O secret&aacute;rio do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), Augusto Vasconcelos, comemorou a decis&atilde;o do governo dos Estados Unidos de suspender as tarifas adicionais aplicadas a produtos brasileiros, como caf&eacute;, cacau, frutas, a&ccedil;a&iacute;, petr&oacute;leo e carv&atilde;o. Ap&oacute;s retirada do tarifa&ccedil;o, Bahia prev&ecirc; gera&ccedil;&atilde;o de novos postos de trabalho.
A<a href="https://aratuon.com.br/economia/estados-unidos-retira-tarifaco-de-40-em-alguns-produtos-do-brasil" target="_blank" rel="noopener"> medida foi divulgada </a>nesta semana pela gest&atilde;o do presidente Donald Trump. Na ordem executiva publicada, Trump diz que a decis&atilde;o foi tomada ap&oacute;s conversa por telefone com o presidente Lula, "durante a qual concordamos em iniciar negocia&ccedil;&otilde;es para abordar as quest&otilde;es identificadas no Decreto Executivo 14.323".&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1e524f55-a718-4e80-bf33-bbc21309153c.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Ap&oacute;s retirada do tarifa&ccedil;o, Bahia prev&ecirc; gera&ccedil;&atilde;o de novos postos de trabalho">
<h2 data-start="239" data-end="574">Ap&oacute;s retirada do tarifa&ccedil;o, Bahia prev&ecirc; gera&ccedil;&atilde;o de novos postos de trabalho</h2>
Segundo Augusto, o fim do tarifa&ccedil;o representa um avan&ccedil;o significativo para o pa&iacute;s e reabre oportunidades de expans&atilde;o econ&ocirc;mica, sobretudo para segmentos produtivos baianos que vinham sendo afetados pelos custos elevados para ingressar no mercado norte-americano.
&ldquo;Vit&oacute;ria da diplomacia brasileira. Trump recua e retira o tarifa&ccedil;o sobre produtos importantes da nossa pauta de exporta&ccedil;&otilde;es. Caf&eacute;, Carne bovina, A&ccedil;a&iacute;, Frutas, Cacau, Coco, Petr&oacute;leo e Carv&atilde;o, s&atilde;o alguns dos itens que n&atilde;o sofrer&atilde;o mais tarifas extraordin&aacute;rias para entrarem no mercado norte-americano. O Presidente Lula teve uma postura firme, de defesa da nossa soberania nacional e n&atilde;o aceitou chantagens. Ap&oacute;s a reabertura dos canais diplom&aacute;ticos, conseguimos avan&ccedil;ar&rdquo;, disse o secret&aacute;rio.
Ele ressaltou ainda que a suspens&atilde;o das tarifas deve refletir diretamente na movimenta&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica do estado.
&ldquo;Essa medida vai beneficiar a economia baiana que vende alguns desses itens para os EUA. Seguimos buscando novos parceiros comerciais, diversificando mercados, sem descuidar da import&acirc;ncia de manter rela&ccedil;&otilde;es com uma das maiores economias do mundo.&rdquo;
Augusto refor&ccedil;ou tamb&eacute;m que o governo da Bahia continuar&aacute; atento aos desdobramentos da decis&atilde;o e empenhado em ampliar a presen&ccedil;a baiana no com&eacute;rcio internacional:
&ldquo;A gente segue firme, buscando ampliar os horizontes das nossas rela&ccedil;&otilde;es internacionais. Buscando novos parceiros comerciais, sem deixar de lado os antigos, a exemplo dos Estados Unidos. Toda a equipe do nosso governo est&aacute; acompanhando os desdobramentos dessas negocia&ccedil;&otilde;es. &Eacute; uma &oacute;tima not&iacute;cia para a economia brasileira.&rdquo;, pontuou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/fced8d95-6223-489f-82d7-43bb46c01ed8.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Foto: Marcello Casal Jr./Ag&ecirc;ncia Brasil">
<h2 data-start="1859" data-end="2191">Jer&ocirc;nimo tamb&eacute;m comemora</h2>
O governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) <a href="https://aratuon.com.br/politica/producao-baiana-sera-beneficiada-diz-jeronimo-retirada-de-tarifaco-dos-eua" target="_blank" rel="noopener">tamb&eacute;m comemorou o fim do tarifa&ccedil;o</a> dos EUA sobre produtos agr&iacute;colas brasileiros.
Em publica&ccedil;&atilde;o nas redes sociais, Jer&ocirc;nimo afirmou que a retirada do tarifa&ccedil;o dos EUA restabelece condi&ccedil;&otilde;es de exporta&ccedil;&atilde;o para itens produzidos na Bahia, como carne, frutas, cacau, caf&eacute;, fertilizantes, min&eacute;rios, petr&oacute;leo e derivados.
&ldquo;Celebro, especialmente, pela produ&ccedil;&atilde;o baiana que ser&aacute; beneficiada por essa decis&atilde;o acertada, que fortalece nossa economia e os empregos&rdquo;, escreveu o governador.
Ele tamb&eacute;m atribuiu a mudan&ccedil;a ao avan&ccedil;o das&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/fim-do-tarifaco-lula-e-trump-abrem-novo-capitulo-entre-brasil-e-eua">negocia&ccedil;&otilde;es conduzidas pelo presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT)</a>. &ldquo;A retirada das tarifas impostas pelos EUA merece ser comemorada. Ela &eacute; um resultado direto da atua&ccedil;&atilde;o diplom&aacute;tica e da negocia&ccedil;&atilde;o habilidosa do presidente Lula, que jamais abriu m&atilde;o do di&aacute;logo e da defesa de nossa soberania&rdquo;, afirmou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/bde82004-845a-40d0-ad9c-786b1eb299df.jpg?width=600&amp;height=338" alt="Foto: GOVBA">

Os Estados Unidos <a href="https://aratuon.com.br/economia/estados-unidos-retira-tarifaco-de-40-em-alguns-produtos-do-brasil" target="_blank" rel="noopener">suspendeu as tarifas adicionais</a> impostas a alguns produtos brasileiros, em especial itens do setor agr&iacute;cola. Nesta quinta-feira (20), Lula comemora fim do tarifa&ccedil;o dos EUA sobre produtos agr&iacute;colas brasileiros.&nbsp;
As sobretaxas, que chegavam a 40%, haviam sido estabelecidas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, em agosto deste ano. Na &eacute;poca, uma das justificativas do presidente norte-americano, Donald Trumo, foi a mencionada &ldquo;ca&ccedil;a &agrave;s bruxas&rdquo; da justi&ccedil;a brasileira contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/3388554d-801b-418f-a3ff-8c9a5430821d.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Imagem ilustrativa do Porto de Santos | Divulga&ccedil;&atilde;o">
<h2 style="text-align: justify;" data-start="110" data-end="417">Lula comemora fim do tarifa&ccedil;o dos EUA sobre produtos agr&iacute;colas brasileiros</h2>
Lula destacou estar satisfeito com a redu&ccedil;&atilde;o das barreiras comerciais e tamb&eacute;m com a retomada dos acordos com os Estados Unidos.
&ldquo;A derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a v&aacute;rios produtos agr&iacute;colas brasileiros &eacute; uma vit&oacute;ria do di&aacute;logo, da diplomacia e do bom senso&rdquo;, escreveu o petista.
O presidente tamb&eacute;m ressaltou o papel essencial do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e dos ministros Fernando Haddad (PT), da Fazenda, e Mauro Vieira, das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores, para que o acordo fosse alcan&ccedil;ado.
&ldquo;O di&aacute;logo franco que mantive com o presidente Trump e a atua&ccedil;&atilde;o de nossas equipes de negocia&ccedil;&atilde;o, formada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira pelo lado brasileiro, possibilitaram avan&ccedil;os importantes&rdquo;, disse, em postagem nas redes sociais.
