A&nbsp;Procuradoria Geral da Rep&uacute;blica&nbsp;(PGR) decidiu nesta sexta-feira (29) que agentes da&nbsp;Pol&iacute;cia Federal (PF)&nbsp;n&atilde;o fa&ccedil;am o monitoramento dentro da resid&ecirc;ncia do ex-presidente&nbsp;Jair Bolsonaro&nbsp;(PL). Ele est&aacute; em&nbsp;pris&atilde;o domiciliar desde 4 de agosto.
Segundo o procurador-geral da Rep&uacute;blica,&nbsp;Paulo Gonet, a ar&eacute;a externa da casa deve ser cercada de c&acirc;meras de vigil&acirc;ncia. Enquanto, a&nbsp;Pol&iacute;cia Federal&nbsp;deve permanecer na entrada do condom&iacute;nio onde&nbsp;mora o ex-presidente em Bras&iacute;lia. Gonet observa que "n&atilde;o h&aacute; situa&ccedil;&atilde;o cr&iacute;tica" dentro da resid&ecirc;ncia e que &eacute; que preciso observar a "privacidade" do local.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/4e61cc59-e7f9-4360-86c9-478ffe6ea0a4.jpg?width=512&amp;height=352" alt="Jair Bolsonaro Divulga&ccedil;&atilde;o Fellipe Sampaio Stf">
"O monitoramento visual n&atilde;o presencial, em tempo real e sem grava&ccedil;&atilde;o, dessa &aacute;rea externa &agrave; casa contida no terreno cercado, tamb&eacute;m se apresenta como alternativa de cautela", diz o documento.
Ele tamb&eacute;m afirma que n&atilde;o h&aacute; necessidade de aplicar &ldquo;solu&ccedil;&otilde;es mais gravosas&rdquo; que a pris&atilde;o domiciliar neste momento.
<h2>Pedido da PF</h2>
O&nbsp;diretor-geral da Pol&iacute;cia Federal (PF), Andrei Rodrigues, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF)&nbsp;que uma equipe policial permane&ccedil;a 24 horas por dia dentro da casa de Jair Bolsonaro para garantir o cumprimento da pris&atilde;o domiciliar.
Segundo o diretor, apenas a vigil&acirc;ncia externa n&atilde;o &eacute; suficiente para impedir uma eventual tentativa de fuga.

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (25) mostra que 55% dos brasileiros consideram justa a pris&atilde;o domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 39% avaliam que a medida &eacute; injusta e 6% n&atilde;o souberam responder.
Entre as regi&otilde;es do pa&iacute;s, a avalia&ccedil;&atilde;o mais favor&aacute;vel &agrave; decis&atilde;o judicial &eacute; no Nordeste, onde 65% a consideram justa e 30% injusta. No Norte e Centro-Oeste, 48% avaliam como justa e 43% como injusta. No Sudeste, a divis&atilde;o fica em 54% contra 40%. J&aacute; no Sul, o resultado &eacute; o mais equilibrado: 47% dizem que a pris&atilde;o &eacute; justa, enquanto 49% afirmam que &eacute; injusta.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/da2f659f-48a1-4c98-bd7a-dd84828cd05d.jpg?width=936&amp;height=560" alt="Jair Bolsonaro">
<h2>Opini&atilde;o por idade, renda, escolaridade e religi&atilde;o: outros dados da pesquisa</h2>
Os recortes por sexo e idade tamb&eacute;m apontam diferen&ccedil;as. Entre as mulheres, 58% consideram a pris&atilde;o justa e 36% injusta. Entre os homens, 53% afirmam que a medida foi correta e 42% discordam.
O&nbsp;grupo mais jovem, de 16 a 34 anos, &eacute; o que mais apoia a decis&atilde;o, com 59% de aprova&ccedil;&atilde;o, contra 35% que a veem como injusta. Entre 35 e 59 anos, o resultado foi de 52% justa e 43% injusta. J&aacute; entre os entrevistados com 60 anos ou mais, 54% avaliam como justa e 39% como injusta.
A escolaridade influencia na percep&ccedil;&atilde;o. Quem cursou at&eacute; o ensino fundamental apresenta 56% de concord&acirc;ncia com a pris&atilde;o e 36% de discord&acirc;ncia. Entre quem concluiu o ensino m&eacute;dio, 54% consideram justa e 40% injusta. J&aacute; entre os que t&ecirc;m ensino superior, a divis&atilde;o fica em 54% contra 42%.
O recorte por&nbsp;renda familiar&nbsp;mostra tend&ecirc;ncia semelhante. Entre quem vive com at&eacute; dois sal&aacute;rios m&iacute;nimos, 62% acreditam que a pris&atilde;o &eacute; justa e 30% que &eacute; injusta. No grupo com renda entre dois e cinco sal&aacute;rios, 54% avaliam como justa e 41% como injusta. J&aacute; entre os que recebem mais de cinco sal&aacute;rios, 47% veem como justa e 49% como injusta.
No recorte religioso, 62% dos cat&oacute;licos consideram a pris&atilde;o justa, contra 32% que a rejeitam. Entre os evang&eacute;licos, os n&uacute;meros se invertem: 38% a favor e 57% contra. J&aacute; entre os que n&atilde;o t&ecirc;m religi&atilde;o, 59% concordam com a medida e 36% discordam.
