MP-BA investiga aumento abusivo em colégio particular de Salvador

Análise começa no Colégio Integral, mas pode atingir outras instituições: MP-BA investiga aumento abusivo em colégio particular de Salvador

Por João Tramm.

Por meio da 1ª Promotoria de Justiça do Consumidor de Salvador, o MP-BA investiga aumento abusivo em colégio particular de Salvador. A informação foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (4), e consta a abertura de um Inquérito Civil para apurar supostos aumentos abusivos nas mensalidades escolares praticados pelo Colégio Integral.

A portaria de instauração, assinada pela promotora Fernanda Pataro de Queiroz, em exercício da substituição, foi publicada no Diário da Justiça desta terça-feira (4). O procedimento tem como base uma representação anônima que motivou a abertura de investigações individuais contra escolas particulares de Salvador. Com isso, outros colégios podem ser incluídos nas apurações,

MP-BA investiga aumento abusivo em colégio particular de Salvador

Levantamento com as médias de desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 coloca o Colégio Integral com a terceira maior média no ENEM 2024 em Salvador, com nota 682,83. A instituição também mantém o alto desempenho quando o comparativo é no nível estadual. 

De acordo com o Anuário da Educação Básica 2025, a educação na Bahia é composta por 15.870 escolas, 167.368 professores e 3.416.548 estudantes matriculados, entre instituições públicas e particulares.

MP-BA investiga aumento abusivo em colégio particular de Salvador

A investigação pretende apurar possível majoração indevida das mensalidades escolares, especialmente em casos em que não haja justificativa proporcional aos custos ou à prestação do serviço educacional. O MP destaca que, de acordo com o CDC, o fornecedor não pode “exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva” — o que inclui aumentos sem transparência ou base técnica.

O Colégio Integral é a primeira instituição citada formalmente no procedimento, mas o Ministério Público sinaliza que outras escolas particulares poderão ser incluídas na investigação, conforme o avanço das apurações.

A promotora Fernanda Pataro reforça, na portaria, o papel do MP na fiscalização das relações de consumo, especialmente quando envolvem serviços essenciais como a educação.

“Cabe ao Ministério Público verificar se as instituições de ensino estão observando os limites legais e o equilíbrio contratual nas cobranças feitas às famílias”, destaca o texto do despacho.

De acordo com o documento, o inquérito foi instaurado em cumprimento à missão constitucional do MP de defender os interesses e direitos da coletividade, conforme os artigos 127 e 129, inciso III, da Constituição Federal. A apuração tem amparo também no artigo 6º, inciso III, e artigo 39, inciso V, do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que tratam do direito à informação clara e da proibição de práticas abusivas nas relações de consumo.

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

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