Apesar da comemora&ccedil;&atilde;o, o presidente ponderou que ainda h&aacute; desafios a serem superados para fortalecer plenamente a rela&ccedil;&atilde;o comercial entre Brasil e Estados Unidos. O comunicado de Lula foi divulgado cerca de uma hora ap&oacute;s Trump anunciar oficialmente a revoga&ccedil;&atilde;o das sobretaxas, ocasi&atilde;o em que mencionou o petista e os encontros recentes que tiveram.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/58d609ee-d2a6-4a65-a317-37ea75e24496.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Lula comemora fim do tarifa&ccedil;o dos EUA sobre produtos agr&iacute;colas brasileiros; Foto: Ricardo Stuckert/ Ag&ecirc;ncia Brasil">
<h2 style="text-align: justify;" data-start="1287" data-end="1635">Jer&ocirc;nimo tamb&eacute;m comemorou</h2>
O governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT)<a href="O governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) comemorou o fim do tarifa&ccedil;o dos EUA sobre produtos agr&iacute;colas brasileiros, anunciado pelo presidente Donald Trump na quinta-feira (20). Em publica&ccedil;&atilde;o nas redes sociais, Jer&ocirc;nimo afirmou que a retirada do tarifa&ccedil;o dos EUA restabelece condi&ccedil;&otilde;es de exporta&ccedil;&atilde;o para itens produzidos na Bahia, como carne, frutas, cacau, caf&eacute;, fertilizantes, min&eacute;rios, petr&oacute;leo e derivados. &ldquo;Celebro, especialmente, pela produ&ccedil;&atilde;o baiana que ser&aacute; beneficiada por essa decis&atilde;o acertada, que fortalece nossa economia e os empregos&rdquo;, escreveu o governador." target="_blank" rel="noopener"> tamb&eacute;m&nbsp;comemorou o fim do tarifa&ccedil;o </a>dos EUA sobre produtos agr&iacute;colas brasileiros, anunciado pelo presidente Donald Trump na quinta-feira (20).
Em publica&ccedil;&atilde;o nas redes sociais, Jer&ocirc;nimo afirmou que a retirada do tarifa&ccedil;o dos EUA restabelece condi&ccedil;&otilde;es de exporta&ccedil;&atilde;o para itens produzidos na Bahia, como carne, frutas, cacau, caf&eacute;, fertilizantes, min&eacute;rios, petr&oacute;leo e derivados.
&ldquo;Celebro, especialmente, pela produ&ccedil;&atilde;o baiana que ser&aacute; beneficiada por essa decis&atilde;o acertada, que fortalece nossa economia e os empregos&rdquo;, escreveu o governador.
Ele tamb&eacute;m atribuiu a mudan&ccedil;a ao avan&ccedil;o das&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/fim-do-tarifaco-lula-e-trump-abrem-novo-capitulo-entre-brasil-e-eua">negocia&ccedil;&otilde;es conduzidas pelo presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT)</a>. &ldquo;A retirada das tarifas impostas pelos EUA merece ser comemorada. Ela &eacute; um resultado direto da atua&ccedil;&atilde;o diplom&aacute;tica e da negocia&ccedil;&atilde;o habilidosa do presidente Lula, que jamais abriu m&atilde;o do di&aacute;logo e da defesa de nossa soberania&rdquo;, afirmou.

Os Estados Unidos retirou o &ldquo;tarifa&ccedil;o&rdquo; de 40% em alguns produtos do Brasil nesta quinta-feira (20), de acordo com an&uacute;ncio do presidente Donald Trump. A Casa Branca divulgou uma lista de produtos como caf&eacute;, ch&aacute;, frutas tropicais e sucos de frutas, cacau e especiarias, banana, laranja, tomate e carne bovina.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b1ddf3bc-5341-4567-9497-06f0957b8f5c.jpg?width=1200&amp;height=800" alt="O governo dos Estados Unidos retirou o "> 
Na ordem executiva publicada, Trump diz que a decis&atilde;o foi tomada ap&oacute;s conversa por telefone com o presidente Lula, "durante a qual concordamos em iniciar negocia&ccedil;&otilde;es para abordar as quest&otilde;es identificadas no Decreto Executivo 14.323". De acordo com a publica&ccedil;&atilde;o, essas negocia&ccedil;&otilde;es ainda est&atilde;o em andamento.
Al&eacute;m disso, foram consideradas informa&ccedil;&otilde;es e recomenda&ccedil;&otilde;es adicionais de diversas autoridades que t&ecirc;m acompanhado as circunst&acirc;ncias relativas ao estado de emerg&ecirc;ncia declarado no Decreto Executivo 14.323.&nbsp;
Segundo as recomenda&ccedil;&otilde;es recebidas por Trump, "certas importa&ccedil;&otilde;es agr&iacute;colas do Brasil n&atilde;o deveriam mais estar sujeitas &agrave; al&iacute;quota adicional de 40% imposta pelo Decreto Executivo 14.323, porque, entre outras considera&ccedil;&otilde;es relevantes, houve progresso inicial nas negocia&ccedil;&otilde;es com o Governo do Brasil", especifica a publica&ccedil;&atilde;o oficial.
A Casa Branca divulgou, <a href="https://www.whitehouse.gov/presidential-actions/2025/11/modifying-the-scope-of-tariffs-on-the-government-of-brazil/" target="_blank" rel="noopener">em um anexo</a>, a lista de produtos que deixam de ser afetados pela al&iacute;quota de 40%. "Especificamente, determinei que certos produtos agr&iacute;colas n&atilde;o estar&atilde;o sujeitos &agrave; al&iacute;quota adicional de imposto ad valorem imposta pelo Decreto Executivo 14.323", diz o texto, ao acrescentar que, no entendimento de Trump, "essas modifica&ccedil;&otilde;es s&atilde;o necess&aacute;rias e apropriadas para lidar com a emerg&ecirc;ncia nacional declarada no Decreto Executivo 14.323".
O &ldquo;tarifa&ccedil;o&rdquo; dos Estados Unidos aos produtos brasileiros <a href="https://aratuon.com.br/politica/tarifaco-de-trump-sobre-o-brasil-entra-em-vigor-nesta-quarta-feira" target="_blank" rel="noopener">entrou em vigor no dia 6 de agosto</a>. A medida afetou 35,9% das mercadorias destinadas ao mercado estadunidense, o equivalente a cerca de 4% do total exportado pelo Brasil.
Entre os produtos brasileiros atingidos pelo tarifa&ccedil;o est&atilde;o caf&eacute;, frutas e carnes. Por outro lado, aproximadamente 700 itens ficaram de fora da nova taxa, incluindo suco e polpa de laranja, combust&iacute;veis, min&eacute;rios, fertilizantes, aeronaves civis (e seus componentes), celulose, metais preciosos e produtos energ&eacute;ticos.
O encontro entre o presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizado no fim de outubro, em Kuala Lumpur, marcou o in&iacute;cio de uma nova fase nas rela&ccedil;&otilde;es entre os dois pa&iacute;ses. Durante 45 minutos de&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/confira-detalhes-da-conversa-entre-lula-e-trump">conversa, os l&iacute;deres</a> trataram do fim das tarifas impostas a produtos brasileiros e da suspens&atilde;o da Lei Magnitsky, que prev&ecirc; san&ccedil;&otilde;es a autoridades do Brasil.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d513d950-437e-45d5-be97-31c5fbc405ec.jpg?width=1200&amp;height=800" alt="O ">

Os presidentes Lula e Trump acertam encontro presencial e retomam di&aacute;logo direto ap&oacute;s liga&ccedil;&atilde;o de 30 minutos. O encontro virtual foi realizado na manh&atilde; desta segunda-feira (6), com o presidente dos Estados Unidos. Na pauta entraram o fim do <a href="https://aratuon.com.br/politica/tarifaco-de-trump-sobre-o-brasil-entra-em-vigor-nesta-quarta-feira" target="_blank" rel="noopener">tarifa&ccedil;o ao Brasil</a> e um convite ao norte-americano vir para <a href="https://aratuon.com.br/mundo/brasil-e-oficialmente-anunciado-como-sede-da-cop30-em-2025" target="_blank" rel="noopener">COP30,</a> pr&oacute;ximo m&ecirc;s, em Bel&eacute;m, no Par&aacute;.