O voto no segundo turno de 2022 tamb&eacute;m &eacute; determinante na percep&ccedil;&atilde;o sobre a pris&atilde;o domiciliar. Entre os eleitores do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT), 84% consideram a medida justa e apenas 12% injusta. J&aacute; entre os que votaram em Bolsonaro (PL), 83% dizem que &eacute; injusta e 15% a classificam como justa.
A pesquisa tamb&eacute;m questionou a percep&ccedil;&atilde;o sobre a participa&ccedil;&atilde;o de Bolsonaro em uma chamada de v&iacute;deo com cr&iacute;ticas ao ministro Alexandre de Moraes. Para 57% dos entrevistados, a atitude foi uma provoca&ccedil;&atilde;o ao ministro e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Outros 30% disseram que o ex-presidente n&atilde;o compreendeu bem as regras impostas por Moraes, e 13% n&atilde;o souberam responder.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro tem at&eacute; &agrave;s 20h34 desta sexta-feira (22) para explicar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o documento encontrado pela Pol&iacute;cia Federal em seu celular que menciona a possibilidade de<a href="https://aratuon.com.br/politica/bolsonaro-preparava-pedido-de-asilo-politico-na-argentina-diz-pf"> pedir asilo pol&iacute;tico ao presidente da Argentina, Javier Milei</a>.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/074e2c99-2271-4455-adec-5791da0a9aab.jpg?width=600&amp;height=400" alt="Jair Bolsonaro | Foto: Valter Campanato/Ag&ecirc;ncia Brasil">
<a href="https://aratuon.com.br/politica/bolsonaro-deixa-prisao-domiciliar-para-exames-medicos-apos-crise-de-solucos">+ Bolsonaro deixa pris&atilde;o domiciliar para exames m&eacute;dicos ap&oacute;s crise de solu&ccedil;os</a>
O prazo de 48 horas foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, a partir da intima&ccedil;&atilde;o dos advogados de Bolsonaro. Moraes citou risco de fuga do pa&iacute;s e descumprimentos de medidas cautelares que pro&iacute;bem o ex-presidente de usar redes sociais, inclusive por meio de terceiros.
Segundo relat&oacute;rio da Pol&iacute;cia Federal, al&eacute;m de Bolsonaro, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tamb&eacute;m foi indiciado no caso conhecido como &ldquo;tarifa&ccedil;o contra o Brasil&rdquo;. O documento de 33 p&aacute;ginas sobre o eventual asilo, sem assinatura e sem data, estava arquivado no celular do ex-presidente desde 2024.
O relat&oacute;rio tamb&eacute;m aponta mensagens trocadas entre Bolsonaro e aliados para orientar postagens nas redes sociais e cita o contato do general Braga Netto, mesmo ap&oacute;s ter sido proibido de falar com o ex-presidente.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1a4cc591-4617-4042-8d56-8713bb6a8d33.jpg?width=600&amp;height=450" alt="Foto: Ag&ecirc;ncia Brasil">
<a href="https://aratuon.com.br/politica/nao-vou-parar-ate-bolsonaro-ser-livre-diz-conselheiro-de-trump">+ &ldquo;N&atilde;o vou parar at&eacute; Bolsonaro ser livre&rdquo;, diz conselheiro de Trump</a>
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/justica/bolsonaro-usou-deputado-baiano-para-burlar-medidas-cautelas-aponta-pf">Bolsonaro usou deputado baiano para burlar medidas cautelares, aponta PF</a>

Nos bastidores da pol&iacute;tica brasileira, onde as tramas s&atilde;o muitas vezes mais complexas que um enredo de novela, Silas Malafaia n&atilde;o &eacute; um personagem secund&aacute;rio. Emerge como uma figura que, com um fervor quase messi&acirc;nico, assume o papel de conselheiro-mor do ex-presidente Jair Bolsonaro e, por extens&atilde;o, do bolsonarismo. &Eacute; mais como um Rasputin tropical: inflamado, barulhento, convicto de sua pr&oacute;pria infalibilidade.
(Grigori Rasputin, um m&iacute;stico siberiano, emergiu da obscuridade para se tornar uma figura de poder e fasc&iacute;nio na corte russa. Com uma barba farta e um olhar hipn&oacute;tico, ele se autodenominava curandeiro e profeta, conquistando a confian&ccedil;a da imperatriz Alexandra por sua suposta capacidade de aliviar a hemofilia de seu filho, o herdeiro Alexei. Enquanto o Imp&eacute;rio Russo se esfacelava em meio &agrave; agita&ccedil;&atilde;o da Primeira Guerra Mundial, Rasputin, um simples campon&ecirc;s, era quem sussurrava aos ouvidos da fam&iacute;lia Romanov, exercendo uma influ&ecirc;ncia que, ironicamente, contribuiu para o colapso da monarquia que ele jurava proteger. Sua vida, uma mistura de devo&ccedil;&atilde;o e deboche, terminou de forma t&atilde;o dram&aacute;tica quanto sua ascens&atilde;o, mas sua lenda, de "monge louco" a figura de poder, vive at&eacute; hoje.)
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ee56ed3b-18d0-4839-9a49-6b2a8d281bb0.jpg?width=1024&amp;height=1536" alt="Malafaia Rasputin Bolsonaro Prompt Matheus Carvalho">
Se outros conselheiros falam ao p&eacute; do ouvido, Malafaia prefere gritar no megafone, transformar aconselhamento em espet&aacute;culo, e colocar lenha na fogueira mesmo quando o inc&ecirc;ndio j&aacute; amea&ccedil;a consumir o circo. Munido de conselhos t&atilde;o diretos que fariam at&eacute; o Mago Merlin ponderar sobre suas pr&oacute;prias previs&otilde;es, sua miss&atilde;o, aparentemente, &eacute; guiar seu pupilo atrav&eacute;s das tormentas pol&iacute;ticas, mesmo que para isso precise conjurar algumas tempestades adicionais.
