PF investiga grupo suspeito de fraudes bancárias com biometria falsa

Ação mira grupo suspeito de praticar fraudes bancárias com uso de biometria falsa para se passar por clientes idosos

Por Ananda Costa.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), uma operação para desarticular um grupo suspeito de praticar fraudes bancárias com uso de biometria falsa, esquema que teria permitido movimentações indevidas e saques de alto valor em contas de clientes idosos da Caixa Econômica Federal.

A investigação teve início após a Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude (CEFRA), da Caixa Econômica Federal, identificar irregularidades no cadastramento de biometria facial e digital em contas de pessoas com mais de 100 anos.

Segundo a PF, as fraudes possibilitaram movimentações indevidas e prejuízos com potencial ofensivo superior a R$ 1 milhão apenas em contas de clientes na Bahia.

De acordo com os investigadores, o grupo realizava cadastramentos biométricos fraudulentos em agências da Caixa no Pará, utilizando pessoas mais jovens para se passarem pelos titulares idosos. Depois da inclusão da biometria falsificada, ocorriam saques sucessivos em casas lotéricas e depósitos em contas vinculadas aos suspeitos.

A PF informou ainda que parte dos envolvidos são empregados recém-contratados da instituição financeira, que teriam utilizado o acesso privilegiado aos sistemas para facilitar a execução das fraudes.

Até o momento, cerca de 20 contas foram identificadas como alvo do esquema. Elas estavam vinculadas a agências da Caixa nos municípios baianos de Guanambi, Salvador, Serrinha, Eunápolis, Feira de Santana, Castro Alves, Cachoeira, Euclides da Cunha, Conceição do Coité e Itamaraju.

Outras operações da PF na Bahia

Operação TDI

Foto: PF

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (10) a Operação TDI para investigar um grupo suspeito de fraudar benefícios assistenciais na Bahia, utilizando identidades falsas para obter pagamentos do INSS no interior do estado.

As investigações começaram há cerca de quatro meses, quando foram identificadas pessoas fictícias cadastradas como titulares de benefícios assistenciais. Alguns dos pagamentos irregulares eram realizados há mais de 15 anos.

Segundo a PF, os documentos usados nas fraudes não constavam nos registros do Instituto de Identificação da Bahia. Os falsos beneficiários ainda acumulavam múltiplas identidades para receber mais de um benefício.

Operação ANANSI

Foto: PF

Um esquema de tráfico internacional de drogas no extremo sul da Bahia é alvo de investigação da Polícia Federal na Operação ANANSI, deflagrada nesta quarta-feira (10) em parceria com o Ministério Público Federal. A ação, que mira uma organização criminosa suspeita de enviar cocaína para a Europa, terminou com 10 pessoas presas e com medidas de bloqueio de bens.

Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva, além do bloqueio de até R$ 50 milhões em contas bancárias. Segundo a PF, o grupo utilizava embarcações pesqueiras para transportar a droga, usando o extremo sul baiano, que foi alvo de uma operação da Polícia Civil, como base logística.

A investigação avançou após a apreensão, em dezembro de 2024, de uma embarcação na região de Cabo Verde com cerca de 1,6 tonelada de cocaína que havia partido do litoral sul da Bahia. A partir do caso, pescadores e empresários do setor passaram a ser identificados como integrantes do esquema.

LEIA MAIS: Saiba quem é o capitão da Polícia Militar preso em Salvador

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.