A Pol&iacute;cia Federal deflagrou, na manh&atilde; desta quarta-feira (3), uma opera&ccedil;&atilde;o para investigar a poss&iacute;vel dissemina&ccedil;&atilde;o de v&iacute;rus que amea&ccedil;a ararinhas-azuis em atividades do programa de reintrodu&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie, realizada no munic&iacute;pio de Cura&ccedil;&aacute;, no norte da Bahia.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a8586aac-f862-4ef3-a247-c611c7c00619.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="V&iacute;rus que amea&ccedil;a ararinhas-azuis na Bahia. Foto: PF | Camile Lugarini">
Segundo a corpora&ccedil;&atilde;o, a investiga&ccedil;&atilde;o identificou ind&iacute;cios de que empresas e pessoas f&iacute;sicas ligadas ao projeto teriam descumprido protocolos sanit&aacute;rios obrigat&oacute;rios. A suspeita &eacute; de que essas falhas tenham permitido a entrada e <a href="https://aratuon.com.br/animais/ararinhas-azuis-recapturadas-na-bahia-testam-positivo-para-virus-letal">a propaga&ccedil;&atilde;o do </a><a href="https://aratuon.com.br/animais/ararinhas-azuis-recapturadas-na-bahia-testam-positivo-para-virus-letal">circov&iacute;rus</a><a href="https://aratuon.com.br/animais/ararinhas-azuis-recapturadas-na-bahia-testam-positivo-para-virus-letal"> avi&aacute;rio (PBFD), doen&ccedil;a altamente contagiosa, sem tratamento e com potencial para comprometer a sobreviv&ecirc;ncia</a> da ararinha-azul e de outras aves da Caatinga.
A PF tamb&eacute;m aponta resist&ecirc;ncia ao cumprimento de medidas emergenciais determinadas pelo ICMBio, como isolamento sanit&aacute;rio, testagens seriadas e recolhimento de aves de vida livre.
Cerca de 30 policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreens&atilde;o em endere&ccedil;os localizados em Cura&ccedil;&aacute; (BA) e Bras&iacute;lia (DF). As ordens foram expedidas pela Vara Federal da Subse&ccedil;&atilde;o Judici&aacute;ria de Juazeiro (BA) e incluem a apreens&atilde;o de aves e dispositivos eletr&ocirc;nicos.
Os investigados poder&atilde;o responder pelos crimes de dissemina&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;a que causa dano &agrave; fauna, morte de animais silvestres e obstru&ccedil;&atilde;o de fiscaliza&ccedil;&atilde;o ambiental. Somadas, as penas podem chegar a oito anos de reclus&atilde;o, al&eacute;m de san&ccedil;&otilde;es administrativas.
A Pol&iacute;cia Federal afirma que a opera&ccedil;&atilde;o refor&ccedil;a o compromisso com a prote&ccedil;&atilde;o da biodiversidade e o cumprimento da legisla&ccedil;&atilde;o ambiental e internacional de conserva&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="pf0">Ararinhas-azuis na Bahia</h2>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1f9e1c98-3286-4ab0-a5a0-674579c35e7b.jpg?width=544&amp;height=314" alt="Foto: arquivo/Governo Federal">
Em 2020, o&nbsp;primeiro grupo de oito ararinhas azuis&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/entretenimento/extintas-ha-mais-de-20-anos-ararinhas-estao-de-volta-a-natureza-na-bahia">foram reintroduzidas a natureza depois de 22 anos de extin&ccedil;&atilde;o.</a>&nbsp;A&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/animais/e-hoje-ararinhas-azuis-sao-soltas-em-habitat-natural-na-bahia-20-anos-depois-de-extincao">soltura foi realizada na caatinga Brasileira</a>.&nbsp;
O fato hist&oacute;rico j&aacute; vinha sendo colocado em pr&aacute;tica desde os anos 2020 e, dois anos depois, os primeiros esp&eacute;cimes j&aacute; poder&atilde;o voltar a integrar seu habitat natural. A iniciativa das ararinhas azuis &eacute; um projeto do Instituto Chico Mendes de preserva&ccedil;&atilde;o a Bio diversidade (ICMBio) e de outros &oacute;rg&atilde;o p&uacute;blicos e privados.&nbsp;
&nbsp;No dia 20 de novembro de 2023, uma nova esperan&ccedil;a surgiu para a esp&eacute;cie Cyanopsitta spixii, a ararinha-azul, que est&aacute; amea&ccedil;ada de extin&ccedil;&atilde;o.&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/interior/filhotes-de-ararinhas-azuis-nascem-no-sertao-baiano-e-dao-esperanca-para-especie-ameacada-de-extincao">Foi anunciado que dois filhotes da ave nasceram h&aacute; 10 dias no munic&iacute;pio de Cura&ccedil;&aacute;, no norte da Bahia.</a>
O an&uacute;ncio s&oacute; foi feito dias depois, pois, por ter uma taxa de sobreviv&ecirc;ncia muito baixa nos primeiros dias, os pesquisadores preferiram preservar a vida dos novos filhotes.
Essa &eacute; a primeira vez em 37 anos que nascem filhotes da esp&eacute;cie no sert&atilde;o baiano, habitat natural desses animais. Com uma fam&iacute;lia formada por um macho chamado "Biz&eacute;" e uma f&ecirc;mea que foi liberada em dezembro do ano passado, os filhotes constituem a primeira fam&iacute;lia em vida livre da esp&eacute;cie no local. Eles foram procriados em ninhos artificiais no alto de uma &aacute;rvore de caraibeira e seguem sendo monitorados pelos pesquisadores da esp&eacute;cie.
LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/geral/tres-de-20-ararinhas-azuis-soltas-na-bahia-foram-mortas-por-predadores-especie-ficou-extinta-por-duas-decadas">Tr&ecirc;s de 20 ararinhas-azuis soltas na Bahia foram mortas por predadores; esp&eacute;cie ficou extinta por duas d&eacute;cadas</a>