As revela&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Federal n&atilde;o o pintam como um amigo discreto, mas como um gr&atilde;o-vizir do bolsonarismo. &Eacute; ele quem dita tons, distribui pux&otilde;es de orelha, e assume o papel de diretor de uma pe&ccedil;a onde at&eacute; os filhos do ex-presidente s&atilde;o atores corrigidos no palco. Eduardo, por exemplo, foi alvo de uma verborragia t&atilde;o radioativa que nem Hollywood escreveria melhor. Os adjetivos de "idiota" e "est&uacute;pido" s&atilde;o alguns adornos direcionados aos discursos "nacionalistas" que, na vis&atilde;o de Malafaia, estavam "ferrando" o ex-presidente.&nbsp;
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O pastor chegou a amea&ccedil;ar publicamente &ldquo;arrebentar" Eduardo se este continuasse com suas "asneiras". Vem &agrave; tona um controle de roteiro que nem o mais audacioso dos diretores de teatro ousaria impor. Em contraste, a entrevista de Fl&aacute;vio Bolsonaro foi elogiada como certinho, evidenciando o que seria o padr&atilde;o ouro para a performance esperada de um filho do cl&atilde;.
Malafaia tamb&eacute;m enxergou no tabuleiro internacional uma oportunidade de alquimia pol&iacute;tica. A disputa comercial com Donald Trump virou, em sua leitura, uma faca e um queijo para Bolsonaro negociar anistia. O que era economia global, ele transformava em ret&oacute;rica messi&acirc;nica sobre liberdade e justi&ccedil;a. Era o tipo de manobra que mistura geopol&iacute;tica com liturgia, como se san&ccedil;&otilde;es e tarifas pudessem virar serm&atilde;o de domingo.
<h3>Religioso de "fogo no parquinho"</h3>
O estilo de aconselhamento do pastor nunca foi de apagar inc&ecirc;ndios. Ele prefere acender f&oacute;sforos. Longe de querer apaziguar cora&ccedil;&otilde;es e mentes, o religioso parece sempre estar com detonador e pavio prontos para colocar fogo no parquinho. Ele instigava Bolsonaro a &ldquo;meter a carta", a n&atilde;o ter "medo de Alexandre Moraes" e a "detonar" as a&ccedil;&otilde;es do Judici&aacute;rio. Para Malafaia, a solu&ccedil;&atilde;o para os dilemas pol&iacute;ticos de Bolsonaro passava por v&iacute;deos gravados para sua bolha, denunciando "centenas de censuras secretas ilegais" e a "vergonha" da dela&ccedil;&atilde;o de Mauro Cid. Aposta sempre na escalada, como quem acredita que o caos &eacute; n&atilde;o s&oacute; o m&eacute;todo, mas o milagre.&nbsp;
O pastor, com a confian&ccedil;a de quem se julga infal&iacute;vel, garantia: "n&atilde;o errei uma contigo e n&atilde;o t&ocirc; errando de novo". Uma convic&ccedil;&atilde;o que o pinta como o Rasputin da pol&iacute;tica brasileira, cuja influ&ecirc;ncia, ainda que controversa e por vezes ca&oacute;tica, &eacute; inabal&aacute;vel para seus seguidores, transformando cada conselho em um ingrediente potente na receita do confronto.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/34807a90-4ac5-4001-8e48-acf7a1bb0ecc.jpg?width=1536&amp;height=1024" alt="Malafaia Marionetes Bolsonaros Prompt Matheus C Arvalho">
Mas at&eacute; Rasputin encontra seus limites. Malafaia foi alvo de busca e apreens&atilde;o, teve passaporte retido e ficou proibido de falar com Bolsonaro. Seus aliados acusam o Supremo de persegui&ccedil;&atilde;o, de afrontar a liberdade religiosa e comprar briga com todo um setor evang&eacute;lico. Eis o paradoxo: ao moldar o bolsonarismo com p&oacute;lvora e pavio, o pastor atraiu a mesma tempestade que ajudou a conjurar. Ao incitar a ciz&acirc;nia, o arquiteto do caos acaba por atra&iacute;-la para si, demonstrando que mesmo os mais intr&eacute;pidos conselheiros podem, por vezes, provar de seu pr&oacute;prio veneno.
E, mesmo assim, n&atilde;o recuou. Continuou sugerindo frases, notas e narrativas, como quem acredita ser n&atilde;o apenas conselheiro, mas profeta. Talvez seja isso que mais fascina e incomoda em sua figura: Malafaia n&atilde;o apenas aconselha diante da tormenta &mdash; ele acredita ser o condutor da pr&oacute;pria ventania. Em meio a crises de solu&ccedil;o e &agrave; espera de um milagre para gravar, ele se mant&eacute;m como o inabal&aacute;vel guru das intemp&eacute;ries, aquele que n&atilde;o s&oacute; aconselha sobre as tempestades, mas que talvez as invoque com a certeza de que Deus est&aacute; "contigo, compadre".&nbsp;
No fim, sua trajet&oacute;ria revela algo maior sobre a pol&iacute;tica brasileira. O poder, por aqui, raramente se sustenta na raz&atilde;o serena; prefere a liturgia do choque, o teatro da convic&ccedil;&atilde;o. E nesse palco de f&uacute;ria e f&eacute;, Silas Malafaia permanece como um personagem emblem&aacute;tico: um Rasputin evang&eacute;lico que fez do caos n&atilde;o um risco, mas um minist&eacute;rio.
