Trabalhadores do Sistema Petrobras iniciaram, &agrave; zero hora desta segunda-feira (15), uma greve nacional por tempo indeterminado. A paralisa&ccedil;&atilde;o atinge diversas unidades da companhia em todo o pa&iacute;s. A informa&ccedil;&atilde;o foi publicada pela Ag&ecirc;ncia Brasil.
<a href="https://aratuon.com.br/economia/trabalhadores-da-petrobras-aprovam-greve-nacional-a-partir-de-segunda-15" target="_blank" rel="noopener">No &uacute;ltimo dia 10, os trabalhadores do Sistema Petrobras</a> aprovaram uma <a href="https://aratuon.com.br/entretenimento/petroleiros-convocam-greve-nacional-contra-mudancas-na-petrobras" target="_blank" rel="noopener">greve nacional</a> a partir da zero hora da pr&oacute;xima segunda-feira (15), ap&oacute;s considerarem &ldquo;insuficiente&rdquo; a segunda contraproposta apresentada pela companhia para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).&nbsp;
Em janeiro deste ano, a Petrobras <a href="https://aratuon.com.br/geral/petrobras-vai-convocar-mais-de-1-7-mil-aprovados-em-concurso-publico" target="_blank" rel="noopener">havia anunciado a convoca&ccedil;&atilde;o</a> de 1.780 aprovados no <a href="https://aratuon.com.br/geral/ibama-abre-inscricoes-para-concurso-com-salarios-de-ate-r-9-mil" target="_blank" rel="noopener">concurso p&uacute;blico</a> Petrobras PSP 2023.2, voltado para cargos de n&iacute;vel t&eacute;cnico. Segundo a estatal, esses candidatos estavam no cadastro de reserva&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/18d445f6-025e-4268-8a48-d1049785a73a.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Funcion&aacute;rios da Petrobras entram em greve. Foto: Fernando Fraz&atilde;o | Ag&ecirc;ncia Brasil">
<h2>Greve na Petrobras tem forte ades&atilde;o</h2>
De acordo com a Federa&ccedil;&atilde;o &Uacute;nica dos Petroleiros (FUP), o movimento teve ades&atilde;o significativa j&aacute; nas primeiras horas, com a entrega da opera&ccedil;&atilde;o das plataformas do Esp&iacute;rito Santo e do Norte Fluminense &agrave;s equipes de conting&ecirc;ncia da empresa. No Terminal Aquavi&aacute;rio de Coari, no Amazonas, a ades&atilde;o foi total, segundo a entidade.
Ainda conforme a publica&ccedil;&atilde;o, a greve foi deflagrada ap&oacute;s a categoria rejeitar a segunda contraproposta apresentada pela Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insuficiente pelos sindicatos. A proposta foi apresentada na ter&ccedil;a-feira (9), mas, conforme as entidades representativas, n&atilde;o contempla avan&ccedil;os nos principais pontos da negocia&ccedil;&atilde;o.
Entre as reivindica&ccedil;&otilde;es est&atilde;o uma solu&ccedil;&atilde;o definitiva para os Planos de Equacionamento de D&eacute;ficit (PEDs) da Petros, que afetam aposentados e pensionistas; melhorias no plano de cargos e sal&aacute;rios, com recomposi&ccedil;&atilde;o sem aplica&ccedil;&atilde;o de mecanismos de ajuste fiscal; e a chamada pauta pelo Brasil Soberano, que defende a manuten&ccedil;&atilde;o da Petrobras como empresa p&uacute;blica.
A FUP, segundo a Ag&ecirc;ncia Brasil, informou ainda que a companhia n&atilde;o apresentou respostas conclusivas sobre os PEDs, tema debatido h&aacute; quase tr&ecirc;s anos com o governo e representantes dos participantes, nem solu&ccedil;&otilde;es efetivas para outras pend&ecirc;ncias acumuladas ao longo das negocia&ccedil;&otilde;es.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b7c9d8e0-1881-42aa-8dcd-d3a466d50d8d.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Foto Ilustrativa: Pixabay">
Em nota, a Petrobras confirmou a ocorr&ecirc;ncia de manifesta&ccedil;&otilde;es em unidades da empresa em raz&atilde;o do movimento grevista. A estatal afirmou que n&atilde;o h&aacute; impacto na produ&ccedil;&atilde;o de petr&oacute;leo e derivados e que foram adotadas medidas de conting&ecirc;ncia para garantir a continuidade das opera&ccedil;&otilde;es, assegurando o abastecimento ao mercado.
&ldquo;A empresa respeita o direito de manifesta&ccedil;&atilde;o dos empregados e mant&eacute;m um canal permanente de di&aacute;logo com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifesta&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas&rdquo;, diz a Petrobras.
A empresa completa que segue empenhada em concluir a negocia&ccedil;&atilde;o do &nbsp;acordo na mesa de negocia&ccedil;&otilde;es com as entidades sindicais.
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Ap&oacute;s 30 dias de greve, os petroleiros da Bahia, Paran&aacute; e Esp&iacute;rito Santo, suspenderam o movimento, na noite do &uacute;ltimo s&aacute;bado (3/4), de forma tempor&aacute;ria. A decis&atilde;o foi tomada depois que a Petrobras enviou um documento ao Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), filiado &agrave; Federa&ccedil;&atilde;o &Uacute;nica dos Petroleiros (FUP), solicitando a retomada &agrave; mesa de negocia&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Tamb&eacute;m no s&aacute;bado aconteceu a &nbsp;primeira reuni&atilde;o para discutir diversos assuntos, como o tratamento que ser&aacute; dado pela empresa a respeito dos dias e horas parados, a quest&atilde;o da parada de manuten&ccedil;&atilde;o da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que vem sofrendo com um surto de Covid-19, e da continuidade de discuss&atilde;o da pauta corporativa de interesse dos trabalhadores pr&oacute;prios e terceirizados.

A Petrobras chegou a recorrer ao Judici&aacute;rio com duas liminares, pedindo o fim do movimento. Uma dela imp&ocirc;s multa de R$ 100 mil por dia, caso a greve n&atilde;o fosse suspensa e uso da for&ccedil;a policial para reprimir e inibir o movimento. Em nota, o Sindipetro-BA e a FUP ressaltaram que a retomada das negocia&ccedil;&otilde;es sempre foi o desejo da categoria. Os sindicatos alegam que a gest&atilde;o da Petrobras n&atilde;o sinalizou qualquer possibilidade de di&aacute;logo, antes de recorrer &agrave; Justi&ccedil;a. Em comunicado, o Sindipetro ressalta que &ldquo;apesar da legitimidade da greve, que n&atilde;o foi julgada abusiva e nem ilegal, a estatal usou o judici&aacute;rio para atacar o direito de greve da categoria&quot;.&nbsp;

O movimento, segundo o Sindipetro e a FUP, foi motivado por necessidade de discutir formas de compensa&ccedil;&atilde;o dos dias parados e o fim do ass&eacute;dio moral e da pol&iacute;tica antissindical. Durante o movimento grevista, trabalhadores pr&oacute;prios e terceirizados relataram press&atilde;o e ass&eacute;dio de gerentes da RLAM.

Ainda conforme os dois grupos, a tr&eacute;gua no movimento &eacute; uma tentativa de avan&ccedil;ar na pauta corporativa em mesa de negocia&ccedil;&atilde;o, garantindo os direitos dos trabalhadores pr&oacute;prios e terceirizados, sem perder de vista o julgamento do Tribunal de Contas da Uni&atilde;o (TCU), que pode suspender a venda da RLAM.

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