As ararinhas-azuis recapturadas na Bahia no in&iacute;cio de novembro testaram positivo para um v&iacute;rus letal associado ao circov&iacute;rus dos psitac&iacute;deos, segundo resultados divulgados pelo Instituto Chico Mendes de Conserva&ccedil;&atilde;o da Biodiversidade (ICMBio), &oacute;rg&atilde;o vinculado ao Minist&eacute;rio do Meio Ambiente. As aves foram recolhidas ap&oacute;s suspeitas de infec&ccedil;&atilde;o observadas em campo.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e3586f5f-47b1-4093-a7a3-97440a493dfa.jpg?width=544&amp;height=314" alt=" Ararinhas-azuis. Foto: Camile Lugarini">
O circov&iacute;rus, origin&aacute;rio da Austr&aacute;lia, &eacute; o agente respons&aacute;vel pela doen&ccedil;a do bico e das penas, que afeta psitac&iacute;deos como araras, papagaios e periquitos. A enfermidade n&atilde;o tem cura e costuma ser fatal, provocando altera&ccedil;&otilde;es na colora&ccedil;&atilde;o das penas, falhas no empenamento e deformidades no bico. O ICMBio refor&ccedil;a que o v&iacute;rus n&atilde;o representa risco para humanos nem para aves de produ&ccedil;&atilde;o.
As ararinhas haviam sido repatriadas da Europa e integravam o Programa de Reintrodu&ccedil;&atilde;o da Ararinha-Azul, em Cura&ccedil;&aacute; (BA). Elas foram mantidas em um criadouro conservacionista e soltas na natureza em 2022.
O instituto informou que segue investigando a origem da infec&ccedil;&atilde;o. A pr&oacute;xima etapa prev&ecirc; a separa&ccedil;&atilde;o segura entre aves positivas e negativas, com o objetivo de refor&ccedil;ar protocolos de biosseguran&ccedil;a no manejo da esp&eacute;cie, considerada criticamente amea&ccedil;ada de extin&ccedil;&atilde;o.

<h2 style="text-align: justify;">Ararinhas-azuis na Bahia</h2>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1f9e1c98-3286-4ab0-a5a0-674579c35e7b.jpg?width=544&amp;height=314" alt="Foto: arquivo/Governo Federal">
Em 2020, o&nbsp;primeiro grupo de oito ararinhas azuis <a href="https://aratuon.com.br/entretenimento/extintas-ha-mais-de-20-anos-ararinhas-estao-de-volta-a-natureza-na-bahia">foram reintroduzidas a natureza depois de 22 anos de extin&ccedil;&atilde;o.</a> A <a href="https://aratuon.com.br/animais/e-hoje-ararinhas-azuis-sao-soltas-em-habitat-natural-na-bahia-20-anos-depois-de-extincao">soltura foi realizada na caatinga Brasileira</a>.&nbsp;
O fato hist&oacute;rico j&aacute; vinha sendo colocado em pr&aacute;tica desde os anos 2020 e, dois anos depois, os primeiros esp&eacute;cimes j&aacute; poder&atilde;o voltar a integrar seu habitat natural. A iniciativa das ararinhas azuis &eacute; um projeto do Instituto Chico Mendes de preserva&ccedil;&atilde;o a Bio diversidade (ICMBio) e de outros &oacute;rg&atilde;o p&uacute;blicos e privados.&nbsp;
&nbsp;No dia 20 de novembro de 2023, uma nova esperan&ccedil;a surgiu para a esp&eacute;cie Cyanopsitta spixii, a ararinha-azul, que est&aacute; amea&ccedil;ada de extin&ccedil;&atilde;o. <a href="https://aratuon.com.br/interior/filhotes-de-ararinhas-azuis-nascem-no-sertao-baiano-e-dao-esperanca-para-especie-ameacada-de-extincao">Foi anunciado que dois filhotes da ave nasceram h&aacute; 10 dias no munic&iacute;pio de Cura&ccedil;&aacute;, no norte da Bahia. </a>
O an&uacute;ncio s&oacute; foi feito dias depois, pois, por ter uma taxa de sobreviv&ecirc;ncia muito baixa nos primeiros dias, os pesquisadores preferiram preservar a vida dos novos filhotes.
Essa &eacute; a primeira vez em 37 anos que nascem filhotes da esp&eacute;cie no sert&atilde;o baiano, habitat natural desses animais. Com uma fam&iacute;lia formada por um macho chamado "Biz&eacute;" e uma f&ecirc;mea que foi liberada em dezembro do ano passado, os filhotes constituem a primeira fam&iacute;lia em vida livre da esp&eacute;cie no local. Eles foram procriados em ninhos artificiais no alto de uma &aacute;rvore de caraibeira e seguem sendo monitorados pelos pesquisadores da esp&eacute;cie.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/tres-de-20-ararinhas-azuis-soltas-na-bahia-foram-mortas-por-predadores-especie-ficou-extinta-por-duas-decadas">Tr&ecirc;s de 20 ararinhas-azuis soltas na Bahia foram mortas por predadores; esp&eacute;cie ficou extinta por duas d&eacute;cadas</a>

