Bahia e a Copa do Nordeste: história de títulos e protagonismo do Esquadrão

Recentemente, no último dia 6 de setembro, o Esporte Clube Bahia atualizou uma página importante de sua história e de sua relação com a Copa do Nordeste, ao se tornar pentacampeão da importante competição regional.

O título conquistado nesta edição de 2025 é o maior agregado entre todos os concorrentes nordestinos. A façanha, aliada à atual atuação do clube, no cenário nacional, concretizou-se para o Esquadrão de Aço, a hegemonia e o status de melhor representante da região na atualidade.

Ao longo das edições da Copa do Nordeste, o Tricolor de Aço traçou uma trajetória de conquistas expressivas, campanhas consistentes e momentos que fortaleceram a importância do campeonato para sua história, inclusive a condição de maior vencedor, superando o rival, Vitória , que dividia a liderança de títulos com quatro conquistas.

O Bahia levantou a taça em cinco oportunidades (2001, 2002, 2017 e 2021 e 2025). As conquistas do início dos anos 2000 ajudaram a firmar a supremacia tricolor no cenário regional, enquanto os títulos mais recentes coroaram um período de restrição e fortalecimento do clube, principalmente após uma era de democratização interna e, mais recentemente, com a entrada do Grupo City.

O Bahia na Copa do Nordeste

Nas últimas edições, o Bahia manteve a presença constante nas fases decisivas. Foi semifinalista e finalista em diversas oportunidades, quase sempre figurando entre os favoritos ao título.

Veja uma cronologia do clube na competição:

• 1997 - Estreia : O Bahia participa da edição inaugural da Copa do Nordeste, ainda sem grande protagonismo, mas marcando presença no novo torneio regional.

• 2001 - Campeão : o Tricolor conquista seu primeiro título da competição, vencendo o Sport na final, e se renova como potência do futebol nordestino.

• 2002 - Bicampeão : novamente campeão, o Bahia supera o Vitória em uma decisão histórica, consolidando uma hegemonia no início dos anos 2000.

• 2015 – Vice-campeão : após campanha sólida, chega à final contra o Ceará, mas fica com o segundo lugar. O título escapa, mas o clube volta a ser protagonista.

• 2017 – Tricampeão : conquista o título diante do Sport, na Fonte Nova lotada, com gol de Edigar Junio. O troféu marca a força da equipe na era pós-democratização do clube.

• 2018 – Vice-campeão : disputa novamente a final contra o Sampaio Corrêa, mas, surpreendentemente, não consegue o título.

• 2021 – Tetracampeão : o Bahia vence o Ceará na final e ergue sua quarta taça, reafirmando a tradição na competição. .

• 2024 – Semifinalista : o Bahia mantém a regularidade, mas perdeu em, uma decisão por pênaltis, a semifinal para o CRB. Neste ano, o campeão foi o Fortaleza.

• 2025 – Pentacampeão : O Bahia sacramentou seu favoritismo e se sagrou pentacampeão da Copa do Nordeste, ao vencer o Confiança, na final, por 5 a 0.

Elenco diferenciado

A consistência do Bahia na história da Copa do Nordeste demonstra não apenas a força dos elencos montados, mas também a relevância do clube no futebol nordestino. Em 2025, inclusive, o clube esteve com um nível técnico tão diferenciado, que utilizou times mesclados por jogadores reservas e revelações da base, nas duas partidas da final do campeonato.

Além disso, foi um oriundo das categorias inferiores, o atacante Tiago, quem conquistou o título de artilheiro da competição, mesmo tendo começado, a maioria das partidas, no banco de reservas. Na final, contra o Confiança, ele marcou três gols, na goleada por 5 a 0. Antes, o jovem de 20 anos havia feito o gol do Bahia, na semifinal contra o Ceará, colocando o Tricolor na decisão do título.

Copa do Nordeste: símbolo de identidade regional

A Copa do Nordeste, conhecida carinhosamente como “Liga dos Lampions”, ocupa um lugar especial no futebol brasileiro. Mais do que uma competição, o torneio se consolidou como um símbolo de identidade cultural, esportiva e econômica para os estados da região.

A Copa do Nordeste reúne alguns dos clubes mais tradicionais do país, como Bahia, Vitória, Sport, Ceará e Fortaleza, além de dar visibilidade a equipes emergentes que buscam espaço no cenário nacional.

A importância da competição também se reflete no aspecto financeiro. Com cotas de participação, patrocínios exclusivos e transmissão nacional, a Copa do Nordeste se tornou fundamental para o orçamento dos clubes, especialmente os de médio porte, que acontecem no torneio uma chance de projeção e sustentabilidade.

Com a conquista do penta, por exemplo, o Bahia garantiu uma premiação total de R$ 7,02 milhões e vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil de 2026. Por outro lado, o vice-campeão, Confiança, recebeu R$ 4,72 milhões em premiações ao longo da competição.

Do ponto de vista esportivo, o campeonato serve como uma tabela para a temporada, medindo forças entre equipes que disputam competições nacionais como Série A, B e C. Além disso, a conquista do título se tornou um objetivo prioritário, uma vez que o troféu simboliza hegemonia regional e gera prestígio entre torcedores.

A Copa do Nordeste também tem um impacto cultural único. O apelido “Lampions League”, uma brincadeira com a Liga dos Campeões da Europa e a figura de Lampião, ícone do cangaço, traduz o espírito popular da disputa, que une humor, paixão e orgulho da região.

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