Suzane von Richthofen é flagrada em praia paradisíaca: 'Aproveitando sem culpa'
Um novo flagrante de Suzane von Richthofen começou a circular nas redes sociais desde a última quinta-feira (18)
Por Da redação.
Um novo flagrante de Suzane von Richthofen começou a circular nas redes sociais desde a última quinta-feira (18). Condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, em 2002, a ex-detenta de Tremembé foi fotografada na Riviera de São Lourenço, no litoral de São Paulo. O bairro, localizado em Bertioga, é conhecido pela praia de águas calmas, ampla faixa de areia e infraestrutura que inclui shopping center e restaurantes.
A imagem foi divulgada pela página Crimes do Brasil – Tremembé, no Instagram. No registro, Suzane aparece próxima a um carrinho de milho, usando blusa branca de manga comprida e óculos de sol. Este ano, Suzane foi uma das personalidades mais buscadas no Google no Brasil, segundo dados publicados pelo Google. Em janeiro do ano passado, a estudante de Direito, que está em regime aberto e é casada com o médico Felipe Zecchini Muniz, deu à luz o primeiro filho.

A publicação gerou forte repercussão nos comentários. Parte dos seguidores mencionou o irmão de Suzane, Andreas von Richthofen, que vive recluso e longe das redes sociais desde o crime. Andreas tinha 15 anos à época do assassinato dos pais.
“Ela na praia curtindo com a nova família e o Andreas em um sítio praticamente abandonado, sem energia, com roupas velhas… Andreas está enterrado vivo, não tem vida”, escreveu um internauta. “Ela na praia e o irmão em um luto eterno”, comentou outro. “O irmão que vive a cadeia ao se reclusar em um sítio. A irmã aproveitando a vida sem culpa, constituindo família e sem remorso nenhum!”, disse uma terceira pessoa.

Outros usuários, no entanto, fizeram comentários de tom irônico ou elogiaram a aparência de Suzane, chegando a compará-la à atriz Larissa Manoela, que já relatou publicamente que precisava pedir dinheiro aos pais para despesas simples.
“Tá melhor que Larissa Manoela que nem isso podia fazer”, escreveu uma internauta. “Diferente da Larissa Manoela que precisava do dinheiro dos pais para o milho, a Su já tem o dela… foda é lembrar como conseguiu”, comentou outra. “Essa mulher não envelhece não?”, questionou uma terceira. “Vive melhor que muita gente!”, opinou uma quarta.
O nome de Suzane von Richthofen passou a ser mais mencionado após a estreia da série "Tremembé", da Amazon Prime, que relembra crimes brasileiros de grande repercussão e mostra o cotidiano na Penitenciária de Tremembé. É lá que diversos criminosos condenados por casos que chocaram o país cumprem ou cumpriram pena. No elenco estão Marina Ruy Barbosa como Suzane von Richthofen, Felipe Simas e Kelner Macêdo como os irmãos Cravinhos, Carol Garcia como Elize Matsunaga, e Bianca Comparato e Lucas Oradovschi interpretando Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni.

Caso Von Richthofen
Na madrugada de 31 de outubro de 2002, o engenheiro alemão naturalizado brasileiro Manfred von Richthofen e a esposa, a psiquiatra Marísia von Richthofen, dormiam no quarto do casal na mansão da família, no bairro do Brooklin, em São Paulo. Sem desconfiarem do que aconteceria, os dois se tornaram vítimas de um dos crimes mais emblemáticos e violentos do país.
Manfred e Marísia foram mortos com diversos golpes na cabeça. Vestígios de sangue e massa encefálica foram encontrados por todo o cômodo, do chão ao teto. De acordo com a investigação, uma toalha foi colocada na boca de Marísia para impedir que ela gritasse. Uma arma também foi deixada ao lado do corpo de Manfred, em uma tentativa de simular suicídio.
O caso causou comoção nacional não apenas pela brutalidade, mas pela revelação de que a própria filha do casal foi a mandante do crime. Suzane von Richthofen, então estudante de Direito, de 19 anos, abriu a porta da residência para os assassinos, acionou a Polícia Militar após o ocorrido, chorou diante das câmeras e fez declarações públicas sobre a trajetória da família, até então conhecida por integrantes de destaque, como diplomatas, cientistas e políticos.
As investigações apontaram que Suzane planejou o assassinato dos pais com o namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian Cravinhos. O trio tentou sustentar álibis, incluindo a apresentação de uma nota fiscal de um motel onde afirmavam estar no horário do crime. O excesso de cuidado levantou suspeitas dos investigadores.

“O que nos colocou no local foi justamente o excesso de cuidado deles para não estarem no local”, declarou à época a delegada Cíntia Tucunduva.
A definição do horário do crime foi possível a partir de uma combinação de provas. O médico-legista estimou que o homicídio ocorreu entre 22h e 24h. A linha do tempo foi reforçada pelo depoimento do vigia da rua, que assistia à vitória do Corinthians sobre o Flamengo naquela noite. Ele afirmou ter se distraído ao ver o carro de Suzane estacionando na garagem da residência, informação que ajudou a polícia a delimitar com mais precisão o momento das mortes.
A primeira pista concreta que levou aos suspeitos surgiu poucas horas depois. Cristian Cravinhos, que trabalhava como mecânico, comprou uma motocicleta Suzuki de 1.100 cilindradas cerca de dez horas após o crime. A polícia desconfiou da transação, realizada com 36 notas de US$ 100, dinheiro que teria sido retirado da casa das vítimas na noite do assassinato.

Detido, Cristian acabou confessando o crime, o que levou às prisões de Daniel e Suzane, que também admitiram participação. A motivação apontada foi a reprovação dos pais de Suzane ao relacionamento com Daniel, motivada por divergências de classe social.
Daniel Cravinhos obteve progressão para o regime semiaberto em 2013 e, em 2018, após cumprir 16 anos de prisão, passou ao regime aberto. Durante o período em que esteve encarcerado, trabalhou como auxiliar de ajudante geral, das 7h às 16h, o que permitiu a remição de dois anos da pena. Na prisão, conheceu a biomédica Alyne Bento, com quem se casou após ela visitá-lo no presídio, onde acompanhava um irmão preso por envolvimento em roubo.
Cristian Cravinhos foi autorizado a cumprir pena em regime aberto em 2017, mas retornou à prisão em 2018. Ele foi detido após se envolver em uma briga em um bar, em Sorocaba, e foi flagrado com uma munição de uso restrito. Para evitar a prisão e a perda do benefício, tentou oferecer dinheiro aos policiais.
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