A Justi&ccedil;a manteve a pris&atilde;o preventiva do rifeiro Paulo Premia&ccedil;&otilde;es, detido no &acirc;mbito da Opera&ccedil;&atilde;o Falsas Promessas. Investiga&ccedil;&otilde;es apontam que ele movimentou cerca de R$ 150 milh&otilde;es em transa&ccedil;&otilde;es suspeitas.&nbsp;
A decis&atilde;o sobre manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o preventiva de Paulo Premia&ccedil;&otilde;es foi assinada na &uacute;ltima sexta-feira (12), pelo desembargador Baltazar Miranda Saraiva, relator do processo no Tribunal de Justi&ccedil;a da Bahia (TJ-BA). Com mais de 15 mil seguidores nas redes sociais, o rifeiro atuava em Vera Cruz, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador.
O desembargador manteve a pris&atilde;o de Paulo Premia&ccedil;&otilde;es, determinada em abril deste ano. Ele e mais 36 pessoas<a href="https://aratuon.com.br/cidade/mp-denuncia-neca-tchaca-mais-35-envolvidos-na-operacao-falsas-promessas" target="_blank" rel="noopener"> foram denunciados pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico (MP-BA)</a> por suposta participa&ccedil;&atilde;o em uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa que movimentou milh&otilde;es a partir da explora&ccedil;&atilde;o de rifas il&iacute;citas e lavagem de dinheiro proveniente desta atividade.
Saraiva rejeitou habeas corpus apresentado pela defesa do rifeiro, que questionou a validade da manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o preventiva. Para os advogados do suspeito, a san&ccedil;&atilde;o &eacute; &ldquo;desprovida de fundamenta&ccedil;&atilde;o concreta e atual&rdquo; por, dentre outros fatores, estar em vigor, irregularmente, h&aacute; mais de 150 dias.&nbsp;
A defesa de Paulo Premia&ccedil;&otilde;es argumenta, ainda, que ele &eacute; pai de duas crian&ccedil;as menores de idade, e que a pris&atilde;o inviabilizaria o pagamento de custos com estudos das filhas.
Na senten&ccedil;a, o desembargador aponta &ldquo;n&atilde;o haver constrangimento legal a ser sanado em car&aacute;ter de urg&ecirc;ncia&rdquo;. &ldquo;N&atilde;o &eacute; comprovada qualquer ilegalidade ou abuso de poder no ato guerreado, que se encontra, a priori, fundamentado em elementos concretos dos autos&rdquo;, entende.
O Grupo de Combate &agrave;s Organiza&ccedil;&otilde;es Criminosas e Investiga&ccedil;&otilde;es Criminais (Gaeco) indica que Paulo Premia&ccedil;&otilde;es &eacute; &ldquo;pe&ccedil;a central na organiza&ccedil;&atilde;o criminosa&rdquo;. Ele teria realizado 534 transa&ccedil;&otilde;es financeiras suspeitas, que totalizam cerca de R$ 150 milh&otilde;es. Ele teria, ainda, rela&ccedil;&otilde;es financeiras suspeitas com policiais militares.&nbsp;
Al&eacute;m dele, a Justi&ccedil;a manteve a pris&atilde;o preventiva de Rafaela Almeida Silva Arag&atilde;o, suspeita de ter cometido, no bojo do suposto esquema, crimes de organiza&ccedil;&atilde;o criminosa e lavagem de dinheiro. Ela teria realizado movimenta&ccedil;&otilde;es suspeitas que giraram em torno de R$ 20 milh&otilde;es.&nbsp;
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/f9301b58-c5bf-44b7-bb8b-1b29085353a0.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Rifeiro Paulo Premia&ccedil;&otilde;es teria movimentado R$ 150 milh&otilde;es| Foto: redes sociais">
<h2>Opera&ccedil;&atilde;o Falsas Promessas</h2>
O Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Estado da Bahia denunciou, em abril, 37 integrantes de uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa que movimentou milh&otilde;es a partir da explora&ccedil;&atilde;o de rifas il&iacute;citas e lavagem de dinheiro proveniente desta atividade. Entre os denunciados<a href="https://aratuon.com.br/variedades/justica-solta-tchaca-e-franklin-reis-mas-mantem-nanam-premiacoes-preso" target="_blank" rel="noopener"> est&atilde;o Franklin Reis, o "Neca"</a>, o policial <a href="https://aratuon.com.br/politica/mp-ba-pediu-prisao-de-tchaca-por-tentar-descredibilizar-investigacoes" target="_blank" rel="noopener">Alexandre Tchaca</a>, e supostos l&iacute;deres do grupo, Jos&eacute; Roberto Nascimento dos Santos (conhecido como &lsquo;Nanan Premia&ccedil;&otilde;es&rsquo;), Ramhon Dias e Josem&aacute;rio Aparecido Santos Lins.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b7c0113d-41d3-4b7e-b5bf-f6f4a0128be8.jpg?width=740&amp;height=470" alt="Ramhon Dias &eacute; mais um dos investigados na opera&ccedil;&atilde;o Falsas Promessas, que gerou pris&atilde;o do rifeiro Paulo Premia&ccedil;&otilde;es. Foto: redes sociais">
No documento, o Grupo de Combate &agrave;s Organiza&ccedil;&otilde;es Criminosas e Investiga&ccedil;&otilde;es Criminais (Gaeco) registra que o grupo especializado na lavagem de dinheiro oriundo da explora&ccedil;&atilde;o das rifas articulou um forte esquema de capta&ccedil;&atilde;o, movimenta&ccedil;&atilde;o e dissimula&ccedil;&atilde;o de recursos por meio empresas de fachada, pessoas interpostas e &lsquo;laranjas&rsquo;. A den&uacute;ncia decorre da opera&ccedil;&atilde;o &lsquo;Falsas Promessas 2&rsquo;.
As investiga&ccedil;&otilde;es apontam que os crimes eram praticados por m&uacute;ltiplos n&uacute;cleos organizados que agiam de forma interconectada. Todos voltados &agrave; explora&ccedil;&atilde;o de rifas clandestinas e &agrave; dissimula&ccedil;&atilde;o e oculta&ccedil;&atilde;o dos ganhos il&iacute;citos.
Os grupos, afirma o Gaeco, mantinham entre si &ldquo;rela&ccedil;&otilde;es sistem&aacute;ticas de coopera&ccedil;&atilde;o, com compartilhamento de recursos log&iacute;sticos, financeiros e operacionais, configurando um cons&oacute;rcio delitivo estruturado para maximizar o lucro e dificultar a identifica&ccedil;&atilde;o da origem il&iacute;cita dos valores movimentados&rdquo;.&nbsp;
Em agosto, a Justi&ccedil;a revogou <a href="https://aratuon.com.br/cidade/rifeiro-nanan-e-preso-novamente-em-operacao-da-policia-civil" target="_blank" rel="noopener">a pris&atilde;o preventiva do rifeiro</a>&nbsp;Nanan Premia&ccedil;&otilde;es,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/geral/esposa-de-riferio-vai-a-audiencia-apos-nova-prisao-por-lavagem-de-dinheiro" target="_blank" rel="noopener">da sua esposa, Gaby Rifas</a>, do influenciados<a href="https://aratuon.com.br/geral/influenciadores-ramhon-dias-e-franklin-reis-sao-presos-por-rifas-ilegais" target="_blank" rel="noopener">&nbsp;Ramhon Dias</a> e de outras 24 pessoas investigadas no &acirc;mbito da Opera&ccedil;&atilde;o Falsas Promessas.&nbsp;
<h2>Rifeiro Paulo Premia&ccedil;&otilde;es</h2>
Em janeiro deste ano, antes de ser preso, Paulo anunciou, em post nas redes sociais, o desligamento de atividades ligadas &agrave;s rifas, sorteios e premia&ccedil;&otilde;es. "Quero agradecer atrav&eacute;s desse v&iacute;deo minha total gratid&atilde;o a cada um de voc&ecirc;s que participavam, acreditavam e incentivaram meu trabalho. Obrigado", afirmou (assista abaixo).&nbsp;
<video controls="controls" width="800" height="400"><source src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/ed7ea870-af4b-4c1c-ab83-5d775c4be03f" type="video/mp4"></video>

