Rui Costa marca reunião de emergência com governador do Rio após megaoperação

Após a megaoperação policial feita no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28), que culminou na morte de 64 pessoas, entre elas, quatro policiais, além de 15 policiais civis e militares feridos, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, marcou uma reunião de emergência com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

O encontro acontecerá nesta quarta, na capital fluminense e terá ainda a participação do ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski. Em nota, a Casa Civil informou que “não houve qualquer consulta ou pedido de apoio, por parte do governo estadual do Rio de Janeiro, para realização da operação”. 

Na tarde desta terça, houve um encontro coordenado pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, com a participação dos ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann, Jorge Messias, Macaé Evaristo, Sidônio Palmeira e do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos. 

Durante a ação, Júlio Souza Silva, de 26 anos, traficante baiano apontado como líder de uma facção ligada ao CV, foi morto a tiros. Uma segunda vítima da Bahia também estaria entre os mortos, mas sua identidade ainda não foi confirmada.

Vale pontuar ainda que o governo federal aceitou o pedido do governado estadual para transferir 10 presos considerados de maior periculosidade para presídios federais. Segundo Cláudio Castro, os detentos foram responsáveis por ordenar as represálias que ocorreram na cidade ao longo da tarde, com criminosos utilizando ônibus e caminhões como barricadas para bloquear diversas vias.

 A ação foi um dos destaques do programa "Fala Dani", da TV Aratu, nesta terça-feira.

Megaoperação policial no Rio de Janeiro

Batizada de “Operação Contenção”, a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro aconteceu durante todo o dia de hoje. erca de 2.500 agentes das forças de segurança do Rio cumpriram 100 mandados de prisão.

Na chegada das equipes, ainda no fim da madrugada, traficantes reagiram a tiros e ergueram barricadas em chamas. O episódio foi registrado em diversos pontos do Rio de Janeiro, com ruas tomadas por fumaça e intensos tiroteios.

Com a ação, O transporte público da cidade foi afetado: a Rio Ônibus informou que mais de 100 linhas tiveram itinerários alterados, enquanto a Mobi-Rio suspendeu os serviços dos corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, além das linhas de conexão. A estação de metrô Central do Brasil, uma das principais do estado, ficou lotada de passageiros impossibilitados de se deslocar, gerando cenas de preocupação e confusão.