No dia 20 de novembro, uma nova esperança surgiu para a espécie Cyanopsitta spixii, a ararinha-azul, que está ameaçada de extinção. Foi anunciado nesta segunda-feira (30/10) que dois filhotes da ave nasceram há 10 dias no município de Curaçá, no norte da Bahia. O anúncio só foi feito dias depois, pois, por ter uma taxa de sobrevivência muito baixa nos primeiros dias, os pesquisadores preferiram preservar a vida dos novos filhotes.

Essa é a primeira vez em 37 anos que nascem filhotes da espécie no sertão baiano, habitat natural desses animais. Com uma família formada por um macho chamado "Bizé" e uma fêmea que foi liberada em dezembro do ano passado, os filhotes constituem a primeira família em vida livre da espécie no local. Eles foram procriados em ninhos artificiais no alto de uma árvore de caraibeira e seguem sendo monitorados pelos pesquisadores da espécie.

REINTRODUÇÃO

Após serem consideradas extintas por 20 anos, as ararinhas-azuis resgatadas de cativeiros no Brasil passaram por um trabalho de reintrodução ao seu habitat natural por uma ONG alemã, Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP), e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). No total, 52 aves passaram por esse processo que durou cerca de três anos. Após serem levadas para um viverio na cidade do norte da Bahia, 20  ararinhas, conhecidas pelo filme de animação "Rio", foram soltas na natureza para começar a construir suas famílias em vida livre.

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Um primeiro grupo de oito ararinhas azuis ser&atilde;o reintroduzidas a natureza depois de 22 anos de extin&ccedil;&atilde;o. A soltura ser&aacute; realizada no s&aacute;bado (11/6), na&nbsp;caatinga Brasileira.&nbsp;

O fato&nbsp;hist&oacute;rico j&aacute; vinha sendo colocado em pr&aacute;tica desde os anos 2020 e, dois anos depois, os primeiros esp&eacute;cimes j&aacute; poder&atilde;o voltar a integrar seu habitat natural. A iniciativa das ararinhas azuis &eacute; um projeto do Instituto Chico Mendes de preserva&ccedil;&atilde;o a Bio diversidade (ICMBio) e de outros &oacute;rg&atilde;o p&uacute;blicos e privados.&nbsp;

O projeto foi iniciado em 2020, com a vinda de 52 animais da Alemanha para a regi&atilde;o de Cura&ccedil;&aacute;, a 600 km de Salvador. Os indiv&iacute;duos ficaram alojados no&nbsp;Ref&uacute;gio de Vida Silvestre da Ararinha Azul e na &Aacute;rea de Prote&ccedil;&atilde;o Ambiental da Ararinha-Azul. De 2020 para c&aacute;, as aves passaram por&nbsp;processos de adapta&ccedil;&atilde;o.

Em 2022, um primeiro grupo de oito aves, nascidas j&aacute; na caatinga, ser&atilde;o libertas e monitoradas 24 horas pelos Bi&oacute;logos. &Eacute; a primeira vez que a caatinga receber&aacute; essas aves novamente ap&oacute;s 22 anos de completa extin&ccedil;&atilde;o. Entre outros fatores, o evento tamb&eacute;m &eacute; simb&oacute;lico devido ou nascimento das aves em Cura&ccedil;&aacute;, na caatinga.&nbsp;

A extin&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie foi progressiva com o aumento do contrabando, ou seja, da pris&atilde;o ilegal&nbsp;das aves, juntamente com o aumento do desmatamento e a degrada&ccedil;&atilde;o do habitat natural.

Os animais ganharam grande evid&ecirc;ncia ap&oacute;s a produ&ccedil;&atilde;o do filme RIO (20211). No filme, duas Ararinhas precisam enfrentar os desafios de sobreviver a um Rio de Janeiro tomado pelo trafico da esp&eacute;cie. A produ&ccedil;&atilde;o&nbsp;ajudou a difundir a necessidade de preserva&ccedil;&atilde;o e discuss&atilde;o do tema. 
 
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