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) decidiu liberar o influenciador José dos Santos, conhecido como "Nanan Premiações", que estava preso desde o dia 5 de outubro, em decorrência da "Operação Falsas Promessas". A decisão foi assinada na terça-feira (29/11), pelo juiz Cidval Santos Sousa Filho.

Conforme o juiz, a determinação de prisão ou soltura dos investigados estava atrelada à relação com o tráfico de drogas. A Justiça manteve a custódia de mais 17 pessoas, incluindo o influenciador Ramhon Dias.

Além de Nanan, outras cinco pessoas também foram libertadas, todas sob a condição de usar tornozeleira eletrônica. O juiz justificou essa medida como uma forma de evitar possíveis fugas do país. Nesse sentido, todos os liberados deverão entregar seus passaportes e não poderão deixar Salvador por mais de sete dias sem autorização judicial.

A Polícia Civil informou que a quadrilha, que inclui Ramhon e José Roberto (Nanan Premiações), movimentou mais de R$ 500 milhões apenas com atividades relacionadas ao tráfico de drogas. Dentre os alvos da operação, 14 foram localizados em Salvador, cinco em Goiás e um no Ceará.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-09-05/operacao-que-prendeu-ramhon-dias-investigou-movimentacao-de-r-500-milhoes-e-alcancou-21-pessoas/">Operação que prendeu Ramhon Dias investigou movimentação de R$ 500 milhões</a>

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Relembrando casos que marcaram a Bahia, o podcast "Direto na Cena", da TV Aratu, chega nesta quarta-feira (28/8), abordando a morte do casal de influenciadores digitais e rifeiros, Naroka e DG Rifas. O caso aconteceu em dezembro de 2022, em Barra do Jacuípe, na Região Metropolitana de Salvador.

