Usar celular no banheiro aumenta em até 46% o risco de desenvolver hemorroidas
Estudo aponta que uso do celular no banheiro pode aumentar em até 46% risco de desenvolver hemorroidas
Por Bruna Castelo Branco.
Um estudo publicado nesta quarta-feira (3) na revista PLOS One aponta que o uso do celular no banheiro pode aumentar em até 46% o risco de desenvolver hemorroidas. A pesquisa relaciona o tempo prolongado sentado no vaso sanitário, estimulado pela distração com o aparelho, ao surgimento da condição.
O levantamento foi conduzido por médicos do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston, e avaliou 125 pessoas prestes a realizar colonoscopia. Do total, 93% admitiram usar o celular no banheiro ao menos uma vez por semana e mais de 40% já tinham diagnóstico de hemorroidas. Entre os entrevistados, metade afirmou ler notícias durante a ida ao banheiro, 44% disseram acessar redes sociais e cerca de 30% relataram enviar mensagens ou checar e-mails. Alguns participantes declararam permanecer mais de seis minutos no vaso por conta do uso do aparelho.
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Segundo os pesquisadores, a posição sentada por longos períodos pode enfraquecer e dilatar os vasos sanguíneos da região anal, favorecendo o surgimento do problema. “A crescente incidência de hemorroidas exige diretrizes para a higiene do vaso sanitário, especialmente entre as gerações mais jovens. Talvez seja hora de designar o banheiro como uma área livre de smartphones”, escreveram os autores.
O que são hemorroidas
As hemorroidas são veias localizadas no reto e no ânus que podem inflamar ou dilatar, provocando dor, coceira, sangramento e sensação de desconforto ao evacuar ou sentar. Entre os fatores de risco estão prisão de ventre, dieta pobre em fibras, esforço excessivo, obesidade e gravidez. O problema pode se manifestar de forma interna ou externa, com intensidade variável.
Médicos recomendam não passar mais de 10 minutos no banheiro, e alguns especialistas defendem um limite ainda menor, de apenas três minutos. Embora a prática de ler no banheiro seja antiga, o estudo ressalta que os smartphones intensificaram o hábito, aumentando o risco de danos à saúde.
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