'Queriam provar que ela era puta', diz amiga de Senna sobre reação da família a Galisteu

A estreia da série “Meu Ayrton por Adriane Galisteu” reacendeu memórias e controvérsias em torno da história de Ayrton Senna

Por Bruna Castelo Branco.

A estreia da série documental “Meu Ayrton, por Adriane Galisteu”, na HBO Max, reacendeu memórias e controvérsias em torno da história de Ayrton Senna. A produção apresenta versões inéditas sobre o relacionamento entre o piloto e a apresentadora e expõe bastidores da resistência da família Senna em aceitá-la.

Entre os depoimentos mais marcantes está o de Luiza Braga, esposa do empresário Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, um dos melhores amigos de Senna. Ela afirma que familiares do piloto teriam tentado desmoralizar Adriane. “Era como se eles quisessem provar que ela era uma puta”, disse Luiza, descrevendo o clima de tensão que cercava o casal.

A estreia da série Meu Ayrton por Adriane Galisteu reacendeu memórias e controvérsias em torno da história de Ayrton Senna. Z Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com o relato, o telefone da casa em que Senna e Adriane viviam em Portugal teria sido grampeado por meses, e as conversas da apresentadora com um ex-namorado chegaram ao conhecimento da família. Em uma das gravações, o ex fazia comentários ofensivos sobre o piloto, chamando-o de “cafona” e “ruim de cama”, enquanto Galisteu apenas ria — reação que, segundo Luiza, teria irritado os parentes do tricampeão.

Luiza contou ainda que as fitas foram entregues a Ayrton Senna pelo irmão, Leonardo, pouco antes da corrida fatal em Ímola, em 1994. O piloto teria ouvido o conteúdo e reagido com leveza. “Quando chegar no Algarve, vou botar você no meu colo e te dar umas palmadas”, teria dito, em tom de brincadeira.

A produção apresenta versões inéditas sobre o relacionamento entre o piloto e a apresentadora. | Foto: Arquivo Pessoal

Em outro trecho do depoimento, Luiza reforça que o objetivo das gravações era prejudicar a imagem de Adriane.

“Não é um dossiê, eram gravações. O telefone da casa do Ayrton estava grampeado por mais de quatro meses. Eles juntaram tudo e levaram para o Ayrton ouvir na véspera dele morrer. Foi o Léo que levou. (...) O Ayrton ouviu tudo e achou bobagem. Mas, para o pai e para a mãe, aquilo era de outro planeta. Queriam provar que ela era puta”, relatou.

Entre os depoimentos mais marcantes está o de Luiza Braga, esposa do empresário Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha. | Foto: Arquivo Pessoal

O reencontro prometido entre Senna e Galisteu, que estava previsto para acontecer no Algarve, nunca ocorreu. O piloto morreu em 1º de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, na Itália.

A nova produção chega após Galisteu afirmar que foi apagada da narrativa apresentada na série “Senna”, da Netflix. Com “Meu Ayrton por Adriane Galisteu”, a apresentadora busca recontar sua versão da história e resgatar o papel que, segundo ela, foi silenciado por décadas.

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