Dançarino de Lore Improta denuncia injúria racial em academia de Salvador

Dançarino de Lore Improta denuncia injúria racial após ser questionado sobre condições financeiras em academia na Pituba

Por Ananda Costa.

O coreógrafo e dançarino de Lore Improta, Boanerges Almeida, denunciou nas redes sociais, nesta terça-feira (4), ter sido vítima de injúria racial dentro de uma academia localizada no bairro da Pituba, em Salvador. 

Dançarino de Lore Improta,  Boanerges Almeida. Foto: Redes sociais | Instagram

Segundo o relato, a mulher perguntou se ele teria condições de usar lentes de contato e, em outro momento, afirmou que o dançarino não teria dinheiro para comprar o tipo de roupa que vestia.

“Eu falei que não estava entendendo. Ela respondeu, falando para o meu colega: ‘Você viu que ele estava todo bonito, todo elegante? Aquela roupa é cara, você não tem condições de comprar, não’. Falei com ela que estava chateado, que ela me faltou com respeito e que ela foi racista comigo”, contou.

Em nota, a Polícia Civil informou que investiga um caso de injúria racial ocorrido na manhã do dia 30 de outubro, em um estabelecimento comercial localizado na Pituba, em Salvador.

Segundo o registro de ocorrência, uma idosa de 70 anos teria proferido comentários racistas contra um homem de 33 anos, estagiário do local. Imagens das câmeras de segurança serão analisadas, e oitivas serão realizadas na unidade policial para esclarecer o caso.

O Aratu On solicitou nota à Rede Alpha, que informou não ter informações sobre o caso no momento.

A dançarina Lore Improta, que está a espera do segundo filho com o cantor Léo Santana, não comentou, até o momento, sobre o caso.

Outros casos

Foto: Redes sociais

No início de outubro, o cantor baiano Samuel Marques denunciou  por meio das redes sociais, que foi vítima de racismo em uma academia de Salvador. O caso ocorreu enquanto ele treinava em uma unidade da Smart Fit, localizada no bairro da Graça.

No vídeo, Samuel Marques, que participou do The Voice Brasil em 2019 — reality musical que estreou no SBT —, registrou o momento em que um homem afirma que ele parecia com o “urso do cabelo duro”. Sem compreender de imediato, o cantor questiona o motivo da comparação com o personagem. “Não, lembra, assim, o cabelo”, responde o homem.

Na sequência, Samuel declara que a fala se tratava de racismo, mas o homem desconversa e afirma que a acusação era “maluquice”. Em seguida, o suspeito argumenta que tem um genro negro e, por isso, não poderia ser racista. O cantor rebate: “Isso não justifica nada”.

Após deixar a academia, Samuel relatou que tentou denunciar o episódio a um funcionário, mas ouviu que situações semelhantes já haviam sido registradas anteriormente. Segundo o artista, o funcionário afirmou que outras pessoas já haviam notificado a ocorrência, mas nenhuma medida foi tomada porque não havia registros em vídeo.

“Ele me falou que é algo recorrente, outros alunos tinham notificado, mas nada tinha acontecido porque ninguém tinha filmado. Como pode tanta impunidade nessa porra desse Brasil?”, desabafou.

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