Limite de velocidade na Avenida Paralela pode ser reduzido; entenda

A Avenida Luís Viana Filho, conhecida como Avenida Paralela, em Salvador, pode ter seu limite de velocidade reduzido de 80 km/h para 40 km/h, seguindo recomendações do Guia de Gestão de Velocidade no Contexto Urbano, atualmente em revisão pelo governo federal. A mudança também pode alcançar a Avenida Luís Eduardo Magalhães, duas das principais vias de ligação da capital baiana.

A proposta, conduzida pelo Ministério dos Transportes, em parceria com a Senatran, OMS e Banco Mundial, visa reduzir os índices de acidentes em áreas urbanas. O documento sugere padronizar velocidades em 30 km/h para áreas locais e entre 40 km/h e 50 km/h para grandes avenidas, como a Paralela, desde que haja infraestrutura que assegure a proteção de pedestres e motoristas.

No debate público, surgiram outras contribuições: a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias defendeu a adoção de limites dinâmicos, ajustados em tempo real conforme o fluxo de veículos, enquanto o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo sugeriu um mapa nacional de acidentes para orientar a definição das velocidades.



Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a velocidade máxima para vias de trânsito rápido é de 80 km/h, mas cada município pode adaptar os limites conforme sua realidade. Caso a revisão do guia seja aprovada e transformada em resolução pelo Contran, Salvador terá de se adequar ao novo patamar de 40 km/h na Paralela.

Mobilidade e obras estruturantes na Bahia

O debate sobre os limites de velocidade nas principais avenidas da capital integra um cenário mais amplo de transformações na mobilidade baiana. Projetos de infraestrutura e transporte vêm sendo executados para reorganizar o tráfego e oferecer alternativas de deslocamento.

Entre eles, está a licitação para o trecho do metrô Lapa-Campo Grande, cujo edital já foi lançado pelo governo do estado. Essa obra é considerada essencial para desafogar o fluxo de veículos em regiões centrais e ampliar a integração do transporte público de Salvador.



Outro destaque são as chamadas “obras estruturantes na Bahia”, que envolvem intervenções de grande impacto em diferentes áreas, desde a expansão da malha metroviária até projetos de rodovias e ferrovias, como a Fiol (Ferrovia Oeste-Leste), que conecta o interior ao litoral, fortalecendo o escoamento da produção agrícola e mineral.

Além disso, a reportagem “Trânsito e transporte na Bahia: veja modais, obras, mudanças e desafios” reforça como a discussão sobre velocidade nas avenidas se soma a um conjunto de ações estratégicas que incluem a modernização da frota de ônibus, a ampliação da malha cicloviária, a integração entre metrô e ônibus metropolitanos e as obras viárias em Salvador e Região Metropolitana.

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