o respeito à diversidade cultural e linguística do país.

Implementação em todos os níveis de governo

Cada Poder, em cada esfera União, estados, Distrito Federal e municípios deveram definir diretrizes complementares, fluxos e ferramentas para implementar a Política Nacional de Linguagem Simples. Isso inclui revisar portais e documentos oficiais, capacitar equipes, criar manuais, padronizar formulários e realizar testes de usabilidade com cidadãos.

A entrada em vigor imediata da lei marca o começo de uma mudança cultural na administração pública. A expectativa é que milhões de brasileiros passem a ter acesso mais fácil e eficiente a informações e serviços essenciais do Estado.

Inclusão social na Bahia 

O Ministério Público da Bahia (MPBA), o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) firmaram compromisso com o objetivo de aprimorar a oferta do serviço de junta médica para perícia visando a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) especial por pessoas com deficiência (PCDs). 

O acordo, que visa ampliar os direitos da população com deficiência no estado, contempla a construção de um plano de ação colaborativo e resulta de um trabalho de mediação do Centro de Autocomposição e Construção de Consensos (Compor) do MPBA, a partir de procedimento instaurado pela 2ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Salvador, que apurou dificuldades estruturais e operacionais enfrentadas por cidadãos que necessitam da CNH especial.

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