Lula atendeu ao telefonema no Pal&aacute;cio da Alvorada, em Bras&iacute;lia, com a presen&ccedil;a do vice-presidente Geraldo Alckmin, do assessor especial Celso Amorim e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores) e Sid&ocirc;nio Palmeira (Secom). De acordo com o Planalto, os l&iacute;deres relembraram a &ldquo;boa qu&iacute;mica&rdquo; que tiveram em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/45d32c8a-1df2-4c78-bd10-9cbd9d9d36f1.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Liga&ccedil;&atilde;o: Lula e Trump acertam encontro presencial e retomam di&aacute;logo direto ; Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o Instagram/@eBC">
<h2 data-start="432" data-end="806">Liga&ccedil;&atilde;o: Lula e Trump acertam encontro presencial&nbsp;</h2>
O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) afirmou, em uma rede social, que considera o di&aacute;logo direto &ldquo;uma oportunidade para a restaura&ccedil;&atilde;o das rela&ccedil;&otilde;es amig&aacute;veis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente&rdquo;.
O presidente tamb&eacute;m destacou que, no telefonema, recordou que &ldquo;o Brasil &eacute; um dos tr&ecirc;s pa&iacute;ses do G20 com quem os Estados Unidos mant&ecirc;m super&aacute;vit na balan&ccedil;a de bens e servi&ccedil;os&rdquo; e solicitou a Trump a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a produtos nacionais, al&eacute;m das san&ccedil;&otilde;es contra autoridades brasileiras.
Do lado norte-americano, Trump confirmou a conversa e descreveu positivamente o di&aacute;logo.
&ldquo;Nesta manh&atilde;, eu fiz uma chamada telef&ocirc;nica muito boa com o presidente Lula, do Brasil. N&oacute;s discutimos muitas coisas, mas a conversa focou principalmente na economia e no com&eacute;rcio entre os dois pa&iacute;ses&rdquo;, afirmou. O republicano ainda acrescentou que os dois devem se encontrar &ldquo;em um futuro n&atilde;o muito distante&rdquo; e que a reuni&atilde;o poder&aacute; ocorrer &ldquo;tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos&rdquo;.
&ldquo;Eu gostei da liga&ccedil;&atilde;o telef&ocirc;nica &mdash; nossos pa&iacute;ses ir&atilde;o muito bem juntos!&rdquo;, completou o presidente americano.
<h2 data-start="1782" data-end="1889">Retomada do di&aacute;logo aconteceu na ONU</h2>
A retomada do di&aacute;logo entre os pa&iacute;ses aconteceu desde o &uacute;ltimo dia 23 de setembro, quando ocorreu a Assembleia Geral das Organiza&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU).&nbsp;
No epis&oacute;dio, o petista afirmou que 'democracia &eacute; inegoci&aacute;vel' e classificou como "inaceit&aacute;vel" qualquer ataque ao Judici&aacute;rio e criticou "falsos patriotas", al&eacute;m de repudiar a ideia de anistiar quem ataca a democracia. Logo ap&oacute;s foi a vez do l&iacute;der norte-americano discursar, quando revelou que ambos os chefes de Estado<a href="https://aratuon.com.br/politica/onu-lula-defende-democracia-ja-trump-quer-marcar-encontro-com-petista" target="_blank" rel="noopener"> se encontraram por 20 segundos </a>e marcaram de conversar na pr&oacute;xima semana.
"N&atilde;o tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. Eles foram, eles foram&hellip; em retrospecto, fico feliz de ter esperado, porque essa coisa n&atilde;o deu muito certo, mas n&oacute;s conversamos, tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na pr&oacute;xima semana, se isso for de interesse, mas ele pareceu um homem muito agrad&aacute;vel. Na verdade, ele gostou de mim"
O pronunciamento aconteceu um dia ap&oacute;s nova rodada de san&ccedil;&otilde;es do governo americano a cidad&atilde;os brasileiros, como resposta &agrave;<a href="https://aratuon.com.br/justica/apos-condenacao-de-bolsonaro-no-stf-saiba-os-proximos-passos-do-julgamento" target="_blank" rel="noopener">&nbsp;condena&ccedil;&atilde;o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A</a>&nbsp;imposi&ccedil;&atilde;o de&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/lula-diz-que-tarifaco-e-chantagem-e-chama-envolvidos-de-traidores" target="_blank" rel="noopener">tarifas pelos EUA&nbsp;</a>marca um dos momentos mais tensos nas rela&ccedil;&otilde;es bilaterais nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a1f9c6fe-0760-46c4-b51f-af95ce8e96b3.jpg?width=600&amp;height=360" alt="Lula na ONU; Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o">

Brigar com Donald Trump &eacute;, ao mesmo tempo, um presente e uma armadilha. Presente para Lula, que encontrou no magnata americano um inimigo sob medida: arrogante, buf&atilde;o, com o pesco&ccedil;o sempre vermelho de raiva e a pose de imperador decadente. Armadilha para o Brasil, que pode pagar a conta em infla&ccedil;&atilde;o, desemprego e pragas agr&iacute;colas enquanto assiste, do poleiro, ao espet&aacute;culo pol&iacute;tico.
O &ldquo;tarifa&ccedil;o&rdquo; de 50% sobre exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras imposto por Trump caiu no colo do Planalto como um presente embrulhado em dinamite. Do ponto de vista pol&iacute;tico, funcionou. O presidente brasileiro saiu do sufoco das pesquisas e ganhou f&ocirc;lego. <a href="https://aratuon.com.br/politica/quaest-51-desaprovam-governo-lula-e-46-aprovam" target="_blank" rel="noopener">De maio a agosto, sua aprova&ccedil;&atilde;o subiu de 40% para 46%, o maior &iacute;ndice desde o in&iacute;cio do mandato.</a>
A pesquisa Quaest, por exemplo, revelou que entre maio e julho, a aprova&ccedil;&atilde;o do governo saltou de 40% para 43%, enquanto a desaprova&ccedil;&atilde;o recuou de 57% para 53%. Em agosto, a aprova&ccedil;&atilde;o atingiu 46%, o maior &iacute;ndice desde janeiro. <a href="https://aratuon.com.br/politica/bahia-e-pernambuco-conduzem-melhora-na-aprovacao-de-lula-aponta-quaest" target="_blank" rel="noopener">Bahia e Pernambuco representaram grande parte desse f&ocirc;lego renovado do presidente</a>. Na avalia&ccedil;&atilde;o anterior, em fevereiro, o percentual de baianos que reprovaram era de 51%, enquanto os satisfeitos estavam em 41%. No levantamento mais recente, o jogo virou. A aprova&ccedil;&atilde;o no estado atingiu 60%, contra 39% de desaprova&ccedil;&atilde;o. Entre os pernambucanos, o placar bateu 62% contra 37%.
E n&atilde;o foi s&oacute; no Nordeste que a mar&eacute; virou: at&eacute; no Sudeste, entre eleitores com ensino superior e renda m&eacute;dia, a percep&ccedil;&atilde;o de Lula como &ldquo;defensor da soberania&rdquo; ganhou tra&ccedil;&atilde;o.
