PIB da Bahia tem menor crescimento do Nordeste e perde participação no Brasil
Estado avançou 2,3% em 2023, abaixo da média nacional e atrás de todos os vizinhos da região
Por Matheus Caldas.
O PIB da Bahia registrou o menor crescimento do Nordeste em 2023, segundo os dados do Sistema de Contas Regionais divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (14). O estado cresceu 2,3% no ano — índice inferior ao de todas as outras unidades da região — e também ficou abaixo da média nacional, de 3,2%.
Mesmo os estados com desempenho mais moderado, como Pernambuco (2,4%) e Paraíba (3,0%), superaram o ritmo de expansão do PIB da Bahia. Maranhão (3,6%), Alagoas (3,5%) e Rio Grande do Norte (4,2%) estiveram entre os destaques positivos do Nordeste.
Ranking de crescimento do Nordeste em 2023
(Variação real do PIB segundo IBGE)
- Rio Grande do Norte — 4,2%
- Maranhão — 3,6%
- Alagoas — 3,5%
- Piauí — 3,1%
- Sergipe — 3,1%
- Ceará — 3,0%
- Paraíba — 3,0%
- Pernambuco — 2,4%
- Bahia — 2,3% (menor da região)
Além de crescer menos, a Bahia perdeu participação no PIB do Brasil, caindo de 4,0% para 3,9%. Trata-se da primeira queda na série desde 2002, refletindo trajetória de crescimento mais lento ao longo das últimas décadas. Entre 2002 e 2023, o estado teve média anual de 1,9% — a terceira menor do país.

Ranking de crescimento do PIB no Brasil em 2023
(27 unidades da federação – do maior para o menor)
- Acre — 14,7%
- Mato Grosso do Sul — 13,4%
- Mato Grosso — 12,9%
- Tocantins — 7,9%
- Rio de Janeiro — 5,7%
- Goiás — 4,8%
- Paraná — 4,3%
- Rio Grande do Norte — 4,2%
- Roraima — 4,2%
- Maranhão — 3,6%
- Alagoas — 3,5%
- Minas Gerais — 3,4%
- Espírito Santo — 3,4%
- Distrito Federal — 3,3%
- Sergipe — 3,1%
- Piauí — 3,1%
- Ceará — 3,0%
- Paraíba — 3,0%
- Amapá — 2,9%
- Pernambuco — 2,4%
- Bahia — 2,3%
- Amazonas — 2,1%
- Santa Catarina — 1,9%
- Pará — 1,4%
- São Paulo — 1,4%
- Rio Grande do Sul — 1,3%
- Rondônia — 1,3%
O IBGE aponta que dois setores influenciaram diretamente o resultado do PIB da Bahia: agropecuária e serviços ligados ao comércio. A agropecuária baiana recuou com a redução de preços, enquanto o grupo de “outros serviços”, que engloba atividades comerciais, também cresceu abaixo da média do país.
Apesar do desempenho, a Bahia permanece como a maior economia do Nordeste e a sétima do Brasil. A região, como conjunto, cresceu 2,9% em 2023 — ainda abaixo do PIB nacional, mas acima do índice baiano. Para os próximos meses, estão previstas novas divulgações do calendário das Contas Nacionais, incluindo dados sobre finanças públicas e PIB dos municípios.

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