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A Pol&iacute;cia Federal (PF) indiciou, nesta quarta-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coa&ccedil;&atilde;o no curso do processo. O&nbsp;indiciamento de Jair Bolsonaro e seu filho decorre de suspeita de intimida&ccedil;&atilde;o a autoridades respons&aacute;veis pela a&ccedil;&atilde;o penal que investiga a tentativa de golpe de Estado.
Durante as investiga&ccedil;&otilde;es, a PF encontrou no smartphone de Jair Bolsonaro um arquivo edit&aacute;vel e sem data, no qual &eacute; solicitado asilo pol&iacute;tico em regime de urg&ecirc;ncia na Argentina. Segundo o relat&oacute;rio da PF, o documento revela que, desde fevereiro de 2024, o ex-presidente planejou atos para fugir do pa&iacute;s, com o objetivo de impedir a aplica&ccedil;&atilde;o de lei penal.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/90f0d1a5-fa30-4abe-9b64-ab4364171846.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Foto: Marcelo Camargo/Ag&ecirc;ncia Brasil">
O relat&oacute;rio da PF tamb&eacute;m informou que &aacute;udios e conversas apagadas com o pastor Silas Malafaia e com o pr&oacute;prio deputado Eduardo Bolsonaro foram extra&iacute;dos do celular do ex-presidente. Esses registros, segundo os investigadores, refor&ccedil;am as "tentativas de articula&ccedil;&atilde;o para intimidar autoridades brasileiras e atrapalhar os inqu&eacute;ritos que apuram a trama golpista".
"As mensagens demonstram que as san&ccedil;&otilde;es articuladas dolosamente pelos investigados foram direcionadas para coagir autoridades judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF) que atuam no julgamento da AP n&deg; 2668-STF, com a finalidade de favorecer interesse pr&oacute;prio, qual a seja, impedir eventual condena&ccedil;&atilde;o criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais r&eacute;us, acusados pela pr&aacute;tica dos crimes de organiza&ccedil;&atilde;o Criminosa, Aboli&ccedil;&atilde;o Violenta ao Estado Democr&aacute;tico de Direito e golpe de Estado", diz o documento da PF.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/19130b95-8dd7-40f2-b6ec-44db1ba5abdc.jpg?width=787&amp;height=823" alt="Primeira p&aacute;gina de minuta de asilo pol&iacute;tico identificada no aparelho celular de Jair Bolsonaro - grifos realizados pela investiga&ccedil;&atilde;o">
<h3>Documento criado por 'Fernanda Bolsonaro'</h3>
O relat&oacute;rio da Pol&iacute;cia Federal tamb&eacute;m detalha os metadados do documento de 33 p&aacute;ginas, que indicam que o arquivo foi criado e editado pela &uacute;ltima vez por um usu&aacute;rio chamado "Fernanda Bolsonaro".
A PF aponta que "&eacute; poss&iacute;vel que o usu&aacute;rio em quest&atilde;o esteja vinculado &agrave; pessoa de Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, nora do ex-presidente e esposa do senador Flavio Nantes Bolsonaro".
O documento policial relembra que cerca de dois meses antes da &uacute;ltima edi&ccedil;&atilde;o do arquivo, em 5 de dezembro de 2023, Bolsonaro havia informado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que viajaria para a Argentina entre os dias 7 e 11 de dezembro.
"Os elementos informativos encontrados indicam, portanto, que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha em sua posse documento que viabilizaria sua evas&atilde;o do Brasil em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; Rep&uacute;blica Argentina, notadamente ap&oacute;s a deflagra&ccedil;&atilde;o de investiga&ccedil;&atilde;o pela Pol&iacute;cia Federal com a identifica&ccedil;&atilde;o de materialidade e autoridade delitiva quanto aos crimes de aboli&ccedil;&atilde;o violenta do Estado Democr&aacute;tico de Direito por organiza&ccedil;&atilde;o criminosa", aponta o relat&oacute;rio.
<h3>Silas Malafaia alvo de medidas cautelares</h3>
A decis&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal tamb&eacute;m resultou em medidas contra o pastor Silas Malafaia, que foi alvo de busca e apreens&atilde;o, al&eacute;m de reten&ccedil;&atilde;o de seu passaporte. Segundo a investiga&ccedil;&atilde;o, agentes cumpriram mandado de busca pessoal contra o pastor, apreendendo seu celular e outros materiais.
Malafaia retornou ao Brasil nesta quarta-feira, vindo de Lisboa, e foi conduzido para prestar depoimento &agrave; PF no aeroporto do Gale&atilde;o, no Rio de Janeiro.
<h3>Contexto da investiga&ccedil;&atilde;o</h3>
O inqu&eacute;rito foi aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR), que identificou a atua&ccedil;&atilde;o de Eduardo Bolsonaro em busca de san&ccedil;&otilde;es contra ministros do STF junto ao governo dos Estados Unidos. O caso levou &agrave; abertura de investiga&ccedil;&atilde;o contra Jair Bolsonaro, que j&aacute; cumpre pris&atilde;o domiciliar por descumprimento de ordens judiciais. No in&iacute;cio de julho, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou a apura&ccedil;&atilde;o por mais 60 dias, destacando a necessidade de novas dilig&ecirc;ncias.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)&nbsp;Alexandre de Moraes autorizou o <a href="https://aratuon.com.br/politica/o-que-muda-com-a-prisao-domiciliar-de-jair-bolsonaro" target="_blank" rel="noopener">ex-presidente Jair Bolsonaro, que est&aacute; em pris&atilde;o domiciliar desde a semana passada</a>, a comparecer a um hospital em Bras&iacute;lia no s&aacute;bado (16)&nbsp;para realiza&ccedil;&atilde;o de exames a fim de verificar seu estado de sa&uacute;de.
