Tiago Correia defende chapa da oposição com ACM Neto, João Roma e Coronel

O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Tiago Correia (PSDB), avaliou os cenários para as eleições de 2026 e afirmou que o desenho hoje debatido dentro da base governista pode acabar fortalecendo o campo adversário. Tiago Correia defende chapa da oposição com ACM Neto, João Roma e Coronel como alternativa mais competitiva diante do projeto da chapa puro sangue petista.

Segundo o deputado, líder da oposição, a chamada chapa “puro-sangue” articulada pelo grupo de Jerônimo Rodrigues (PT) tende a excluir o senador Angelo Coronel (PSD). Assim, Correia espera que essa movimentação abra espaço para uma possível migração do nome para a oposição, o que, na visão do tucano, gera impacto direto na sustentação política do Palácio de Ondina.

Apesar do PT defender a chapa majoritária com três nomes da legenda, Jaques Wagner, Rui Costa e Jerônimo, o atual senador do grupo Angelo Coronel não admite estar nas eleições de 2026 em outra disputa que não pelo Senado. 

Pesquisa de opinião realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas entre os dias 25 e 29 de julho revela que os ex-governadores Rui Costa e Jaques Wagner, ambos do PT, lideram as preferências do eleitorado baiano para as eleições ao Senado em 2026. O resultado da força para a chapa puro-sangue, ideia lançada pelo partido em que todos os candidatos da esquerda em 2026 seriam petistas.

Tiago Correia defende chapa da oposição com ACM Neto, João Roma e Coronel

Na avaliação de Correia, uma composição oposicionista com João Roma disputando o Senado e Angelo Coronel ocupando a outra vaga para o senado em aberto ou a vice-governadoria seria estratégica, tanto pelo peso eleitoral quanto pelo efeito político no interior do estado.

"João Roma como candidato a senador, e aí nós temos uma vaga de Senado e uma vaga de vice. No meu ponto de vista, o Coronel seria o nome que mais agregaria ao lado de João Roma", afirmou em coletiva organizada pelo deputado.

O líder da oposição destacou ainda que o senador tem forte influência entre prefeitos e lideranças municipais, o que poderia ampliar o alcance da chapa fora da capital.

"Por conta da quantidade de apoio de prefeitos que o Coronel traria. E também pelo baque que ele causaria ao romper com o governo", pontuou.

Para Tiago Correia, o possível ingresso de Angelo Coronel no campo oposicionista teria um efeito duplo: fortalecer a chapa adversária e, ao mesmo tempo, desorganizar a base aliada do governador. O líder da oposição na ALBA e Angelo Coronel já chegaram a se reunir neste ano, o que chamou atenção para essa possível aproximação.

"O Coronel tanto agrega por desagregar lá, quanto por trazer uma massa muito grande de apoio de prefeitos", concluiu.