Casal baiano suspeito de chefiar facção em Salvador é preso no Ceará

Casal baiano atuava como liderança do Comando Vermelho no bairro da Liberdade, em Salvador

Por Anna Caroline Santiago.

Um casal baiano foi preso nesta terça-feira (4) durante a Operação Freedom, deflagrada pela Polícia Civil contra a facção carioca Comando Vermelho (CV), na Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Os suspeitos foram identificados como Luís Lázaro Santana Alves, conhecido como "LL", e Marielle Silva Santos.

Casal baiano suspeito de chefiar facção em Salvador é preso no Ceará.Foto: Reprodução

Segundo as investigações, eles ocupavam posições de destaque na estrutura da facção em Salvador. O homem atuava como chefe da organização no bairro da Liberdade, enquanto ela era responsável pelo setor financeiro.

A operação resultou na prisão de 37 pessoas, sendo 34 delas em Salvador. Quatro dos presos também foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Durante as ações, um dos investigados reagiu à abordagem no bairro do Uruguai, em Salvador, e foi baleado. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral Ernesto Simões Filho, mas não resistiu aos ferimentos.

Polícia Civil Ceará. Foto: Divulgação

Apreensões e impacto nas investigações

Além das prisões, a operação cumpriu 46 mandados de busca e apreensão e bloqueou 51 contas bancárias vinculadas ao grupo investigado. As autoridades apreenderam armas, além de porções de maconha, crack e cocaína.

Os alvos da Operação Freedom são suspeitos de envolvimento em homicídios e na expansão do tráfico de drogas em Salvador e outras cidades da Bahia. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que os resultados da ação deverão contribuir para a elucidação de cerca de 30 assassinatos ocorridos na capital baiana.

Mobilização das forças de segurança na Bahia

Mais de 400 policiais civis e militares participaram da Operação Freedom, que objetiva enfraquecer a estrutura criminosa, apreender bens, prender lideranças e interromper o fluxo de recursos ilícitos usados para sustentar o tráfico e os homicídios na Bahia.

A operação contou com o apoio de diversos departamentos da Polícia Civil (DHPP, DIP, DRACO, DENARC, DEIC, DEPOM, DEPIN, DPMCV, Polinter e Core), da Superintendência de Inteligência da SSP-BA, do Departamento de Polícia Técnica (DPT), do Denarc da Polícia Civil do Ceará e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-BA). A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) atuou com efetivos do Bope, BPatamo, BPChoque, Batalhão Gêmeos, Apolo, TOR, Esquadrão Águia, Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe/Polo) e das Rondesp Central, Atlântico e BTS.

Operação contra organização criminosa do Rio de Janeiro
 Megaoperação no Rio de Janeiro deixou mais de 100 mortos | Foto: Tomaz Silva | Agência Brasil

A ação na Bahia ocorre após a megaoperação realizada no último dia 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, um conjunto de 26 comunidades na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Seis baianos estão entre os 117 suspeitos mortos durante a megaoperação. A Cúpula da Segurança Pública do Rio divulgou, na última sexta-feira (31), a lista com 99 nomes já identificados. A ação, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, deixou 121 mortos ao todo, incluindo quatro policiais.

Embora a lista com 99 mortos identificados já tenha sido divulgada, alguns suspeitos ainda não foram formalmente identificados. Entre eles está Júlio Souza Silva, natural de Salvador, apontado pelas forças de segurança como integrante do Comando Vermelho (CV).

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