O c&eacute;rebro dessa opera&ccedil;&atilde;o atende pelo nome de Sid&ocirc;nio Palmeira, &agrave; frente da comunica&ccedil;&atilde;o social do governo, com a grande responsabilidade de viabilizar o sentimento favor&aacute;vel da popula&ccedil;&atilde;o para um poss&iacute;vel quarto mandato do petista. O baiano, mago do marketing pol&iacute;tico, precisava de um inimigo com pedigree: poderoso, antip&aacute;tico e f&aacute;cil de odiar. Trump, nesse sentido, foi um achado. Se n&atilde;o existisse, teria que ser inventado. At&eacute; o pesco&ccedil;o vermelho j&aacute; apareceu de brinde nesse antagonista.
A impopularidade das a&ccedil;&otilde;es de Trump no Brasil foi um catalisador para a imagem de Lula. Uma esmagadora maioria de 72% dos brasileiros considera que Trump errou ao justificar as tarifas com base em uma suposta persegui&ccedil;&atilde;o a Jair Bolsonaro. Al&eacute;m disso, 57% dos entrevistados afirmam que Trump n&atilde;o tem o direito de criticar o processo contra o ex-presidente. Essa vis&atilde;o cr&iacute;tica se estende at&eacute; mesmo &agrave; direita, com 52% dos eleitores de direita n&atilde;o-bolsonaristas e 48% dos bolsonaristas considerando a atitude de Trump errada.
Tal cen&aacute;rio unificou a esquerda e os moderados em torno de Lula, enquanto dividiu a pr&oacute;pria direita, prejudicando a imagem de Bolsonaro ao misturar quest&otilde;es pol&iacute;ticas com o impacto econ&ocirc;mico direto sobre o Brasil. O efeito colateral foi empurrar o Jair ainda mais para a defensiva &mdash; numa esp&eacute;cie de abra&ccedil;o de urso entre seu passado e seu padrinho americano.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/9fc71c43-99e0-4cd6-8297-daefd6598ff8.jpg?width=1280&amp;height=768" alt="Se, no palanque, Lula cresce, na vida real, o ch&atilde;o treme. | Imagem: Matheus Carvalho">
Se, no palanque, Lula cresce, na vida real, o ch&atilde;o treme. Apesar do ganho pol&iacute;tico para Lula, as tarifas e a escalada da tens&atilde;o representam um risco real para a economia brasileira. Grande parte da popula&ccedil;&atilde;o, 79% dos entrevistados, acredita que as tarifas impostas pelos EUA prejudicar&atilde;o suas vidas, e 64% esperam um aumento nos pre&ccedil;os dos alimentos no Brasil. O medo de depend&ecirc;ncia tecnol&oacute;gica levou at&eacute; &agrave; pressa em anunciar a cria&ccedil;&atilde;o um sistema nacional de navega&ccedil;&atilde;o por sat&eacute;lite, para n&atilde;o ficarmos &agrave; merc&ecirc; do GPS americano em caso de crise. Embora a percep&ccedil;&atilde;o geral da economia estivesse "despiorando", a expectativa para o futuro econ&ocirc;mico piorou para 43%, o que pode estar diretamente associado &agrave;s consequ&ecirc;ncias do tarifa&ccedil;o.
Na ponta da lavoura, o cen&aacute;rio &eacute; ainda mais cru. N&atilde;o &eacute; acaso que, apenas um dia antes da divulga&ccedil;&atilde;o desta pesquisa, eu estivesse entrevistando o presidente da Federa&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria da Bahia (FAEB), Humberto Martins. Ele, que tamb&eacute;m foi prefeito da cidade de Miguel Calmon, prev&ecirc; infla&ccedil;&atilde;o, desemprego e at&eacute; a possibilidade de pragas como a mosca-da-fruta, sobretudo, em lavouras do norte do estado. Ecoando a voz de centenas de produtores, ele diz que &eacute; prefer&iacute;vel deixar de colher os produtos da lavoura, porque esse processo j&aacute; representa 20% dos custos que, somados, a outros 20% para transporte e log&iacute;stica, transformariam at&eacute; a opera&ccedil;&atilde;o de vender a pre&ccedil;o de custo ou doar em gastos considerados in&uacute;teis. Caso as frutas fiquem no p&eacute;, isso gera a possibilidade de pragas, que j&aacute; comprometeriam as pr&oacute;ximas safras.
No fim, o duelo Lula x Trump revela uma contradi&ccedil;&atilde;o essencial da pol&iacute;tica brasileira: para ganhar popularidade, &agrave;s vezes &eacute; preciso perder no tabuleiro econ&ocirc;mico. O problema &eacute; que o espet&aacute;culo pode render aplausos hoje, mas deixar a plateia com fome amanh&atilde;.
Lula tem essa valiosa oportunidade de recuperar popularidade e consolidar sua imagem como defensor da soberania nacional, unindo diferentes espectros pol&iacute;ticos. No entanto, essa "batalha" diplom&aacute;tica traz consigo um custo potencial elevado para o pa&iacute;s, com a amea&ccedil;a de impactos econ&ocirc;micos negativos e o aumento da incerteza para o cidad&atilde;o comum.
O desafio est&aacute; lan&ccedil;ado: at&eacute; onde Lula pode usar Trump como escada sem transformar o Brasil em degrau?
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<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b3c555e3-f595-47c2-b6aa-2153d8eab8cd.jpg?width=6000&amp;height=4000" alt="Lula tem essa valiosa oportunidade de recuperar popularidade e consolidar sua imagem. | Foto: Marcelo Camargo/Ag&ecirc;ncia Brasil">

O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva editou uma medida provis&oacute;ria que libera R$ 30 bilh&otilde;es para <a href="https://aratuon.com.br/politica/momento-de-preocupacao-diz-presidente-isabela-suarez-sobre-tarifaco" target="_blank" rel="noopener">compensar preju&iacute;zos de exportadores afetados pelo &ldquo;tarifa&ccedil;o&rdquo; imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros</a>. A MP 1.309/2025 tem aplica&ccedil;&atilde;o imediata e precisa ser confirmada pelo Congresso Nacional em 120 dias. O texto foi publicado na quarta-feira (13), em edi&ccedil;&atilde;o extra do Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o.
+<a href="https://aratuon.com.br/economia/tarifaco-pode-baixar-precos-de-alimentos-no-brasil-diz-economista" target="_blank" rel="noopener">Tarifa&ccedil;o pode baixar pre&ccedil;os de alimentos no Brasil, diz economista</a>
Segundo a mensagem enviada ao Poder Legislativo, a medida, chamada Programa Brasil Soberano pelo governo, &eacute; uma &ldquo;resposta &agrave; taxa&ccedil;&atilde;o unilateral e desproporcional imposta pelo governo dos Estados Unidos&rdquo;. As taxas sobre produtos brasileiros chegam a 50%, o que o Pal&aacute;cio do Planalto classifica como uma &ldquo;agress&atilde;o comercial injustificada&rdquo;.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/4b1d5a8b-d249-4816-8e05-8e135c74b59c.jpg?width=2048&amp;height=1365" alt="Porto Salvador">
O Programa Brasil Soberano prev&ecirc; uma s&eacute;rie de a&ccedil;&otilde;es para compensar os exportadores afetados pelo aumento das tarifas. S&atilde;o elas:
<ul>
<li>novas linhas de financiamento;</li>
<li>prorroga&ccedil;&atilde;o dos prazos de suspens&atilde;o dos tributos para o regime de drawback (regime aduaneiro especial que isenta de tributos a compra de insumos usados na industrializa&ccedil;&atilde;o de produtos exportados);</li>
<li>amplia&ccedil;&atilde;o e moderniza&ccedil;&atilde;o da garantia &agrave; exporta&ccedil;&atilde;o;</li>
<li>adiamento do prazo de vencimento de tributos; e</li>
<li>autoriza&ccedil;&atilde;o para a compra, pelo poder p&uacute;blico, de alimentos que deixaram de ser exportados.</li>
</ul>
<h3>Financiamento</h3>
Os R$ 30 bilh&otilde;es liberados pela medida provis&oacute;ria v&ecirc;m de um super&aacute;vit financeiro registrado em 2024 no Fundo de Garantia &agrave; Exporta&ccedil;&atilde;o (FGE). As linhas de cr&eacute;dito previstas na medida provis&oacute;ria s&atilde;o destinadas a pessoas f&iacute;sicas e empresas privadas exportadoras de bens e servi&ccedil;os e fornecedores impactados pelo &ldquo;tarifa&ccedil;o&rdquo;.