+<a href="https://aratuon.com.br/politica/prefeito-de-salvador-e-acusado-de-defender-bolsonaro-saiba-detalhes" target="_blank" rel="noopener">Prefeito de Salvador &eacute; acusado de defender Bolsonaro; saiba detalhes</a>
Na decis&atilde;o, divulgada na tarde desta ter&ccedil;a-feira (12), Moraes permitiu que Bolsonaro se dirija ao Hospital DF Star para realizar os exames em um per&iacute;odo de seis a oito horas de perman&ecirc;ncia no local.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/da2f659f-48a1-4c98-bd7a-dd84828cd05d.jpg?width=936&amp;height=560" alt="Jair Bolsonaro">
"O requerente deve apresentar a esta Suprema Corte, no prazo de 48 horas ap&oacute;s a finaliza&ccedil;&atilde;o dos respectivos procedimentos m&eacute;dicos, o atestado de comparecimento, consignando a data e os hor&aacute;rios dos atendimentos", acrescentou o magistrado no despacho.
No pedido visto pela&nbsp;Reuters, os advogados de Bolsonaro haviam argumentado que a solicita&ccedil;&atilde;o para que ele fizesse&nbsp;nove exames&nbsp;foi motivada ap&oacute;s&nbsp;avalia&ccedil;&atilde;o do quadro de sa&uacute;de&nbsp;feita pelo m&eacute;dico Leandro Echeniche.&nbsp;Entre os exames solicitados, est&atilde;o coletas de sangue e urina, tr&ecirc;s tomografias, duas ultrassonografias, um ecocardiograma e uma endoscopia digestiva.
+<a href="https://aratuon.com.br/politica/nao-vou-parar-ate-bolsonaro-ser-livre-diz-conselheiro-de-trump" target="_blank" rel="noopener">&ldquo;N&atilde;o vou parar at&eacute; Bolsonaro ser livre&rdquo;, diz conselheiro de Trump</a>
No documento, a defesa do ex-presidente cita sete condi&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de de Bolsonaro: esofagite, pneumonia bacteriana n&atilde;o especificada; h&eacute;rnia abdominal n&atilde;o especificada, sem obstru&ccedil;&atilde;o ou gangrena; &iacute;leo paral&iacute;tico e obstru&ccedil;&atilde;o intestinal sem h&eacute;rnia; hipertens&atilde;o essencial (prim&aacute;ria); oclus&atilde;o e estenose da art&eacute;ria car&oacute;tida; e hiperplasia da pr&oacute;stata.
"A solicita&ccedil;&atilde;o decorre do seguimento de tratamento medicamentoso em curso, da necessidade de reavalia&ccedil;&atilde;o dos sintomas de refluxo e solu&ccedil;os refrat&aacute;rios, bem como da verifica&ccedil;&atilde;o das condi&ccedil;&otilde;es atuais de sa&uacute;de do peticionante", disseram os advogados.
+Datafolha:<a href="https://aratuon.com.br/politica/datafolha-39-dos-brasileiros-se-identificam-como-petistas-veja-bolsonaristas" target="_blank" rel="noopener"> 39% dos brasileiros se identificam como petistas</a>
"Os exames dever&atilde;o ser realizados no Hospital DF Star, na data de 16 de agosto, com perman&ecirc;ncia hospitalar estimada entre 6 e 8 horas. A depender dos resultados, poder&atilde;o ser indicadas complementa&ccedil;&otilde;es diagn&oacute;sticas e/ou medidas terap&ecirc;uticas adicionais", acrescentaram.
Na segunda-feira passada,&nbsp;o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a <a href="https://aratuon.com.br/politica/especialista-diz-que-prisao-de-bolsonaro-e-logica-e-explica-lei-magnitsky" target="_blank" rel="noopener">pris&atilde;o domiciliar de Bolsonaro</a> por considerar que houve reincid&ecirc;ncia do descumprimento de medidas cautelares&nbsp;impostas anteriormente contra ele, como a proibi&ccedil;&atilde;o de usar redes sociais direta ou indiretamente.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8b69c825-2600-40e0-a5f9-b8c3d26c7c93.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Alexandre De Moraes Antonio Augusto Stf ">
A decis&atilde;o ocorreu no &acirc;mbito do inqu&eacute;rito em que Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), s&atilde;o acusados de terem atuado junto a autoridades dos Estados Unidos em busca de&nbsp;interferir em processos do STF contra o ex-presidente, inclusive com a imposi&ccedil;&atilde;o de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros.
Ao <a href="https://aratuon.com.br/politica/deputados-baianos-se-manifestam-sobre-prisao-de-bolsonaro" target="_blank" rel="noopener">decretar a pris&atilde;o domiciliar de Bolsonaro</a>, o magistrado citou o fato de ele ter participado de uma chamada de v&iacute;deo com o senador Fl&aacute;vio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, durante ato com manifestantes na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Desde ent&atilde;o, uma romaria de aliados, familiares e profissionais que trabalham com Bolsonaro tem pedido autoriza&ccedil;&atilde;o do STF para visitar o ex-presidente.&nbsp;A expectativa &eacute; que Bolsonaro seja julgado pelo Supremo no pr&oacute;ximo m&ecirc;s por tentativa de golpe de Estado.
