Integrante do 'Baralho Lilás' é preso por estupro de vulnerável em Juazeiro

Um homem de 30 anos, integrante do Baralho Lilás da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP), que expõe foragidos por crimes contra mulher na Bahia, foi preso nesta segunda-feira (15), em Juazeiro, investigado por estupro de vulnerável em Juazeiro e pelo crime de ameaça.

A ação foi realizada por equipes da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/Juazeiro), com apoio dos Núcleos de Inteligência da unidade, da 17ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Juazeiro) e da Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin) Norte. O suspeito foi localizado no bairro Nossa Senhora das Grotas.

Segundo a Polícia Civil, o investigado ocupava a carta DAMA (Q) do Baralho Lilás, ferramenta da SSP utilizada para divulgar pessoas procuradas por crimes relacionados à violência contra a mulher. Após a prisão, ele foi encaminhado à delegacia para as medidas legais cabíveis e permanece custodiado, à disposição do Poder Judiciário.

Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181.

Veja quem são os 16 foragidos do 'Baralho Lilás' da SSP

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) lançou  o Baralho Lilás da SSP, plataforma que apresenta 16 procurados por crimes como estupro, estupro de vulnerável, feminicídio, tentativas de feminicídio, abuso de menor e violência doméstica.

Organizado em quatro naipes, o baralho lista os grupos de crimes e as áreas de atuação dos investigados.

 No naipe de paus, temos os seguintes criminosos: Aldeir Santos Carvalho, o ás do naipe, procurado por estupro de vulnerável com área de atuação em Salvador; a rainha, Tomaz Bispo dos Santos Júnior, buscado por estupro, em Lauro de Freitas; o rei, Franklin Castro e Souza, acusado de tentar o mesmo crime na cidade de Feira de Santana; e o valete, José Guiomar Vieira da Silva, procurado por agressão e ameaça, em Jequié.

Já o naipe de copas é integrado pelo ás, Jacone Saldanha da Silva de Souza, por tentativa de feminicídio com atuação em Vitória da Conquista; o rei Isanildo Rebolças da Luz; condenado por estupro com atuação em Itagi; a rainha Danilo Medeiros dos Santos; procurado em Juazeiro por ameaça e práticas de atos libidinosos com menor de idade, e o valete Eduardo Oliveira Pereira Santos; acusado de agressão doméstica, na capital baiana.

Os procurados de ouro são Jakcson Maurício Andrade, o ás, procurado por estupro, em Salvador; o rei Paulo Ribeiro dos Santos, por tentativa de estupro e agressão, também na capital; a rainha Daniel de Jesus Ribeiro com atuação em Candeal; e o valete Valmar Santos Oliveira, agressor procurado por lesão corporal, em Jequié. 

O último quarteto de criminosos compõe o naipe de espadas, são eles: Jhon Lennon Pereira Reis, o às, procurado por estupro de vulnerável e ameaça, com atuação em Eunápolis; o rei Jeremeelitas de Jesus Oliveira, com atuação em Camaçari; a rainha Otacildo Varjão de Jesus buscado por lesão corporal; e o valete Arivaldo Pires Menezes, procurado por violência doméstica na capital baiana.

Como funciona o 'Baralho do Crime'

O que era para ser apenas um jogo de cartas, seja para truco, canastra ou buraco, há 15 anos, ganhou mais uma função além de embaralhar, repartir e jogar. Em 2008, o baralho - conjunto de cartas para jogos variados - passou a ser um símbolo de identificação dos criminosos de alta periculosidade na Bahia. 
 A invenção que saiu da China e cruzou o mundo é jogada e usada de formas diferentes.

Uma das maneiras mais particulares foi criada pela Secretaria de Segurança da Bahia (SSP-BA). A pasta usa o baralho como atalho para denunciar e localizar criminosos pelo estado ou país.

Separado em 52 cartas, quatro naipes e 13 valores diferentes, as cartas com as figuras de valetes, damas e reis servem como um “álbum de figurinhas” para fotos dos pessoas procuradas pela SSP-BA. Já os perfis que assumem as cartas de ás são os foragidos considerados como alvos de alto valor para a polícia e para o crime.

LEIA MAIS: Veja quem são os foragidos mais procurados da Bahia