<iframe title="DG Rifas e Naroka | Direto na Cena [Episódio 5] | 15h - 28/08/2024" src="https://www.youtube.com/embed/molvElP3Ias" width="882" height="496" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

Rodrigo da Silva Santos (DG Rifas), de 33 anos, e Hynara Santa Rosa da Silva (Naroka Rifas), 39 anos, comercializavam rifas pela internet e nas redes sociais. O casal estava em um bar, após um dia de lazer, quando recebeu diversos tiros disparados por dois homens que também estavam no comércio. Eles morreram na hora. O casal deixou dois filhos.

<a href="https://aratuon.com.br/noticia/geral/policia-apura-se-rifeiros-mortos-em-barra-do-jacuipe-foram-vitimas-de-grupo-ligado-a-jogos-de-azar" target="_blank" rel="noopener">Apurações do Grupo Aratu apontaram que um grupo ligado ao jogo de azar teria encomendado as execuções</a>. Também não foi descartada, à época, a hipótese de as vítimas não terem realizado o pagamento de um prêmio.

O “Direto na Cena”, com Marcelo Castro, é exibido todas as quartas-feiras, no <a href="https://www.youtube.com/@TVAratuOficial" target="_blank" rel="noopener nofollow">YouTube oficial da TV Aratu,</a> a partir das 15h.

LEIA MAIS

<a href="https://aratuon.com.br/cidade/2022-12-12/casal-e-morto-a-tiros-em-barra-do-jacuipe-vitimas-vendiam-rifas-pela-internet/" target="_blank" rel="noopener">Casal é morto a tiros em Barra do Jacuípe; vítimas vendiam rifas pela internet</a>

<a href="https://aratuon.com.br/geral/2022-12-12/familia-de-rifeiros-mortos-acredita-que-inveja-pode-ter-motivado-crime/" target="_blank" rel="noopener">Família de rifeiros mortos acredita que inveja pode ter motivado crime</a>

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Os policiais Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como "Tchaca Tchaca", Jeferson Silva França, "França" e Alexandre Santos da Conceição, "Xandy", são alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) da Polícia Militar da Bahia. A investigação apura a divulgação de rifas e a prática de atitudes que ferem o código da PM, como uso de fardamento e armas nas redes sociais.
Apenas no Instagram, o trio de amigos soma cerca de 217 mil seguidores e costuma divulgar os sorteios de azar e compartilhar o dia a dia de suas operações como agentes da PM. Segundo o documento do PAD, ao qual o Aratu On teve acesso, os agentes serão levados até a Corregedoria da PM não apenas por usar a farda para divulgar os jogos, como também por filmar e postar em seu perfil o uso do uniforme e armamentos da corporação.
Ainda conforme o PAD, Tchaca, França e Xandy terão suas condutas apuradas, sendo submetidos ao Conselho de Disciplina. Os três podem ser afastados de suas funções por 30 dias, a partir do início do trâmite, tendo a suspensão do uniforme e do uso de armamentos por um prazo que pode ser prorrogado.
Confira trecho do documento, referente ao PAD do soldado Lázaro Alexandre, quanto às referidas divulgações.
"Consoante Relatório de Mídia Social n.° 026, oriundo da Coordenação de Avaliação e Investigação da Corregedoria da PMBA, o acusado realizou postagens de forma intercalada e rotineira na rede social "Instagram®*, onde aparece utilizando o uniforme da Corporação, bem como realiza propagandas de produtos diversos, posta fotos e vídeos, além de promover rifas e sorteios similares no perfil "alexandrethaca" ... Em 18Abr23 publicou no perfil "@alexandrethaca" no "Instagram®" propaganda da rifa chamada "RIFA DOS AMIGOS", ao custo de R$0,03 por bilhete, com premiação de RS 1.000.00 (um mil reais): no dia 21 Abr23 divulgou no perfil "@alexandrethaca"*, rifa de um automóvel marca Toyota, modelo Corolla, cor preta, no valor de RS 1,50 (um real e cinquenta centavos), informando que no dia 30Abr23 divulgaria a data do sorteio pela loteria federal."
Em suas redes sociais, Alexandre "Tchaca Tchaca" foi o único dos três citados a se posicionar. Segundo o militar, ele está buscando seus advogados, pois não tem ciência da sua presença em um processo administrativo relacionado ao tema.
Aratu On entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar da Bahia, solicitando posicionamento oficial sobre o caso. A reportagem será atualizada, assim que a resposta for enviada.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/interior/2024-01-04/ameacados-pais-de-bebe-morta-em-vera-cruz-acusam-medico-de-produzir-laudo-falso/">Ameaçados, pais de bebê morta em Vera Cruz acusam médico de produzir laudo falso</a>
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