+<a href="https://aratuon.com.br/economia/bahia-pode-perder-r-404-milhoes-com-tarifaco-dos-eua" target="_blank" rel="noopener">Bahia pode perder R$ 404 milh&otilde;es com tarifa&ccedil;o dos EUA</a>
De acordo com a medida provis&oacute;ria, o dinheiro pode ser usado para proteger os exportadores de riscos comerciais nas fases pr&eacute; e p&oacute;s-embarque. A regra vale inclusive para opera&ccedil;&otilde;es que envolvam micro, pequenas e m&eacute;dias empresas.
<h3>Drawback</h3>
A MP 1.309/2025 autoriza a prorroga&ccedil;&atilde;o excepcional dos prazos de suspens&atilde;o ou isen&ccedil;&atilde;o de tributos sobre a industrializa&ccedil;&atilde;o de produtos exportados. A medida se aplica a exportadores comprovadamente afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
+<a href="https://aratuon.com.br/politica/trump-oficializa-tarifaco-de-50-sobre-produtos-do-brasil" target="_blank" rel="noopener">Trump oficializa tarifa&ccedil;o de 50% sobre produtos do Brasil</a>
<h3>Compra de alimentos</h3>
Outro ponto da medida provis&oacute;ria autoriza a compra de g&ecirc;neros aliment&iacute;cios por &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos, com flexibiliza&ccedil;&atilde;o de regras de licita&ccedil;&atilde;o. De acordo com a mensagem enviada ao Congresso Nacional, o aux&iacute;lio a produtores rurais &eacute; necess&aacute;rio porque &ldquo;diversos segmentos do setor agr&iacute;cola n&atilde;o ter&atilde;o capacidade de redirecionar parte significativa de sua produ&ccedil;&atilde;o para outros mercados&rdquo;.
<h3>Resposta ao tarifa&ccedil;o</h3>
De acordo com o Pal&aacute;cio do Planalto, o tarifa&ccedil;o imposto pelos Estados Unidos &ldquo;representa um grave e inesperado obst&aacute;culo para os exportadores brasileiros, com potencial de causar preju&iacute;zos &agrave; balan&ccedil;a comercial do pa&iacute;s, &agrave; produ&ccedil;&atilde;o nacional e &agrave; manuten&ccedil;&atilde;o de empregos&rdquo;. Segundo o Poder Executivo, as san&ccedil;&otilde;es norte-americanas podem &ldquo;ter efeitos devastadores sobre setores espec&iacute;ficos&rdquo; e exigem &ldquo;uma resposta r&aacute;pida e adequada&rdquo;.
A mensagem enviada ao Congresso Nacional &eacute; assinada pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; e do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio, Geraldo Alckmin, vice-presidente da Rep&uacute;blica. No texto, eles lembram que a medida provis&oacute;ria replica instrumentos amplamente utilizados por ag&ecirc;ncias de cr&eacute;dito &agrave; exporta&ccedil;&atilde;o de outros pa&iacute;ses &mdash; como os pr&oacute;prios Estados Unidos, al&eacute;m de Reino Unido, &Iacute;ndia, China e Fran&ccedil;a.
Segundo Haddad e Alckmin, a a&ccedil;&otilde;es s&atilde;o eficazes para fortalecer a competitividade da ind&uacute;stria brasileira no cen&aacute;rio global. &ldquo;As propostas reconhecem o papel do setor privado na amplia&ccedil;&atilde;o do alcance do apoio oficial, ao viabilizar o uso dos instrumentos por institui&ccedil;&otilde;es financeiras e seguradoras, inclusive por meio de estruturas de compartilhamento de risco&rdquo;, justificam os ministros.

O&nbsp;governo federal anunciou nesta quarta-feira (13)&nbsp;a medida provis&oacute;ria (MP),&nbsp;chamada de Plano Brasil Soberano, que&nbsp;re&uacute;ne&nbsp;medidas de apoio&nbsp;&agrave;s empresas, aos exportadores e trabalhadores afetados pelas sobretaxas impostas pelos Estados Unidos&nbsp;contra os produtos brasileiros.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1654270&amp;o=node"><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1654270&amp;o=node">
A MP foi publicada hoje em&nbsp;edi&ccedil;&atilde;o extra do&nbsp;Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o.&nbsp;
De acordo com a Presid&ecirc;ncia da&nbsp;Rep&uacute;blica,&nbsp;o plano tem&nbsp;tr&ecirc;s eixos: fortalecimento do setor produtivo; prote&ccedil;&atilde;o aos trabalhadores; e diplomacia comercial e multilateralismo.
Entre as principais medidas previstas&nbsp;est&atilde;o algumas linhas de cr&eacute;dito.&nbsp;Apenas do Fundo Garantidor de Exporta&ccedil;&otilde;es ser&atilde;o R$ 30 bilh&otilde;es, conforme anunciado pelo&nbsp;presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/fbbcf5b3-7e4a-4bf0-bc5b-f9ce85084b0d.jpg?width=1170&amp;height=700" alt="Industria">
Os recursos ser&atilde;o usados como&nbsp;funding&nbsp;para a concess&atilde;o de cr&eacute;dito com taxas acess&iacute;veis e, tamb&eacute;m, para ampliar as linhas de financiamento &agrave;s exporta&ccedil;&otilde;es.
A MP define quem ter&aacute; prioridade&nbsp;para a obter os&nbsp;cr&eacute;ditos.&nbsp;Empresas mais afetadas ter&atilde;o prefer&ecirc;ncia, levando em conta a depend&ecirc;ncia do faturamento em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s exporta&ccedil;&otilde;es para os EUA; tipo de produto; e o porte de empresa.
No caso das&nbsp;pequenas e m&eacute;dias empresas, elas tamb&eacute;m poder&atilde;o recorrer a fundos garantidores para acessar o cr&eacute;dito.
O&nbsp;governo ressalta que o acesso &agrave;s linhas estar&aacute; condicionado &agrave; manuten&ccedil;&atilde;o dos&nbsp;empregos.
Est&atilde;o previstos, tamb&eacute;m, aportes de R$ 4,5 bilh&otilde;es em fundos garantidores; e R$ 5 bilh&otilde;es em cr&eacute;dito pelo novo Regime Especial de Reintegra&ccedil;&atilde;o de Valores Tribut&aacute;rios (Novo Reintegra).
<h2>Veja medidas do Plano Brasil Soberano:&nbsp;</h2>
<h2>Fundos e Reintegra</h2>
No caso dos fundos garantidores,&nbsp;est&atilde;o previstos&nbsp;aportes adicionais de R$ 1,5 bilh&atilde;o no Fundo Garantidor do Com&eacute;rcio Exterior (FGCE); de R$ 2 bilh&otilde;es no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ&ocirc;mico e Social (BNDES); e R$ 1 bilh&atilde;o no Fundo de Garantia de Opera&ccedil;&otilde;es (FGO), do Banco do Brasil, voltados prioritariamente para&nbsp;pequenos e m&eacute;dios exportadores.
Outra medida &eacute; a&nbsp;suspens&atilde;o de pagamento de tributos para empresas exportadoras; e o&nbsp;aumento do percentual de restitui&ccedil;&atilde;o de tributos federais, a empresas afetadas, via Novo Reintegra &ndash; Regime Especial de Reintegra&ccedil;&atilde;o de Valores Tribut&aacute;rios. Trata-se de&nbsp;um incentivo fiscal que permite &agrave;s empresas recuperar parte dos impostos indiretos incidentes sobre a cadeia produtiva dos&nbsp;produtos exportados.