O ex-chefe do Executivo j&aacute; est&aacute; impedido de disputar elei&ccedil;&otilde;es at&eacute; 2030 ap&oacute;s ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ex-estrategista da campanha de comunica&ccedil;&atilde;o de Trump, Jason Miller, afirmou que "n&atilde;o vai parar" at&eacute; que o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) "esteja livre". A declara&ccedil;&atilde;o foi feita neste domingo (10), em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d683f336-be31-42ae-9f49-1a82e3ac2332.avif?width=1200&amp;height=800" alt="Conselheiro de Trump, Jason Miller, tem publicado cr&iacute;ticas &agrave; atua&ccedil;&atilde;o do STF em rela&ccedil;&atilde;o a Jair Bolsonaro. Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o">
"Para deixar claro: n&atilde;o vou parar, n&atilde;o vou desistir, n&atilde;o vou ceder, at&eacute; que o presidente Jair Bolsonaro esteja livre", escreveu, em resposta a um usu&aacute;rio da rede social que dizia: "&Eacute; mais importante o impeachment de Moraes do que libertar Bolsonaro". O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, comentou a postagem com bandeiras dos Estados Unidos e do Brasil.
O ex-presidente do Brasil est&aacute; em <a href="https://aratuon.com.br/politica/urgente-alexandre-de-moraes-decreta-prisao-domiciliar-de-jair-bolsonaro" target="_blank" rel="noopener">pris&atilde;o domiciliar</a> decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, desde a &uacute;ltima segunda-feira (4/8), ap&oacute;s descumprimento de medidas restritivas.
<h2>Conselheiro de Trump tem publicado cr&iacute;ticas &agrave; condu&ccedil;&atilde;o do processo de Bolsonaro pelo STF</h2>
O empres&aacute;rio Jason Miller, que atuou como estrategista da campanha de comunica&ccedil;&atilde;o de Trump, tem publicado cr&iacute;ticas &agrave; atua&ccedil;&atilde;o do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no processo em que <a href="https://aratuon.com.br/politica/especialista-diz-que-prisao-de-bolsonaro-e-logica-e-explica-lei-magnitsky" target="_blank" rel="noopener">Bolsonaro responde por tentativa de golpe de Estado</a>.
Em uma publica&ccedil;&atilde;o anterior, Jason Miller escreveu, em tom de amea&ccedil;a &ldquo;Libertem Bolsonaro&hellip; ou ent&atilde;o&rdquo;. A mensagem foi publicada em resposta a uma reportagem do jornal O Globo, na qual um pol&iacute;tico que n&atilde;o quis se identificar afirma que outros ministros da Corte est&atilde;o &ldquo;apavorados&rdquo; com a possibilidade de serem enquadrados na <a href="https://aratuon.com.br/politica/eua-impoem-sancoes-a-alexandre-de-moraes-com-base-na-lei-magnitsky" target="_blank" rel="noopener">Lei Magnistky</a>.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/538a25fa-07f1-40d7-a07e-d77619adab9a.webp?width=900&amp;height=506" alt="Jair Bolsonaro e Donald Trump durante jantar. Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o / Alan Santos">
A legisla&ccedil;&atilde;o norte-americana foi criada durante o governo Brack Obama, em 2012, e prev&ecirc; san&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas a acusados de corrup&ccedil;&atilde;o e graves viola&ccedil;&otilde;es de direitos humanos. Em 30 de julho, Moraes foi sancionado pelo governo dos EUA, com a imposi&ccedil;&atilde;o de medidas restritivas como o bloqueio de de bens e contas nos EUA e a proibi&ccedil;&atilde;o de entrada em territ&oacute;rio norte-americano.
Principal articulador da aprova&ccedil;&atilde;o da Lei Magnitsky, o investidor brit&acirc;nico William Browder, discorda da aplica&ccedil;&atilde;o da medida contra Moraes. "As san&ccedil;&otilde;es impostas ao juiz n&atilde;o t&ecirc;m nada a ver com viola&ccedil;&atilde;o de direitos humanos e t&ecirc;m tudo a ver com acerto de contas pol&iacute;tico. Donald Trump disse isso, disse que n&atilde;o est&aacute; satisfeito com esse juiz, porque ele est&aacute; processando o seu amigo Jair Bolsonaro", declarou, em entrevista ao Fant&aacute;stico.
O Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores (MRE) afirmou que essa manifesta&ccedil;&atilde;o caracteriza um &ldquo;novo ataque frontal &agrave; soberania brasileira e a uma democracia que, recentemente, derrotou uma tentativa de golpe de Estado&rdquo; e manifestou &ldquo;absoluto recha&ccedil;o &agrave;s reiteradas inger&ecirc;ncias do governo norte-americano em assuntos internos do Brasil&rdquo;. As declara&ccedil;&otilde;es foram feitas em resposta ao Metr&oacute;poles.

O processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe de Estado chega, nesta semana, ao seu momento decisivo. At&eacute; a pr&oacute;xima quarta-feira (13), sete acusados, considerados integrantes do n&uacute;cleo central na elabora&ccedil;&atilde;o do plano golpista, devem entregar suas alega&ccedil;&otilde;es finais &agrave; Corte.
