Artistas denunciam atraso no pagamento de cachês de evento em Coité

Segundo dados disponibilizados no painel junino, do Ministério Público da Bahia (MP-BA), a prefeitura da cidade gastou R$ 1,6 milhão somente com atrações artísticas no evento

Por Da redação.

Artistas que se apresentaram no Coité Folia, em Conceição do Coité, a 224 km de Salvador, denunciam atraso no pagamento dos cachês que deveriam ter recebido da prefeitura.

Segundo denúncia feita por músicos ao Aratu On, em condição de anonimato, os mais afetados são os artistas da cidade. A denúncia aponta que os cachês giram em torno de R$ 3 mil e R$ 5 mil.

As atrações com cachês mais caros, sustentam os denunciantes, receberam os valores logo após as apresentações nas festas juninas da cidade.

Procurada pela reportagem do Aratu On, a prefeitura de Conceição do Coité emitiu nota sobre o caso. Leia a íntegra:

"A Prefeitura de Conceição do Coité vem a público esclarecer que são infundadas as informações que circulam a respeito de atrasos no pagamento de artistas que se apresentaram na Coité Folia (maio/2025) e no Circuito Gonzagão (junho/2025).

O Município reitera que todos os pagamentos estão sendo realizados dentro dos prazos legais e contratuais, respeitando rigorosamente o rito processual obrigatório da administração pública, que envolve:

Emissão de Requisição de Solicitação de Serviços com assinaturas de três responsáveis;
Emissão e atesto da nota fiscal com toda a documentação exigida;
Análise da Secretaria de Finanças para conferência de dados contratuais, retenções legais, certidões e definição da fonte pagadora;
Liquidação do processo e pagamento pela Tesouraria, conforme ordem de chegada e autorização da gestão.

Importante destacar que, conforme previsto em contrato, os pagamentos devem ser efetuados em até 20 dias após o recebimento da nota fiscal. Como exemplo, consta na Secretaria de Finanças nota fiscal de banda participante do Circuito Gonzagão com data de emissão em 21/07/2025, estando, portanto, dentro do prazo contratual. É preciso salientar que todas as bandas contratadas para o evento Coité Folia já foram devidamente pagas. 

A Prefeitura de Conceição do Coité mantém sua regularidade com fornecedores, prestadores de serviço, servidores públicos, previdência, concessionárias, consignados, precatórios e demais obrigações legais.

O compromisso com a responsabilidade fiscal e a transparência é um valor permanente da atual gestão. Prova disso é o reconhecimento público recebido por meio do Selo de Transparência nos Festejos Juninos 2025, concedido pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), em razão da condução responsável e transparente dos investimentos realizados nas festividades juninas.

A Prefeitura reafirma seu respeito à população e aos profissionais da cultura, reiterando que eventuais informações contrárias à realidade apenas desinformam e não contribuem com o debate público sério e responsável".

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Nattan foi uma das principais atrações do Coité Folia | Foto: divulgação

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Coité Folia

Segundo dados disponibilizados no painel junino, do Ministério Público da Bahia (MP-BA), a prefeitura da cidade gastou R$ 1,6 milhão somente com atrações artísticas no evento, que aconteceu entre 1º e 4 de maio.

A principal atração da cidade foi Leo Santana, com cachê de R$ 500 mil. O segundo foi Durval Lelys, cujo show custou R$ 300 mil.

Houve, ainda, atrações como Psirico (R$ 160 mil), Escandurras (R$ 100 mil), e Guig Ghetto (R$ 80 mil).

Os dados disponibilizados no painel junino do MP-BA se referem verbas públicas destinadas ao Coité Folia. Portanto, há artistas, como Bell Marques e Nattan, que não constam no portal do órgão ministerial.

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Evento movimentou ruas de Conceição do Coité | Foto: divulgação

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