O&nbsp;Reintegra devolve, aos exportadores brasileiros, parte dos tributos pagos ao longo da cadeia produtiva, na forma de cr&eacute;dito tribut&aacute;rio. Dessa forma, ajuda as empresas a reduzirem custos e melhorar a competitividade no mercado externo.
Conforme o governo, atualmente, empresas de grande e m&eacute;dio porte (de industrializados) t&ecirc;m al&iacute;quota de 0,1%. As micro e pequenas t&ecirc;m retorno de aproximadamente 3% da al&iacute;quota, por meio do programa Acredita Exporta&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<blockquote>
&ldquo;A medida aumenta em at&eacute; 3 pontos percentuais o benef&iacute;cio para empresas cujas exporta&ccedil;&otilde;es de produtos industrializados foram prejudicadas por medidas tarif&aacute;rias unilaterais. Ou seja, para continuarem competitivas no mercado norte-americano, grandes e m&eacute;dias empresas passam a contar com at&eacute; 3,1% de al&iacute;quota, e as micro e pequenas, com at&eacute; 6%&rdquo;, complementou.
</blockquote>
A equipe econ&ocirc;mica estima que o impacto do Reintegra seja de at&eacute; R$ 5 bilh&otilde;es ao longo do prazo previsto, que vai at&eacute; dezembro de 2026.
A MP autoriza a&nbsp;Receita Federal a adiar por dois meses a cobran&ccedil;a de impostos para as empresas mais impactadas&nbsp;pelo tarifa&ccedil;o.
<h2>Compras p&uacute;blicas</h2>
&Oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos ainda ter&atilde;o facilidade para as&nbsp;compras de alimentos para escolas, hospitais. A medida &eacute; uma&nbsp;forma de apoio a produtores rurais e agroind&uacute;strias que tenham deixado de exportar por causa da taxa&ccedil;&atilde;o.
<blockquote>
&ldquo;De forma extraordin&aacute;ria, por ato infralegal, Uni&atilde;o, estados e munic&iacute;pios poder&atilde;o fazer compras para seus programas de alimenta&ccedil;&atilde;o (para merenda escolar, hospitais etc) por meio de procedimento simplificado e m&eacute;dia de pre&ccedil;o de mercado, garantidos a transpar&ecirc;ncia e o controle dos processos&rdquo;, detalha o Planalto.
</blockquote>
A&nbsp;medida vale &ldquo;apenas para produtos afetados pelas sobretaxas unilaterais&rdquo;.
<h2>Sistema de exporta&ccedil;&atilde;o</h2>
A fim de facilitar a exporta&ccedil;&atilde;o, a MP&nbsp;amplia&nbsp;as regras da garantia &agrave; exporta&ccedil;&atilde;o, instrumento que protege o exportador contra riscos como inadimpl&ecirc;ncia ou cancelamento de contratos.
A a&ccedil;&atilde;o&nbsp;tem&nbsp;foco em &ldquo;empresas exportadoras de m&eacute;dia e alta intensidade tecnol&oacute;gica e investimentos produtivos em economia verde&rdquo;.
Al&eacute;m disso, o plano permitir&aacute; que bancos e seguradoras utilizem essa garantia em mais tipos de opera&ccedil;&otilde;es; e prev&ecirc; mecanismos de compartilhamento de risco entre governo e setor privado, &ldquo;utilizando o Fundo Garantidor do Com&eacute;rcio Exterior (FGCE) como mecanismo de primeiras perdas, aumentando o acesso a cr&eacute;dito e reduzindo custos&rdquo;.
<h2>Drawback</h2>
O governo ir&aacute; tamb&eacute;m&nbsp;prorrogar&nbsp;prazos do regime de drawback, recurso que&nbsp;possibilita a suspens&atilde;o de tributos incidentes sobre insumos importados para utiliza&ccedil;&atilde;o em produto exportado.
O prazo para que as empresas consigam exportar as mercadorias que tiveram insumos beneficiados pelo regime ser&aacute; prorrogado.
&ldquo;Esses produtos poder&atilde;o ser exportados para os EUA ou para outros destinos. Com isso, elas n&atilde;o ter&atilde;o que pagar multa e juros se n&atilde;o conseguirem exportar aos EUA no prazo originalmente previsto&rdquo;, justifica.
Segundo a MP, a medida vale para as empresas que contrataram exporta&ccedil;&otilde;es para o mercado dos Estados Unidos, com entrega at&eacute; o final de 2025.&nbsp;
&ldquo;Dos US$ 40 bilh&otilde;es exportados em 2024 para os Estados Unidos, US$ 10,5 bilh&otilde;es foram realizados via regime de drawback&rdquo;, informou o governo.
A prorroga&ccedil;&atilde;o, conforme o governo, n&atilde;o tem impacto fiscal, apenas posterga o prazo para cumprimento dos compromissos de exporta&ccedil;&atilde;o assumidos.
<h2>Prote&ccedil;&atilde;o ao trabalhador</h2>
Com o objetivo de evitar&nbsp;demiss&otilde;es em raz&atilde;o do tarifa&ccedil;o,&nbsp;o Plano Brasil Soberano&nbsp;cria a C&acirc;mara Nacional de Acompanhamento do Emprego para monitorar o n&iacute;vel de emprego nas empresas e nas cadeias produtivas.
Por meio dela, ter&aacute; condi&ccedil;&otilde;es de fiscalizar obriga&ccedil;&otilde;es, benef&iacute;cios e acordos trabalhistas, al&eacute;m de propor a&ccedil;&otilde;es voltadas &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o e manuten&ccedil;&atilde;o dos postos de trabalho.
A MP prev&ecirc; que essa c&acirc;mara funcionar&aacute; em n&iacute;vel nacional e regional, via C&acirc;maras Regionais nas Superintend&ecirc;ncias Regionais do Trabalho.
A c&acirc;mara ir&aacute;&nbsp;acompanhar diagn&oacute;sticos, estudos e informa&ccedil;&otilde;es relativas ao n&iacute;vel de emprego nas empresas e subsetores afetados.&nbsp;E&nbsp;v&atilde;o monitorar obriga&ccedil;&otilde;es, benef&iacute;cios e repercuss&otilde;es nas folhas de pagamento decorrentes de acordos para preservar empregos e mitigar os efeitos das tarifas.
Ela vai tamb&eacute;m fiscalizar o cumprimento das obriga&ccedil;&otilde;es acordadas e a manuten&ccedil;&atilde;o dos empregos por meio da Inspe&ccedil;&atilde;o do Trabalho, bem como&nbsp;promover negocia&ccedil;&atilde;o coletiva e media&ccedil;&atilde;o de conflitos para manter o emprego.
<h2>Diplomacia comercial e multilateralismo</h2>
Do ponto de vista do com&eacute;rcio internacional, visando&nbsp;ampliar e diversificar mercados, o plano busca reduzir a depend&ecirc;ncia das exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras&nbsp;aos Estados Unidos.
Nesse sentido, mant&eacute;m a estrat&eacute;gia brasileira de avan&ccedil;ar nas negocia&ccedil;&otilde;es de acordos que abrem novas oportunidades para empresas nacionais.
Foi o caso das negocia&ccedil;&otilde;es j&aacute; conclu&iacute;das com a Uni&atilde;o Europeia e com a Associa&ccedil;&atilde;o Europeia de Livre Com&eacute;rcio (EFTA). Est&atilde;o ainda em negocia&ccedil;&atilde;o acordos com Emirados &Aacute;rabes Unidos e Canad&aacute;; e di&aacute;logos t&ecirc;m avan&ccedil;ado com &Iacute;ndia e Vietn&atilde;.
