Caso de intoxicação por metanol em licor é confirmado pela primeira vez
Intoxicação por metanol em licor gera interdição de lotes para investigação
Por Júlia Naomi.
Pela primeira vez, um caso de intoxicação por metanol em licor é confirmado. Na terça-feira (2), um exame detectou a presença da substância tóxica na urina de um homem de 47 anos, internado na cidade de Mauá, em São Paulo, no final de novembro. A prefeitura do município confirmou o caso, que é também o primeiro da cidade.

Antes da confirmação do caso, os registros de intoxicação por bebida alcoólica contaminada por metano estavam relacionados ao consumo de destilados como vodka, gin e uísque.
Segundo a Secretaria da Saúde de Mauá, o paciente relata ter ingerido a bebida entre os dias 21 e 22 de novembro em dois estabelecimentos, nos bairros Jardim Elizabeth e Jardim Mauá. Ele apresentou dor de cabeça intensa, cansaço, indisposição, visão turva e confusão mental e procurou atendimento no Hospital Nardini, onde foi internado.
Devido à piora do quadro, o homem foi intubado no dia 23 de novembro e faz hemodiálise desde o dia 26.
Intoxicação por metanol em licor é 50° caso de São Paulo
Trata-se do 50º caso de intoxicação por metanol no estado de São Paulo. Dez mortes foram confirmadas e cinco seguem em investigação, segundo o governo paulista.
Segundo a Prefeitura de Mauá, a Vigilância Sanitária do município fez interdição cautelar dos lotes de licor mencionados pelo paciente, impedindo a venda enquanto a investigação estiver acontecendo.
Antídoto do metanol: Anvisa libera fabricação de etanol injetável
Em meio ao surto de intoxicações por metanol em bebidas alcoólicas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a produção de doses de etanol injetável, utilizado como antídoto para casos de intoxicação por essa substância.
A decisão foi publicada no dia 11 de outubro, após análise da solicitação do laboratório Cristália, e toda a produção será doada ao Ministério da Saúde.
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