Essa fase representa a &uacute;ltima chance para que as defesas apresentem argumentos capazes de persuadir os ministros a aceitar suas teses. Conclu&iacute;da essa etapa, o relator, ministro Alexandre de Moraes, poder&aacute; redigir seu voto e liberar o caso para julgamento.
<a href="https://aratuon.com.br/politica/bolsonaristas-realizam-carreata-em-salvador-em-novo-protesto-contra-stf" target="_blank" rel="noopener">+ Bolsonaristas realizam carreata em Salvador em novo protesto contra STF</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/f0437e49-ae56-4b1c-8626-0b0b68c504b3.jpg?width=600&amp;height=359" alt="Nesta semana: Processo por tentativa de golpe avan&ccedil;a &agrave; fase final no STF; Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o | STF">
<a href="https://aratuon.com.br/politica/por-crise-de-civilidade-ministro-barroso-cogita-deixar-o-stf" target="_blank" rel="noopener">+ Por 'crise de civilidade', ministro Barroso cogita deixar o STF</a>
<h3 data-start="915" data-end="1210">Envolvidos no n&uacute;cleo 1 da tentativa de golpe</h3>
Al&eacute;m de Bolsonaro, figuram entre os r&eacute;us do n&uacute;cleo 1 os ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo S&eacute;rgio Nogueira; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
Mauro Cid, que firmou acordo de dela&ccedil;&atilde;o, j&aacute; apresentou suas alega&ccedil;&otilde;es, afirmando que n&atilde;o participou de qualquer iniciativa para derrubar o governo e que seguia orienta&ccedil;&otilde;es do ent&atilde;o comandante do Ex&eacute;rcito, general Freire Gomes. Sua defesa anexou di&aacute;logos para sustentar que o militar se opunha a qualquer tentativa de ruptura institucional.
Na semana passada, Moraes solicitou a pris&atilde;o domiciliar de Bolsonaro. O ex-presidente tamb&eacute;m &eacute; investigado em outro inqu&eacute;rito, que apura supostas a&ccedil;&otilde;es para obstruir investiga&ccedil;&otilde;es e conspirar contra o Estado brasileiro durante sua estadia nos Estados Unidos.
A decis&atilde;o acirrou os &acirc;nimos na capital federal. Em frente &agrave; resid&ecirc;ncia de Bolsonaro, apoiadores se concentraram com bandeiras e camisetas do Brasil, enquanto outras &aacute;reas registraram carreatas e buzina&ccedil;os. No Congresso, parlamentares de oposi&ccedil;&atilde;o reagiram, articulando projetos classificados como &ldquo;anti-STF&rdquo; e pressionando pela abertura de um processo de impeachment contra Moraes.
<a href="https://aratuon.com.br/politica/apos-lei-magnitsky-moraes-nao-deve-acionar-justica-americana" target="_blank" rel="noopener">+ Ap&oacute;s Lei Magnitsky, Moraes n&atilde;o deve acionar justi&ccedil;a americana</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/86c79fee-026c-4116-b605-caa894379767.jpg?width=600&amp;height=338" alt="Valter Campanato/Ag&ecirc;ncia Brasil">

Uma nova pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (8), revela que o Brasil segue politicamente dividido. Segundo o levantamento, 39% dos brasileiros se identificam como petistas, enquanto 37% se declaram bolsonaristas, configurando um empate t&eacute;cnico, dentro da margem de erro. + Elei&ccedil;&otilde;es 2026: Lula lidera cen&aacute;rios de 1&ordm; turno e empata com Bolsonaro e Tarc&iacute;sio no 2&ordm;, diz Datafolha.
O n&uacute;mero de petistas apresentou uma alta em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;&nbsp;pesquisa anterior, feita em junho, quando o &iacute;ndice era de 35%. J&aacute; o percentual de bolsonaristas se manteve est&aacute;vel em 35%. Junho foi o primeiro levantamento em que houve empate entre os grupos.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/196dd0e6-ace7-402a-a5d0-bdde40580366.jpg?width=1020&amp;height=590" alt="Lula E Bolsonaro">
A coleta de dados ocorreu nos dias 29 e 30 de julho, antes da decreta&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na &uacute;ltima segunda-feira (4). No entanto, a pesquisa j&aacute; captava o impacto de medidas anteriores, como o uso da tornozeleira eletr&ocirc;nica e outras restri&ccedil;&otilde;es judiciais.
Ainda segundo a pesquisa, 18% dos entrevistados se disseram neutros, 5% afirmaram n&atilde;o apoiar nenhum dos dois grupos e 1% n&atilde;o soube responder. Ao todo, foram realizadas 2.004 entrevistas presenciais em 130 munic&iacute;pios do pa&iacute;s.
<h2>Polariza&ccedil;&atilde;o cresce</h2>
O levantamento tamb&eacute;m mostra que a polariza&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica aumentou. A soma de brasileiros que se dizem petistas ou bolsonaristas chegou a 76%, contra 70% registrados na pesquisa anterior.
A popularidade do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva apresentou &iacute;ndice mais baixo se comparada a seus mandatos anteriores, registrando 40% de reprova&ccedil;&atilde;o e 29% aprova&ccedil;&atilde;o, cen&aacute;rio que indica estabilidade nos &iacute;ndices.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1df7b3e7-c239-481b-9e79-e3f11f108f5c.jpg?width=936&amp;height=560" alt="Lula">
<h2>S&eacute;rie hist&oacute;rica</h2>
Segundo a s&eacute;rie hist&oacute;rica do instituto, os petistas atingiram seu pico de popularidade com 41% de identifica&ccedil;&atilde;o em tr&ecirc;s momentos: dezembro de 2022, mar&ccedil;o de 2023 e mar&ccedil;o de 2024. J&aacute; os bolsonaristas alcan&ccedil;am agora, com os 37% atuais, o maior &iacute;ndice da s&eacute;rie.
