Falsa esteticista é presa em Vitória da Conquista por prática ilegal
Falsa esteticista é presa em Vitória da Conquista durante ação da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária que interditou clínica clandestina no centro da cidade
Por Ananda Costa.
Uma falsa esteticista foi presa em Vitória da Conquista durante uma operação conjunta da Polícia Civil da Bahia e da Vigilância Sanitária municipal, realizada nesta sexta-feira (7). A mulher, de 44 anos, foi indiciada por exercício ilegal da medicina e lesão corporal grave após ser flagrada realizando procedimentos estéticos sem autorização em uma clínica clandestina no centro do município.

As investigações, conduzidas pela 1ª Delegacia Territorial (DT) de Vitória da Conquista, começaram após a denúncia de uma cliente que sofreu sequelas permanentes em decorrência de um procedimento estético invasivo feito pela suspeita em fevereiro deste ano. Laudos periciais apontaram deformidade permanente, com impacto estético e psicológico.
Segundo a Polícia Civil, a mulher se apresentava falsamente como farmacêutica e esteticista, atendendo em diferentes locais e mantendo suas redes sociais em modo privado para ocultar a atividade irregular. Ela foi localizada em uma clínica odontológica no centro da cidade, onde havia alugado uma sala há três meses. O local foi interditado pela Vigilância Sanitária por irregularidades, como uso de produtos vencidos e falta de licença sanitária.
Durante o interrogatório, a investigada optou por permanecer em silêncio. A polícia confirmou que ela não possui formação superior e vai responder pelos crimes de lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina. As investigações continuam para identificar possíveis outras vítimas.
Outros casos
Falsa professora

A Justiça da Bahia condenou Cátia Regina Raulino, conhecida como a “falsa professora” de Direito, a 10 anos e 50 dias de prisão por violação de direitos autorais. Ela é acusada de plagiar obras de ex-alunos. A decisão, proferida pela 2ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador, foi divulgada em agosto e ainda cabe recurso - Cátia poderá recorrer em liberdade.
Além da pena de prisão, a ex-professora foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização para cada uma das três vítimas, cujas obras foram publicadas em um livro como se fossem de sua autoria. O processo do Tribunal de Justiça da Bahia aponta que Cátia adotou diversas estratégias para confundir a investigação e dificultar o acesso às provas, chegando a destruir evidências.
O caso começou em 2020, quando alunas do curso de Direito da Faculdade Ruy Barbosa, onde ela lecionava, denunciaram o plágio. Na época, Cátia ostentava 180 mil seguidores nas redes sociais e vendia cursos na área tributária.
Falsa garota de programa
Em maio, um grupo de mulheres está sendo investigado por extorsão, estelionato e lavagem de dinheiro durante a Operação Falsus Meretrix. As beneficiárias são suspeitas de aplicar golpes usando o perfil falso de uma garota de programa para extorquir um morador da Bahia.
Segundo a polícia, a vítima conheceu uma suposta garota de programa por meio de um site adulto, em novembro de 2024. Após cancelar o encontro, passou a ser ameaçada por mensagens via WhatsApp. Os criminosos exigiam transferências bancárias via PIX, sob ameaça de represálias. Em vídeos enviados à vítima, homens armados faziam intimidações contra ela e sua família.
Falsa médica

A falsa médica suspeita de sequestrar uma recém-nascida, horas após o nascimento, em Minas Gerais, foi encontrada na em Goiás. A criança raptada com apenas cinco horas de vida, já está com a família. O caso aconteceu em julho.
Identificada como Claudia Soares Alves, ela entrou no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), usando roupa de profissional de saúde, luvas e com o rosto coberto por máscara, e até um crachá da UFU.
A falsa pediatra acessou a unidade hospitalar com um crachá de funcionário e teria colocado a vítima em uma mochila amarela, escondida em um banheiro. O bebê tem uma síndrome cardíaca rara e pode ter complicações. Ainda não há informações sobre o estado de saúde da vítima.
Além disso, a suspeita ainda voltou à sala e afirmou ao pai que outra funcionária retornaria com a criança. Sem a volta da bebê, Edson procurou profissionais do hospital, mas ninguém tinha informações sobre a mulher.
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