<h2>Objetivo</h2>
O governo federal realizou&nbsp;39 reuni&otilde;es com cerca de 400 representantes de empresas e/ou entidades privadas, federa&ccedil;&otilde;es de ind&uacute;strias, governadores e segmentos como manufatura, agro, tecnologia, minera&ccedil;&atilde;o, big techs, ind&uacute;stria da sa&uacute;de, alimenta&ccedil;&atilde;o, cal&ccedil;adista, moveleira, entre outros, bem como empresas norte-americanas para elaborar o plano.
&ldquo;Com o Plano Brasil Soberano, o governo federal n&atilde;o est&aacute; apenas reagindo a uma amea&ccedil;a imediata: est&aacute; reconstruindo e fortalecendo o sistema nacional de financiamento e seguro &agrave; exporta&ccedil;&atilde;o, para que o pa&iacute;s seja mais competitivo e menos vulner&aacute;vel a esse tipo de medida no futuro&rdquo;, afirma texto do Planalto.

A presidente da Associa&ccedil;&atilde;o comercial da Bahia, Isabela Suarez, falou sobre a situa&ccedil;&atilde;o da economia baiana e brasileira neste momento em que o tarifa&ccedil;o dos Estados Unidos aos produtos do Brasil est&aacute; em vigor. Destacando &ldquo;preocupa&ccedil;&atilde;o&rdquo; pela &ldquo;maior crise econ&ocirc;mica dos &uacute;ltimos tempos&rdquo;, ela falou, ao Linha de Frente da R&aacute;dio Antena 1, sobre o desafio de presidir a ACB.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/f17d7acc-bd12-4ad1-ab63-d8353ea81a6f.jpeg?width=1200&amp;height=800" alt="Al&eacute;m do tarifa&ccedil;o, Isabela Suarez falou sobre sua gest&atilde;o na ACB. Foto: Jo&atilde;o Victor Roque/Aratu On">
&ldquo;&Eacute; um momento desafiador que eu assumo a institui&ccedil;&atilde;o empresarial mais antiga do pa&iacute;s, diante talvez da maior crise econ&ocirc;mica dos &uacute;ltimos tempos. Ent&atilde;o, <a href="https://aratuon.com.br/economia/associacao-comercial-da-bahia-celebra-214-anos-com-lancamento-do-gastometro" target="_blank" rel="noopener">a Associa&ccedil;&atilde;o Comercial da Bahia</a>, assim como toda a representa&ccedil;&atilde;o de classe, principalmente das classes do setor produtivo e empresarial, enxerga essa situa&ccedil;&atilde;o com absoluta preocupa&ccedil;&atilde;o, com tristeza, entende que &eacute; um momento que cada vez mais, assim como toda crise, a gente precisa identificar novas oportunidades, afinal de contas, &eacute; um golpe no setor produtivo&rdquo;, explicou.
Advogada e empres&aacute;ria, Isabela <a href="https://aratuon.com.br/economia/isabela-suarez-toma-posse-como-presidente-da-associacao-comercial-da-bahia" target="_blank" rel="noopener">assumiu a presid&ecirc;ncia da ACB no &uacute;ltimo dia 28 de julho,</a> substituindo <a href="https://aratuon.com.br/colunistas/paulocavalcanti" target="_blank" rel="noopener">Paulo Cavalcanti</a>. Ela ostenta a marca de ser a segunda mulher na hist&oacute;ria de 214 anos da institui&ccedil;&atilde;o a ser presidente e afirmou sua ascens&atilde;o ocorreu de &ldquo;maneira natural&rdquo;.
&ldquo;Eu acho que &eacute; mais um desafio para o campo feminino, que o tempo inteiro precisa colocar prova, a sua compet&ecirc;ncia, mas eu nunca senti essa press&atilde;o dentro da Associa&ccedil;&atilde;o Comercial da Bahia. Eu confesso que o movimento da ascens&atilde;o a minha presid&ecirc;ncia foi um movimento muito natural, movimento apoiado por todos, por homens e por mulheres e uma demonstra&ccedil;&atilde;o de modernidade da pr&oacute;pria institui&ccedil;&atilde;o que est&aacute; atenta aos novos tempos e entende que a diversidade, a oxigena&ccedil;&atilde;o &eacute; importante&rdquo;.
Ainda durante a conversa com o jornalista Pablo Reis, Isabela Suarez falou dos seus objetivos e vetores para o mandato de dois anos &agrave; frente da ACB. Toda a entrevista est&aacute; dispon&iacute;vel<a href="https://www.youtube.com/watch?v=-hVJQ0dmU5U" target="_blank" rel="noopener"> no youtube do Linha de Frente</a>.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/f27be12f-1467-4732-9dc5-060cded059ea.jpeg?width=1200&amp;height=800" alt="Isabela Suarez foi entrevistada pelo Linha de Frente. Foto: Jo&atilde;o Victor Roque/Aratu On">

O presidente&nbsp;Luiz In&aacute;cio Lula da Silva&nbsp;(PT) disse nesta quarta-feira (6), em entrevista &agrave; ag&ecirc;ncia Reuters, que&nbsp;n&atilde;o v&ecirc; espa&ccedil;o para negocia&ccedil;&otilde;es diretas&nbsp;com o presidente dos EUA,&nbsp;Donald Trump, em meio a aplica&ccedil;&atilde;o das tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/4395c0b8-3dc9-4328-88e9-01721058a594.jpg?width=936&amp;height=560" alt="Lula">
Segundo o presidente, o Brasil&nbsp;n&atilde;o pretende anunciar tarifas rec&iacute;procas e n&atilde;o vai desistir das negocia&ccedil;&otilde;es comerciais,&nbsp;mesmo admitindo que n&atilde;o h&aacute;, no momento, interlocu&ccedil;&atilde;o. O vice-presidente,&nbsp;Geraldo Alckmin,&nbsp;est&aacute; tentando negociar, assim como o ministro da Fazenda,&nbsp;Fernando Haddad, e o ministro das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores,&nbsp;Mauro Vieira. "O que n&oacute;s n&atilde;o estamos encontrando &eacute; interlocu&ccedil;&atilde;o", acrescentou.
No entanto, ele mesmo n&atilde;o tem pressa e, por enquanto, nem mesmo inten&ccedil;&atilde;o de ligar para Trump."Pode ter certeza de uma coisa: o dia que a minha intui&ccedil;&atilde;o me disser que o Trump est&aacute; disposto a conversar, eu n&atilde;o terei d&uacute;vida de ligar para ele. Mas hoje a minha intui&ccedil;&atilde;o diz que ele n&atilde;o quer conversar. E eu n&atilde;o vou me humilhar", disse.
Apesar das exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras enfrentarem uma das maiores tarifas impostas por Trump, as novas barreiras comerciais dos EUA n&atilde;o dever&atilde;o causar preju&iacute;zos t&atilde;o dr&aacute;sticos &agrave; maior economia da Am&eacute;rica Latina. O que garante ao presidente brasileiro mais f&ocirc;lego para marcar uma posi&ccedil;&atilde;o mais dura contra o presidente norte-americano do que a maioria dos l&iacute;deres ocidentais.&nbsp;"Se os Estados Unidos n&atilde;o querem comprar, n&oacute;s vamos procurar outro para vender; se a China n&atilde;o quiser comprar, n&oacute;s vamos procurar outro para vender. Se qualquer pa&iacute;s que n&atilde;o quiser comprar, a gente n&atilde;o vai ficar chorando que n&atilde;o quer comprar, n&oacute;s vamos procurar outros", disse, lembrando o quanto o com&eacute;rcio internacional do Brasil cresceu nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas.
Hoje, o com&eacute;rcio com os Estados Unidos representa 12% da balan&ccedil;a comercial brasileira, contra quase 30% da China.