A maior vantagem dos petistas sobre os bolsonaristas foi registrada em mar&ccedil;o de 2023 e mar&ccedil;o de 2024, com diferen&ccedil;a de 10 pontos percentuais. Desde ent&atilde;o, essa margem vem diminuindo, at&eacute; o empate verificado em junho de 2025 e confirmado agora.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/77ee217d-0440-4abd-a0ce-6f67542f6979.jpg?width=936&amp;height=560" alt="Bolsonaro">

A vereadora Marta Rodrigues (PT) criticou nesta ter&ccedil;a-feira (6) as declara&ccedil;&otilde;es do prefeito de Salvador, Bruno Reis (Uni&atilde;o Brasil), sobre as <a href="https://aratuon.com.br/topicos/stf" target="_blank" rel="noopener">decis&otilde;es do Supremo Tribunal Federal (STF)</a> contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para a parlamentar, o prefeito adota um discurso aparentemente t&eacute;cnico, 'pedindo' equil&iacute;brio entre os poderes e direito &agrave; ampla defesa, mas na pr&aacute;tica constr&oacute;i uma narrativa pol&iacute;tica alinhada ao bolsonarismo, em movimento que estaria relacionado com uma tentativa de "suavizar os graves atos antidemocr&aacute;ticos atribu&iacute;dos ao ex-presidente".
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/46308012-aee8-4ac0-8fff-e4501fee51e6.jpg?width=616&amp;height=410" alt="Prefeito de Salvador, Bruno Reis, e Bolsonaro">
&ldquo;&Eacute; claro que o contradit&oacute;rio &eacute; um direito assegurado, mas us&aacute;-lo para questionar o papel do Judici&aacute;rio &eacute; parte de uma estrat&eacute;gia para deslegitimar as institui&ccedil;&otilde;es. Bruno Reis prefere se posicionar como aliado do bolsonarismo a defender de fato a democracia&rdquo;, disse.
<h3>Vereadora relaciona prefeito de Salvador com Bolsonaro e Trump</h3>
Marta tamb&eacute;m criticou a omiss&atilde;o do prefeito diante de pautas fundamentais para a popula&ccedil;&atilde;o, como o tarifa&ccedil;o imposto pelos Estados Unidos que amea&ccedil;a setores econ&ocirc;micos estrat&eacute;gicos para Salvador e toda a Bahia.
Segundo <a href="https://aratuon.com.br/politica/vereadora-propoe-criacao-do-dia-municipal-das-profissionais-do-sexo-em-salvador" target="_blank" rel="noopener">Marta Rodrigues</a>, enquanto o governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues e o presidente Lula lideram esfor&ccedil;os para mitigar os impactos da medida, reunindo empres&aacute;rios e setores produtivos, Bruno Reis se cala.
&ldquo;Enquanto o governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues se re&uacute;ne com empres&aacute;rios, sindicatos e representantes do governo federal para mitigar os danos causados por medidas unilaterais dos EUA, o prefeito de Salvador se cala. Quando n&atilde;o se coloca ao lado do governo federal e do governo da Bahia, Bruno Reis est&aacute;, na pr&aacute;tica, contra o povo brasileiro. Prefere repetir o discurso da extrema-direita a defender quem mais precisa&rdquo;, afirmou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/4f6d7e72-53aa-400d-8453-77f2cae8aee9.jpg?width=1638&amp;height=1092" alt="Marta Rodrigues">
A vereadora ainda acusou o prefeito de abandonar os problemas concretos de Salvador. &ldquo;O <a href="https://aratuon.com.br/politica/saiba-quais-sao-os-projetos-a-serem-enviados-por-bruno-reis-para-camara" target="_blank" rel="noopener">PDDU foi constru&iacute;do sem escuta popular</a>, os bairros perif&eacute;ricos est&atilde;o esquecidos, e o endividamento da cidade s&oacute; aumenta com empr&eacute;stimos que n&atilde;o trazem retorno social. Mas ele prefere comentar decis&otilde;es do STF do que encarar a realidade da capital baiana&rdquo;, completou.
Para Marta, as escolhas do prefeito j&aacute; n&atilde;o deixam d&uacute;vidas sobre seu alinhamento. &ldquo;Ele pode at&eacute; tentar parecer equilibrado, mas suas palavras e omiss&otilde;es mostram que continua fiel a Bolsonaro, mesmo depois de tudo. E quem escolhe esse lado, escolhe n&atilde;o estar com Salvador.&rdquo;
A vereadora tamb&eacute;m criticou a aus&ecirc;ncia do prefeito nos debates sobre os impactos do tarifa&ccedil;o imposto pelo governo dos Estados Unidos, que amea&ccedil;a setores econ&ocirc;micos estrat&eacute;gicos para a Bahia. &ldquo;O prefeito n&atilde;o participa dos debates que importam. Ele prefere repetir discursos prontos do bolsonarismo do que dialogar com quem est&aacute; tentando reconstruir o pa&iacute;s. Salvador precisa de um prefeito comprometido com a cidade, n&atilde;o com uma agenda ultrapassada&rdquo;, completou.

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