Lula&nbsp;descreveu as rela&ccedil;&otilde;es entre os EUA e o Brasil como no ponto mais baixo em 200 anos, depois que Trump&nbsp;vinculou a nova tarifa &agrave; sua exig&ecirc;ncia de fim do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro&nbsp;(PL), r&eacute;u por tentativa de golpe de Estado, derrotado nas elei&ccedil;&otilde;es de 2022.
No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) que est&aacute; julgando o caso contra Bolsonaro, "n&atilde;o se importa com o que Trump diz e nem deveria", disse Lula. O presidente tamb&eacute;m disse que Bolsonaro deveria enfrentar outro julgamento por provocar a interven&ccedil;&atilde;o de Trump, chamando o ex-presidente de "traidor da p&aacute;tria".&nbsp;"Essas atitudes antipol&iacute;ticas, anticivilizat&oacute;rias, &eacute; que colocam problemas numa rela&ccedil;&atilde;o, que antes n&atilde;o existia. N&oacute;s j&aacute; t&iacute;nhamos perdoado a intromiss&atilde;o dos Estados Unidos no golpe de 1964. Mas essa n&atilde;o &eacute; uma intromiss&atilde;o pequena, &eacute; o&nbsp;presidente da Rep&uacute;blica dos Estados Unidos&nbsp;achando que pode ditar regras para um pa&iacute;s soberano como o Brasil. &Eacute; inadmiss&iacute;vel", disse Lula.
Ao admitir que as negocia&ccedil;&otilde;es est&atilde;o dif&iacute;ceis, o presidente disse que o foco de seu governo agora &eacute; nas medidas compensat&oacute;rias para diminuir o impacto econ&ocirc;mico das tarifas dos EUA, mantendo ao mesmo tempo a responsabilidade fiscal.
"N&oacute;s temos que criar condi&ccedil;&otilde;es de ajudar essas empresas. N&oacute;s temos a obriga&ccedil;&atilde;o de cuidar da manuten&ccedil;&atilde;o dos empregos das pessoas que trabalham nessas empresas. N&oacute;s temos a obriga&ccedil;&atilde;o de ajudar essas empresas a procurar novos mercados para os produtos delas. E n&oacute;s temos a preocupa&ccedil;&atilde;o de convencer os empres&aacute;rios americanos a brigarem com o Presidente Trump para que possam flexibilizar", afirmou, sem dar detalhes das medidas que ser&atilde;o anunciadas ainda esta semana.
Ele tamb&eacute;m disse que planeja telefonar para l&iacute;deres do grupo&nbsp;Brics&nbsp;de pa&iacute;ses em desenvolvimento, come&ccedil;ando pela &Iacute;ndia e pela China, para discutir a possibilidade de uma resposta conjunta &agrave;s tarifas dos EUA.
Lula tamb&eacute;m descreveu planos para criar uma nova pol&iacute;tica nacional para os recursos minerais estrat&eacute;gicos do Brasil, tratando-os como uma quest&atilde;o de "soberania nacional" para romper com um hist&oacute;rico de exporta&ccedil;&otilde;es de minerais que agregavam pouco valor ao Brasil.

Entraram em vigor nesta quarta-feira (6) as <a href="https://aratuon.com.br/politica/trump-oficializa-tarifaco-de-50-sobre-produtos-do-brasil" target="_blank" rel="noopener">tarifas de 50% impostas sobre parte das exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras aos Estados Unidos</a>. A medida, assinada na semana passada pelo presidente norte-americano&nbsp;Donald Trump, afeta 35,9% das mercadorias destinadas ao mercado estadunidense, o equivalente a cerca de 4% do total exportado pelo Brasil.
Entre os produtos brasileiros atingidos pelo tarifa&ccedil;o est&atilde;o caf&eacute;, frutas e carnes. Por outro lado, aproximadamente 700 itens ficaram de fora da nova taxa, incluindo suco e polpa de laranja, combust&iacute;veis, min&eacute;rios, fertilizantes, aeronaves civis (e seus componentes), celulose, metais preciosos e produtos energ&eacute;ticos.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8110ed7b-9e02-43b1-a62a-40358c98e093.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Imagem ilustrativa do Porto de Santos | Divulga&ccedil;&atilde;o">
<h3 style="text-align: justify;">'Tarifa&ccedil;o'</h3>
O tarifa&ccedil;o faz parte da nova pol&iacute;tica comercial da Casa Branca sob o comando de Donald Trump. A estrat&eacute;gia tem como objetivo reverter a perda de competitividade da economia americana frente &agrave; China, com aumento de tarifas sobre parceiros comerciais.
Em 2 de abril, Trump iniciou a chamada guerra comercial, impondo tarifas conforme o d&eacute;ficit comercial dos EUA com cada pa&iacute;s. Como os Estados Unidos possuem super&aacute;vit em rela&ccedil;&atilde;o ao Brasil, a taxa inicial, aplicada em abril, foi de 10%. Em julho, por&eacute;m, o presidente norte-americano elevou a al&iacute;quota para 50%, em retalia&ccedil;&atilde;o a decis&otilde;es brasileiras que, segundo ele, prejudicariam as big techs dos EUA e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe ap&oacute;s a elei&ccedil;&atilde;o de 2022.
<h3 style="text-align: justify;">Lula reagiu ao tarifa&ccedil;o</h3>
O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva reagiu &agrave; decis&atilde;o em pronunciamento feito no domingo (3). &ldquo;O Brasil n&atilde;o pode ser tratado como uma republiqueta&rdquo;, declarou, refor&ccedil;ando que o pa&iacute;s n&atilde;o abre m&atilde;o de utilizar moedas alternativas ao d&oacute;lar.
O governo brasileiro anunciou a implementa&ccedil;&atilde;o, nos pr&oacute;ximos dias, de um plano de conting&ecirc;ncia para apoiar empresas afetadas. Entre as medidas est&atilde;o linhas de cr&eacute;dito e contratos com o governo federal para compensar perdas nas exporta&ccedil;&otilde;es.
+ <a href="https://aratuon.com.br/politica/lula-diz-que-brasil-e-soberano-e-desmente-trump-sobre-tarifas-e-comercio" target="_blank" rel="noopener">Lula diz que 'Brasil &eacute; soberano' e desmente Trump sobre tarifas e com&eacute;rcio</a>
Ap&oacute;s a oficializa&ccedil;&atilde;o das tarifas, a Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos entrou em contato com o Minist&eacute;rio da Fazenda para iniciar negocia&ccedil;&otilde;es. Trump tamb&eacute;m <a href="https://aratuon.com.br/politica/trump-diz-que-lula-pode-ligar-quando-quiser-para-discutir-tarifas-com-os-eua" target="_blank" rel="noopener">afirmou estar disposto a conversar pessoalmente com Lula</a>.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/3a691463-aa9f-4e36-88d7-6613b8ccb89c.jpg?width=600&amp;height=338" alt="">
<a href="https://aratuon.com.br/economia/governo-apresentara-alternativas-a-alta-do-iof-a-lideres-partidarios" target="_blank" rel="noopener">O ministro da Fazenda, Fernando Haddad</a>, destacou nesta semana que as chamadas &ldquo;terras raras&rdquo; e minerais cr&iacute;ticos - essenciais para a ind&uacute;stria de tecnologia - podem ser inclu&iacute;dos nas negocia&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Os Estados Unidos n&atilde;o s&atilde;o ricos nesses minerais. Podemos fazer acordos de coopera&ccedil;&atilde;o para produzir baterias mais eficientes&rdquo;, afirmou em entrevista.
Haddad tamb&eacute;m indicou que o setor cafeeiro poder&aacute; ser beneficiado, caso haja acordo para retirar o caf&eacute; da lista de produtos tarifados. No mesmo dia em que Trump assinou o tarifa&ccedil;o, a China habilitou 183 empresas brasileiras para exportar caf&eacute; ao mercado asi&aacute;tico.
*Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil

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